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Entenda o que é comunismo e quais foram suas principais consequências

História
Política
O que é comunismo
Fonte da imagem da capa: site do Universidade Libertária.
Redação Brasil Paralelo

Em 1848, na Alemanha, um panfleto mudou a história moderna: o Manifesto do Partido Comunista. Karl Marx e Friederich Engels divulgaram sua nova ideologia igualitária e anti-capitalista junto da sociedade secreta Liga dos Justos.

O pensamento comunista rapidamente se espalhou pelo mundo, conquistando seu primeiro país, a Rússia, em 1917. Na sequência, espalhou-se pelo mundo devido à influência da União Soviética durante o século XX.

Entenda agora o que é comunismo e veja suas principais experiências na prática.

O que você vai encontrar neste artigo?

O que é comunismo?

O comunismo é uma teoria socioeconômica criada por Karl Marx e Engels para, segundo eles, acabar com a opressão dos burgueses contra os proletários, trazendo justiça e paz ao mundo.

A teoria comunista defende que a sociedade ideal aboliria a propriedade privada e o Estado, igualando toda a população e as tradições burguesas, como família e religião.

Em síntese, as principais ideias de Karl Marx são:

  • instituição de uma sociedade igualitária, ou seja, sem subordinação a classes superiores;
  • fim da propriedade privada e do capitalismo;
  • fim da religião e dos conceitos morais clássicos, buscando instaurar um Paraíso amoral na Terra, afirma o PhD em História Andrei Znamenski, que viveu parte da sua vida na União Soviética.
  • fim da família, levando os bebês a serem criados por toda a sociedade.

Visão de mundo dos teóricos do comunismo

Para Marx e Engels, a história da humanidade se resume na luta de classes. Eles explicam o conceito no panfleto Manifesto do Partido Comunista:

"A história de toda a sociedade até aqui é a história de lutas de classes. [Homem] livre e escravo, patrício e plebeu, barão e servo, burgueses de corporação e oficial, em suma, opressores e oprimidos, estiveram em constante oposição uns aos outros, travaram uma luta ininterrupta, ora oculta ora aberta, uma luta que de cada vez acabou por uma reconfiguração revolucionária de toda a sociedade ou pelo declínio comum das classes em luta".

A teoria chamada comunismo primitivo, de Marx e Engels, afirma que, na pré-história, todos viviam com propriedades comuns, sem família e religião. Todas essas realidades foram criadas por algumas poucas pessoas para oprimir os demais membros da população.

Marx e Engels nunca provaram sua teoria de forma arqueológica ou historiográfica.

Segundo os teóricos do comunismo, os oprimidos modernos precisam tomar consciência da luta de classes para instaurar a verdadeira justiça: a destruição dos opressores. 

O Manifesto do Partido Comunista diz:

"O objetivo mais próximo dos comunistas é o mesmo do que o de todos os restantes partidos proletários: formação do proletariado em classe, derrubamento da dominação da burguesia, conquista do poder político pelo proletariado".

Materialismo histórico dialético

Influenciado por Hegel e por Engels, Marx defendeu que vivemos em um mundo onde tudo é material, não havendo o sobrenatural. Assim, abolem-se as noções espirituais e o transcendente.

Defendendo a materialidade de tudo, os valores morais se reduzem à materialidade também, importando sobretudo os bens econômicos. Não há respeito à dignidade única de cada pessoa, sua liberdade, vida e escolhas. 

O comunismo seria um paraíso terrestre, uma sociedade idealizada. Em prol de um futuro idealizado, sacrifica-se o presente.

No Manifesto, Marx e Engels defendem a morte dos supostos opressores de sua época, os burgueses, para alcançar o paraíso terrestre:

"Mas a burguesia não forjou apenas as armas que lhe trazem a morte; também gerou os homens que manejarão essas armas — os operários modernos, os proletários".

