A arte contemporânea surgiu na metade do século XX, a partir da arte moderna, como um fruto que se separa da árvore. Seus principais artistas criaram um método nunca antes visto na história das artes, baseando-se em uma nova filosofia de vida. Ainda hoje, esse é o estilo que predomina nas academias e curadorias.
A arte contemporânea ou arte pós-moderna é um estilo artístico originado na segunda metade do século XX, após a Segunda Guerra Mundial. Esse estilo busca explorar sensações, mais do que criar obras.
Para a arte contemporânea, o processo artístico é mais importante do que a obra em si. O foco é a análise das experiências subjetivas do autor e dos espectadores.
No momento histórico em que as experimentações artísticas pareciam ter chegado ao limite, a arte contemporânea criou novos conceitos e novas técnicas.
Um exemplo brasileiro de arte contemporânea são as obras de Cildo Meireles. A obra experiência cromática apresenta seis quartos com cores diferentes, cada um contando com uma televisão.
Certos momentos da exibição, a televisão passa a apresentar a cor da sala em tom complementar.
O intuito da apresentação é fazer com que o espectador sinta as cores e seus diferentes tons.
A arte moderna permitiu o surgimento da arte contemporânea. O principal fator foi a quebra dos padrões artísticos tradicionais iniciada no modernismo.
Quando os artistas modernistas passaram a defender o fim da busca pela beleza para desenvolver obras pautadas nas emoções e experiências utilitaristas, as bases da arte contemporânea foram criadas.
Contudo, a arte moderna focava na obra final, em desenvolver algo que passasse a mensagem desejada — geralmente voltada para manifestar desejos ou crenças exóticas do autor.
É o caso da obra modernista Abaporu, de Tarsila do Amaral, e os prédios de Oscar Niemeyer.
O nome Abaporu significa homem que come gente. A intenção de Tarsila, junto com o movimento “antropofágico”, é de afirmar que a cultura tradicional irá morrer para que uma cultura modernista tome seu lugar.
A arte contemporânea não foca na obra produzida, mas sim na autenticidade e na experiência gerada por suas produções.
A maioria das obras de arte contemporânea são desfeitas após a apresentação.
Um exemplo claro é a obra 4’33 (Quatro minutos e trinta e três segundos), de John Cage.
Na apresentação, um pianista se senta na frente da audiência, diante de um piano, e fica exatamente quatro minutos e trinta e três segundos sem tocar. A intenção é explorar as sensações de desconforto e quebra de expectativa.
O início do século XX é marcado pela industrialização do mundo. A população mundial começou um intenso processo de migração para as cidades, o que acarretou uma mudança significativa de costumes e de cultura.
O processo de criação de um novo mundo, pautado nas inovações tecnológicas, inspirou a arte moderna.
A partir do momento que a vida urbana se consolidou, as tecnologias de infraestrutura (como carros, impressoras e produção de objetos em massa) passaram a ser parte do cotidiano.
Nesse momento, outra inovação ganhou destaque: o campo da comunicação.
A partir dos anos 50, a televisão e o telefone se tornaram cada vez mais populares.
A comunicação se tornou cada vez mais o centro das atenções, principalmente com os novos meios de comunicação em massa.
Dois campos importantes passaram a valorizar mais os meios de comunicação:
Nessa época começam a surgir grandes companhias de marketing nas maiores cidades do mundo. A comunicação das empresas começa a se tornar um dos principais pontos para a sua arrecadação financeira. É o período retratado pela série Mad Men.
Já do ponto de vista social, esse é o período no qual o sucesso e a fama são voltados para aqueles que conseguem se tornar estrelas do rádio, da televisão ou dos filmes.
Nesse contexto se desenvolveu a arte contemporânea.
Algumas das principais características da arte contemporânea são:
No desenvolvimento da arte contemporânea, vários estilos do mesmo segmento foram criados. Alguns deles são:
Dentro do contexto das companhias de marketing de massa dos anos 50, um novo estilo de comunicação visual foi criado.
Buscando representar essa nova maneira de interação humana — não mais pessoal nem mais focada em um determinado público e cultura — os artistas desse período desenvolveram obras de aparência popular.
Muitas obras de arte se comunicavam com o público através de formas semelhantes às propagandas do período.
O exemplo mais famoso é a lata de massa de tomate, de Andy Warhol, e suas obras de Marilyn Monroe.
Estilo da década de 60, seu principal objetivo é fornecer experiências novas e chocantes. O intuito é descobrir até onde a imaginação do homem consegue chegar. Sua motivação é a concretização dessas fantasias, sem deixá-las apenas no plano das ideias
A arte contemporânea minimalista é um estilo estadunidense que procura criar obras com a menor quantidade de recursos possível.
A arte performativa é o estilo contemporâneo mais famoso. Este estilo tem como foco gerar questionamentos morais, sociais e filosóficos, geralmente de caráter niilista.
A arte de rua tem como foco transmitir mensagens de cunho social, geralmente de questionamento acerca da desigualdade social existente em grandes metrópoles.
Na busca por explorar sensações, muitas apresentações de estilo contemporâneo causaram polêmica. Muitos afirmaram que as apresentações ultrapassaram limites morais saudáveis.
O ambiente artístico da metade do século XX adiante era composto por uma maioria de artistas e professores pautados no relativismo moral.
A cosmovisão relativista desenvolvida nos ambientes artísticos levou grande parte das obras de arte contemporânea a se caracterizarem como um movimento pautado não na razão, mas nos sentimentos e no progressismo moral.
Esse é o caso de obras como a apresentação de Wagner Schwartz, no MAM, que gerou grande polêmica no Brasil. O artista buscava representar um dos bichos da obra de Lygia Clark, incentivando a interação do público com seu corpo nu.
Durante a apresentação, uma criança de 7 anos interagiu com o artista nu (acompanhada da mãe). Em outros momentos, o homem dança nu de mãos dadas com várias crianças.
Outro exemplo semelhante é a apresentação Macaquinhos, financiada pelo governo do Estado de São Paulo. Na apresentação, os autores andavam com o dedo no ânus dos colegas da frente.
Segundo os organizadores do projeto, a ideia é chamar a atenção em relação ao desequilíbrio social entre os países do hemisfério sul (representados pelo ânus) e os emergentes.
Comente e compartilhe. Quem você acha que vai gostar de ler sobre o que é arte contemporânea?
A Brasil Paralelo é uma empresa independente. Conheça nossas produções gratuitas. Todas foram feitas para resgatar os bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP