O Estado de Israel afirma que sua capital é Jerusalém, mas a ONU e a maioria da comunidade internacional afirma que a capital de Israel é Tel Aviv. Por trás dessa questão existe uma longa história de guerras por território e disputas religiosas milenares.
Entenda agora a disputa pela capital de Israel com o Portal da Brasil Paralelo.
Jerusalém tornou-se o centro do Reino Unido de Israel e Judá em 1010 a.C., quando o rei Davi tomou a cidade dos Jebuseus e teve seu palácio construído por Hiram, rei de Tiro, como narrado no Segundo Livro de Samuel.
“O rei Davi firmou então com eles, em Hebron, uma aliança diante do Senhor, e eles ungiram Davi rei sobre Israel. O rei foi, então, com seus homens a Jerusalém, para enfrentar os jebuseus que habitavam a região. (...) Davi foi morar na fortaleza e chamou-a cidade de Davi. Davi fortificou a área em redor, do aterro para dentro, Davi ia crescendo em poder, e o Senhor, Deus dos exércitos, estava com ele” (2Sm 5, 3.9-10).
A cidade conquistada pelo rei Davi é um marco para todas as religiões com raízes abraâmicas, que descendem do patriarca Abraão.
Quando foi criado o Estado judeu de Israel, em 1948, a ONU decidiu transformar Jerusalém em um Corpus Separatum, tornando a cidade um patrimônio internacional, para não ceder a nenhuma das religiões.
Logo em seguida, houve um conflito entre israelenses e árabes. Com o fim da guerra árabe-israelense, em março de 1949, a Organização das Nações Unidas decidiu dividir Jerusalém em duas: uma parte oriental e outra ocidental.
Em 1967, uma nova guerra ocorreu no Oriente Médio, quando Israel entrou novamente em conflito contra o Egito, a Síria e a Jordânia. Israel saiu vitorioso no confronto, que ficou conhecido como a Guerra dos Seis Dias.
Com a vitória, Israel passou a controlar a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, assumindo o controle total da cidade e transferindo suas sedes governamentais e militares para Jerusalém, considerando-a sua capital.
Em 2017, o então presidente dos EUA, Donald Trump, por meio de um documento oficial, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel. O ex-governante também transferiu a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém. O presidente americano declarou:
"Hoje finalmente reconhecemos o óbvio: que Jerusalém é a capital de Israel. Isso é nada mais nada menos do que o reconhecimento da realidade. Também é a coisa certa a fazer. É algo que tem que ser feito".
A decisão do presidente dos EUA foi reconhecida pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu como “uma decisão valente e justa” e também como um “marco histórico”.
Por outro lado, países como França, Turquia, Egito, Jordânia e Irã rejeitaram a decisão do ex-presidente dos Estados Unidos. O então presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, elogiou e apoiou a decisão de Trump.
Na época, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a decisão de Donald Trump era “unilateral” e que a questão não tinha uma solução viável. Para a maioria dos países membros da ONU, a capital de Israel não é Jerusalém, mas Tel Aviv.
Após a criação do Estado de Israel, em 1947, a Organização das Nações Unidas declarou que a capital do país seria Tel Aviv. Até os dias de hoje, a ONU considera Tel Aviv a capital de fato de Israel.
A cidade é o principal centro econômico de Israel e um dos mais importantes do Oriente Médio, ficando atrás apenas de Dubai.
Seu posicionamento geográfico, aliado ao fato de ser uma cidade portuária, fez com que Tel Aviv fosse escolhida como capital de Israel. As embaixadas de todos os países, exceto a dos Estados Unidos, estão localizadas em Tel Aviv.
Tanto Jerusalém quanto Tel Aviv têm sido os principais alvos nos atuais conflitos, com Israel sendo recentemente bombardeado por mísseis iranianos.
A decisão sobre a capital de Israel é uma das grandes questões por trás das guerras ininterruptas do Oriente Médio. Para os palestinos, Israel roubou a cidade de Jerusalém e o território ao redor, motivando-os a cometer atentados terroristas e golpes militares.
Não é fácil compreender um conflito com camadas históricas, religiosas, territoriais e políticas.
A maioria dos especialistas do Oriente Médio tem um consenso sobre o conflito entre Israel e Palestina: o ocidente possui uma visão nebulosa sobre o que acontece no Oriente Médio.
A relação entre as sociedades dessa região é complexa e não cabe nas simplificações políticas que são adotadas na visão de franceses, brasileiros ou americanos.
Para analisar o Oriente Médio, é preciso ajustar a lente para a lógica da região. Por esse motivo, a Brasil Paralelo mobilizou a sua equipe para ir até o local e ouvir as pessoas que de fato vivem essa realidade, produzindo o filme From The River To The Sea, A Guerra em Israel.
Entrevistamos sobreviventes de atentados terroristas em Israel, vítimas em Gaza e até mesmo um ganhador do prêmio Nobel residente em Israel. Assista ao documentário para ter uma visão profunda e exclusiva sobre uma das maiores guerras da história moderna.
É possível assistir gratuitamente no canal do YouTube da Brasil Paralelo:
A Brasil Paralelo é uma empresa de entretenimento e educação cujo propósito é resgatar bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros. Em sua história, a empresa já produziu documentários, filmes, programas e cursos sobre história, filosofia, economia, educação, política, artes e atualidades.
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