O comunismo na prática

O historiador PhD de Cambridge, Simon Montefiore diz sobre Lenin e outros dos principais revolucionários marxistas:

"Lenin, Stalin e Trotsky eram homem duros, acreditavam que para estabelecer um paraíso proletário marxista era necessário assassinar um grande número de pessoas das classes governantes".
  • Para se aprofundar no conceito e na história da ideologia que mudou a modernidade, a Brasil Paralelo realizou a maior produção audiovisual sobre o tema: História do Comunismo. Assista agora:

Os maiores genocídios da história ocorreram em governos comunistas. Os dois maiores assassinatos em massa que se tem conhecimento são:

  • A Grande Fome de Mao - Entre 1958 e 1962, 45 milhões de chineses morreram de fome. Isso ocorreu devido a uma política adotada pelo ditador comunista que governava o país, Mao Tse Tung. Ele promoveu o chamado “Grande salto para a frente”, um programa que tentava acelerar rapidamente a economia chinesa.
  • Holodomor - De 1932 a 1933, entre 5 e 10 milhões de ucranianos morreram de fome. Durante a ditadura comunista de Joseph Stálin, uma política de roubo de grãos da Ucrânia levou a população desse país à morte por inanição.

Outros assassinatos cometidos por regimes comunistas foram:

  • Partido Comunista de Mao Dzedong: 3.468.000 civis assassinados;
  • Camboja: 2.035.000 mortos entre 1975 e 1979;
  • Turquia: 1.883.000 mortos entre 1909 e 1918;
  • Saiba mais sobre os maiores genocídios da história.

O Dr. Victor Sebestyen mostra um episódio de Lenin que revela sua vontade de assassinar os inimigos:

O processo revolucionário aconteceria antes da instauração do comunismo. A luta dos proletários deveria ter como ponto central a destruição do capitalismo. O combate à economia de mercado é um ponto central na teoria comunista.

Anticapitalismo

Para Marx e Engels, o capitalismo é intrinsecamente um sistema de exploração criado pela burguesia para enganar os operários. A teoria da mais-valia busca explicar essa questão.

Notando que os salários eram desiguais e que a menor parte ficava com os trabalhadores proletariados, considerou isso uma injustiça. Essa seria a fonte de insatisfação dos operários contra os patrões.

Pensando na mais-valia, Marx não considerou no trabalho intelectual da criação do produto, desenvolvimento do modo de fabricação, gerenciamento das finanças da empresa, trabalho de publicidade e das vendas, gerenciamento dos operários para produzirem de forma adequada e outros aspectos.

Apenas o aspecto braçal é considerado na teoria da mais-valia. Enxergando sua teoria como definitiva, Marx pensou em uma etapa intermediária para instaurar o comunismo: o socialismo.

O socialismo de Marx e a sua diferença com o comunismo

Durante o século XIX, as ideias Iluministas estavam bem difundidas. A partir delas surgiram novas correntes de pensamento político.

Uma dessas ideologias é o Socialismo, que surgiu antes das teorias de Marx. O mais adequado é falar socialismos, uma vez que existem diversas vertentes dentro desta teoria. 

Algumas dessas correntes socialistas eram as de Saint Simon e de Charles Owen. Eles acreditavam que o proletariado e a burguesia poderiam se entender de forma pacífica, construindo o socialismo através do diálogo.

Marx e Engels denominaram os autores dessa teoria como socialistas utópicos.

No livro Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico, Engels rebate essa tese afirmando que seria necessária uma destruição violenta do capitalismo para alcançar o socialismo.

Devido aos supostos estudos arqueológicos, históricos e sociológicos de Marx e Engels, os dois se autodenominaram socialistas científicos. Na tese dos dois, o socialismo era necessário para destruir o capitalismo e para começar a instauração do comunismo.

Para eles, era um fato, uma lei da natureza, de que era necessário que as sociedades alcançassem o capitalismo, depois o socialismo e depois o comunismo. 

O socialismo geraria um Estado forte para igualar a população e destruir a propriedade privada e o dinheiro. Após a destruição violenta do capitalismo, a sociedade alcançaria o comunismo.

Seria necessário criar o socialismo antes do comunismo para combater a alienação dos trabalhadores.

Teoria da alienação de Karl Marx

De acordo com Marx, alienação é todo tipo de dependência entre os homens. Ele não faz distinção se a dependência é justa ou injusta. A alienação é um dos principais tópicos da filosofia marxista e pode ser desmembrada da seguinte forma:

  • Alienação econômica: Dependência causada pelo fato de uns terem propriedade privada e outros não;
  • Alienação social: Dependência causada pela diferença de classes;
  • Alienação política: Dependência causada pela presença coercitiva do Estado, um mal necessário até que se alcance o comunismo;
  • Alienação ideológica: Dependência causada por causa da filosofia;
  • Alienação religiosa: Dependência causada pela pregação de que há um Deus e pela submissão das pessoas à uma doutrina de fé. 
“Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo.”, escreveu Marx.

O socialismo buscaria conscientizar os proletários sobre a alienação para que todos se juntassem para alcançar o comunismo.

"Operários do mundo inteiro, uni-vos!", escreveram Marx e Engels no Manifesto do Partido Comunista.

Na teoria comunista, realidades como a família e a religião são instrumentos de dominação e alienação, necessitando ser destruídas durante a revolução.

O comunismo contra a família e a religião

É intrínseco ao comunismo ser contrário a família e a religião. Segundo o livro A origem da família, da propriedade privada e do Estado, feito por Engels com base em anotações de Marx:

"A família moderna [monogâmica e tradicional] contém, em germe, não apenas a escravidão (servitus) como também a servidão, pois, desde o começo, está relacionada com os serviços da agricultura.

Encerra, em miniatura, todos os antagonismos que se desenvolvem, mais adiante, na sociedade e em seu Estado".

Marx acreditava que a família surgiu como forma de roubar a propriedade comum da sociedade para um pequeno grupo. 

Supostamente, antes de um momento inicial de roubo a sociedade vivia o comunismo. Marx nunca provou sua tese de forma histórica e arqueológica.

Ódio à religião

Na introdução à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel, escrita por Marx, o teórico comunista tece sua principal crítica a religião:

"É este o fundamento da crítica irreligiosa: o homem faz a religião, a religião não faz o homem. 

[...] Este Estado e esta sociedade produzem a religião, uma consciência invertida do mundo, porque eles são um mundo invertido. 

[...] É a realização fantástica da essência humana, porque a essência humana não possui verdadeira realidade. Por conseguinte, a luta contra a religião é, indiretamente, a luta contra aquele mundo cujo aroma espiritual é a religião.

[...] A religião é o ópio do povo.

A abolição da religião enquanto felicidade ilusória dos homens é a exigência da sua felicidade real. O apelo para que abandonem as ilusões a respeito da sua condição é o apelo para abandonarem uma condição que precisa de ilusões. A crítica da religião é, pois, o germe da crítica do vale de lágrimas, do qual a religião é a auréola.

A crítica da religião liberta o homem da ilusão, de modo que pense, atue e configure a sua realidade como homem que perdeu as ilusões e reconquistou a razão, a fim de que ele gire em torno de si mesmo e, assim, em volta do seu verdadeiro sol. A religião é apenas o sol ilusório que gira em volta do homem enquanto ele não circula em torno de si mesmo".

Para Marx, a moral religiosa e filosófica era uma maneira dos burgueses controlarem os proletários. A sociedade comunista não aceita padrões morais, apenas postulados políticos para manter o próprio sistema comunista. 

Marx não acreditava em verdades absolutas nem em padrões morais. Para os proletários, a religião serviria como um alívio contra a opressão, mas um alívio que não os leva para a verdadeira realização.

Materialismo histórico dialético

Influenciado por Hegel e por Engels, Marx defendeu que vivemos em um mundo onde tudo é material, não havendo o sobrenatural. Assim, abolem-se as noções espirituais e o transcendente. A sociedade passa a ser explicada apenas em um ciclo de classes opressoras e oprimidas.

Defendendo a materialidade de tudo, os valores morais se reduzem à materialidade também, importando apenas os bens econômicos. Não há respeito à dignidade única de cada pessoa, sua liberdade, vida e escolhas. Marx defendia o relativismo moral.

O comunismo seria um paraíso terrestre, uma sociedade idealizada. Em prol de um futuro idealizado, sacrifica-se o presente.

Desde a instauração das ideias de Marx na Rússia, em 1917, diversos países seguiram a teoria comunista. Mas antes de Marx e da União Soviética, já existiam teorias comunistas? 

Alguns autores e artigos da internet dizem que ideias comunistas já existiam, mas outros historiadores apontam essa ideia como anacronismo. 

Existia comunismo antes de Marx?

A visão de alguns historiadores podem levar a ideia de que falar sobre comunismo antes de Marx se trata de um erro de análise histórica, um anacronismo. Alguns deles são:

  • Eric Hobsbawm: Historiador britânico, Hobsbawm destacou em suas obras, como A Era das Revoluções e A Era do Capital, como o pensamento de Marx e Engels era produto de seu tempo, influenciado pelas revoluções industriais e políticas do século XIX. Ele não usa explicitamente o termo "anacronismo" para descrever ideias comunistas pré-Marx, mas enfatiza a originalidade e contextualidade do marxismo.
  • David McLellan: Especialista em teoria marxista, McLellan em obras como Karl Marx: His Life and Thought explora a evolução do pensamento de Marx e como ele se distinguiu de socialistas e comunistas anteriores.
  • Hal Draper: Em seu trabalho The Two Souls of Socialism, Draper analisa diferentes tradições socialistas e comunistas, distinguindo entre o socialismo "de cima" e "de baixo". Ele argumenta que o comunismo marxista, focado na autoemancipação da classe trabalhadora, é uma ruptura com ideias socialistas anteriores que não se baseavam na luta de classes.

Outro grupo de historiadores defende a ideia de que o comunismo já era preconizado por autores anteriores a Marx. Alguns deles são:

  • Richard Pipes: o historiador defende que na Grécia Antiga surgiram ideias igualitárias e sem classes, como um comunismo primitivo. Alguns autores sugerem que Platão era um proto-comunista, devido a sua defesa de que os bens deveriam pertencer a todo o povo.
  • Ehsan Yashater: no livro The Seleucid, Parthian and Sasanian Period, esse historiador defende que os mazaces do século V, na Pérsia, eram comunistas. Ele justifica o argumento devido ao grupo ser contra os privilégios do clero, dos nobres e suas críticas a propriedade privada;
  •  Tom Lansford: no livro History of Communism, o autor defende que comunidades cristãs da Idade Média viviam o comunismo ao defender uma vida em comum sem posses materiais.

Independente dos antigos terem ou não vivido o comunismo, países contemporâneos adotaram as ideias de Karl Marx.

Países que seguem o comunismo na atualidade

Atualmente, existem 6 países declaradamente comunistas/socialistas. Eles são:

  1. República de Cuba;
  2. República Popular da China; 
  3. República Democrática Popular da Coreia;
  4. República Moldava da Transnístria;
  5. República Democrática Popular do Laos;
  6. República Socialista do Vietnã.
  • Para saber mais sobre a história das ideologias políticas e como elas podem influenciar a vida dos indivíduos, a Travessia possui uma aula exclusiva.

Como é a vida em Cuba?

Zoe Martinez nasceu e foi criada em Cuba até a adolescência. Ao ser indagada pela revista Aventuras na História sobre a vida na ilha socialista, disse:

"Em Cuba, a população é privada do maior direito de todos: a liberdade. Sem a liberdade não temos nada. Cuba é um país sem liberdade, sem os direitos fundamentais garantidos. É um país onde você não pode sair na rua e se manifestar, como é aqui no Brasil". 

A resposta de Zoe veio no contexto dos protestos de 2021, quando milhares de cubanos foram às ruas para pedir liberdade.

Dentre as pautas dos protestos de 2021, a falta de itens básicos de alimentação e saúde era uma das mais das principais reclamações da população, disseram manifestantes entrevistados pela BBC News Mundo, reportou o G1.

Desde a vitória dos guerrilheiros socialistas e comunistas do movimento de Fidel Castro, em 1959, Cuba é governada por um único partido, o Partido Comunista de Cuba. Apenas o Partido pode controlar o país e o povo não pode votar nos políticos.

Como o sistema político cubano é o comunismo, não há espaço para um mercado livre legalizado, os habitantes da ilha só podem receber itens básicos do governo. Para isso, cada cidadão possui uma caderneta que registra a quantidade de bens que cada família pode receber.

Figuras internacionais elogiaram Cuba como exemplo de liberdade e organização social, uma delas é Nelson Mandela. Em um discurso proferido em Cuba, em 1991, Mandela disse:

"O povo cubano tem um lugar especial nos corações do povo da África. Os internacionalistas cubanos fizeram uma contribuição sem paralelo para a independência, a liberdade e a Justiça na África, por seu caráter íntegro e abnegado .

Desde seus primeiros dias, a revolução cubana tem sido uma fonte de inspiração para todas as pessoas amantes da liberdade". 

Uma reportagem da organização Fiocruz elogia o sistema de educação e o sistema de saúde da ilha. O artigo destaca a diminuição do número de analfabetos no país, bem como o sistema de saúde disponível para todos os habitantes.

Fugas de Cuba

Entre 1959 e 1970, mais de 500 mil pessoas fugiram de Cuba. Em 2021, 180 mil pessoas deixaram a ilha às pressas, mostram dados da alfândega e da guarda costeira dos EUA. Atualmente, o país passa por uma crise econômica, com a inflação tendo chegado a 70% em 2021 e a 44% em 2023.

Em entrevista exclusiva para a Brasil Paralelo, no programa Contraponto, Zoe Martinez deu mais detalhes sobre a vida no país. Confira:

  • Descubra como Fidel Castro conseguiu conquistar o país e se tornar um figura importante na geopolítica global.

Em outros países, a experiência socialista possui diferenças notáveis, embora certos aspectos da essência socialista permaneçam.

A vida na China comunista

Após a revolução de 1949, a China adotou o comunismo como modelo de governo. A sociedade se desestabilizou após a aplicação do marxismo nas políticas públicas, levando a mais de 45 milhões de mortes entre 1958 e 1962.

O livro A grande fome de Mao — A história da catástrofe mais devastadora da China aponta que a principal causa das mortes foi a falta de itens básicos do país, já que o novo modelo socioeconômico fez com que a agricultura e as indústrias não conseguissem produzir alimentos e bens para toda a população.

Após a grave crise, os chineses abriram sua economia para receber investimentos estrangeiros sem abandonar o socialismo.

O 3º episódio do documentário O Fim das Nações, da Brasil Paralelo, mostrou que o governo chinês não abandonou as políticas comunistas de controle social e econômico, mesmo abrindo as relações econômicas exteriores. Não há liberdade de opinião nem de imprensa.

Os veículos de informação e comunicação são comandados pelo do PCC. A internet também não está sob o controle do Estado, afirma John Tang, fundador do Epoch Times.

Os cidadãos da China não conseguem acessar livremente a internet. Ela é controlada pelo firewall chinês, uma espécie de programa que controla e rastreia toda a rede chinesa. Sites, pesquisas, transmissões e diversos conteúdos são bloqueados.

Alguns dos sites bloqueados são:

  • YouTube
  • Twitter
  • Google
  • Facebook
  • Wikipédia.

A vida na República Democrática Popular da Coreia

O acesso às informações sobre a Coréia do Norte são restritos, já que os habitantes não podem se comunicar com o exterior, afirma Jieun Baek no livro North Korea's Hidden Revolution: How the Information Underground Is Transforming a Closed Society.

O autor deste livro e outros especialistas, como David Hawk da Humans Right Watch, afirmam que a Coréia do Norte é uma das ditaduras comunistas mais totalitárias e violentas da história.

Segundo eles, os habitantes não têm acesso a nenhuma informação a parte do que é transmitido pelo governo. Os cidadãos precisam venerar a família de Kim Jong Un e não têm acesso a livre mercado.

Shin Dong-hyuk é um ex-prisioneiro norte-coreano que nasceu e cresceu em um campo de concentração e se tornou um dos mais influentes porta-vozes da violência da Coréia do Norte. 

Após sua fuga em 2005, Shin passou a viajar pelo mundo para contar sua história e falar sobre a situação nos campos de concentração.

A vida na República Moldava da Transnístria

A República Moldava da Transnístria era parte da antiga União Soviética. Após o colapso da URSS, generais de uma pequena faixa de terra ao lado oeste da Ucrânia proclamaram independência, fundando o país em 1992.

A comunidade internacional, como os países da ONU, não aceitam o país como um Estado soberano. 

Os órgãos oficiais do país afirmam que o sistema político adotado é a República comunista, tendo adotado o sistema de voto popular para todos os cargos políticos, como parlamentares e políticos.

Em 2007, um relatório sobre liberdade no mundo publicado pela ONG Freedom House, com sede nos EUA, descreveu a Transnístria como um território "não livre", com um histórico ruim nos direitos políticos e nas liberdades civis.

A vida na República Democrática Popular do Laos

O Laos é um país do Oriente próximo ao Vietnã e da China. Em 1975, no contexto da Guerra Fria, guerrilheiros comunistas tomaram posse do país, instaurando a República Democrática Popular do Laos.

Desde então, o governo socialista assumiu o controle de todos os meios de comunicação e criou campos de reeducação para aprisionar os adversários políticos, afirma o Washington Post. Segundo o jornal, esses campos ainda existem.

De acordo com a BBC News, o Laos é um dos países mais pobres do leste da Ásia, sendo dependente da ajuda econômica do Japão, da China e do Vietnã. A reportagem da emissora britânica afirma que, fora da capital do país, muitas pessoas vivem sem eletricidade ou acesso a instalações básicas.

A vida na República Socialista do Vietnã

O Vietnã é um país socialista de partido único, governado pelo Partido Comunista do Vietnã desde a sua fundação em 1975. 

O país passou por um grande processo de reformas econômicas na década de 1980, conhecido como "Doi Moi", que liberalizou a economia e incentivou o investimento estrangeiro. 

Desde então, o país experimentou um crescimento econômico significativo e se tornou um dos países mais dinâmicos da Ásia, afirma o economista Joseph Stiglitz em seu livro Globalization and its Discontents

Sobre os direitos humanos no país, a organização Human Rights Watch (HRW) critica o país por ser governado por apenas um partido. Segundo a instituição, o governo limita a liberdade de expressão, de mídia, a livre associação da população e outros direitos básicos, chegando a relatar casos frequentes de tortura policial.  

O maior documentário já feito sobre a história do comunismo 

Para se aprofundar no conceito e na história da ideologia que mudou a modernidade, a Brasil Paralelo realizou a maior produção audiovisual sobre o tema: História do Comunismo. Assista agora:

Produção original

Toda a série foi feita sem dinheiro público, patrocínio, leis de incentivo à cultura ou qualquer coisa do gênero. O investimento foi possível graças aos membros-assinantes da Brasil Paralelo.

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