O presidente da OMS, Dr. Tedros Adhanom, no prefácio do Plano de Ação Integral de Saúde Mental 2013–2030, afirmou:
“Saúde mental e bem-estar são essenciais para todos nós a fim de conduzir a vida satisfatoriamente, para realizar todo o nosso potencial, para participar produtivamente em nossas comunidades e demonstrar resiliência em face do estresse e da adversidade.”
Hoje, muito se fala sobre sanidade mental, mas será que realmente se sabe o que ela é?
Conheça o que é sanidade mental, dicas para aprimorar a própria saúde e conheça a história da psiquiatria.
Sanidade mental é um estado psicológico referente a uma pessoa que apresenta bem estar corporal, mental e espiritual, sem nenhum problema grave. Pessoas sãs conseguem gerir seus sentimentos e pensamentos rumo aos fins desejados, afirma o Dr. Bruno Lamoglia.
Ser são não significa que nunca existirá sofrimento, mas é de se esperar que uma pessoa saudável consiga lidar com a tristeza de forma equilibrada, sem grandes prejuízos.
Para isso, é preciso igualmente que todo o corpo esteja saudável, como dizia o poeta romano Juvenal: “mente sã, em corpo são”.
A psicopatologia é o ramo das ciências psicológicas e psiquiátricas responsável por estudar questões relacionadas ao adoecimento mental. Para definir o estado de adoecimento é preciso que critérios básicos para a saúde mental sejam determinados.
Alguns dos critérios definidos por Dr. Paulo Dalgalarrondo são:
1 - Normalidade como ausência de doença: “ausência de sintomas mentais negativos obsessivos ou de doenças”, a normalidade é definida pelo que ela não é.
2 - Normalidade funcional: baseado em aspectos funcionais, ou seja, analisar a existência de disfunções de órgãos físicos ou psíquicos que causem sofrimento.
3 - Normalidade como liberdade: avalia o grau de liberdade de ação do indivíduo.
Uma mente sã possui as seguintes capacidades, segundo o livro Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais, do mesmo autor:
Diversas pesquisas revelam que os atributos citados estão em desarmonia em grande parte da população mundial contemporânea.
Em julho de 2022, a OMS divulgou que houve um aumento de 25% no número de pessoas com ansiedade e depressão, no primeiro ano de pandemia do COVID-19.
De acordo com esses dados, mais de um bilhão de indivíduos já tiveram algum distúrbio mental.
Setecentas mil pessoas morrem por suicídio por ano.
No Brasil, a situação não é diferente. De 2010 a 2019, 112.230 mil pessoas se mataram. O número de mortes provocadas por lesão dobrou de 7 para 14 mil nos últimos 20 anos, como mostra o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus).
Além do fato do número de crianças com TDAH variar de 5% a 8%.
A Brasil Paralelo desenvolveu o documentário A Fantástica Fábrica da Sanidade para investigar esses problemas e analisar possíveis caminhos de melhora. Confira o trailer:
É comum que todo ser humano deseje ser feliz e evitar transtornos mentais como depressão e ansiedade. Essa pode ser considerada a tarefa principal de qualquer vida humana.
Por sorte, homens sábios elaboraram diversas teses sobre o homem e sua realização ao longo da história. Esses faróis da humanidade servem como guias para a formação da melhor personalidade possível.
Confira alguns artigos da Brasil Paralelo que podem ajudar no aprimoramento da saúde mental:
A insanidade mental é um estado de confusão cognitiva em que uma ou mais funções psíquicas do sujeito estão alteradas. Nessa condição, essas funções funcionam fora dos padrões de normalidade estabelecidos pelos profissionais da saúde mental, e, portanto, a pessoa terá algum transtorno mental.
Algumas das principais doenças que assolam a humanidade hoje em dia são a ansiedade, depressão e o transtorno bipolar. A causa delas pode estar associada a vários motivos, como traumas e relações familiares desestruturadas (que afetam especialmente as crianças).
O sujeito ansioso estará sempre em estado de alerta, preocupado e com um medo excessivo.
O depressivo pode ter sintomas de ansiedade também, além de desânimo, tristeza e pessimismo.
Já o bipolar terá uma fase em que estará com grande autoestima, agitação e hiper vigilância, enquanto na outra terá sintomas de depressão.
Além desses, há outros diversos transtornos como os alimentares, o obsessivo-compulsivo (TOC), Borderline e estresses pós-traumáticos.
Ao identificar-se com algum transtorno, é preciso procurar um psicólogo ou um psiquiatra.
Mas, desde quando existe um profissional específico para cuidar da sanidade mental?
Insanidades mentais provavelmente sempre existiram. Existem relatos médicos de diferentes civilizações desde tempos longínquos.
Para muitos gregos antigos, problemas de saúde mental eram sinais do contato com os deuses, diz o professor Isaias Pessotti.
Hipócrates se destacou nesse período pela criação de teorias médicas, tendo ganhado o título de pai da medicina. Ele desenvolveu a teoria dos humores. Segundo ele, o corpo humano possui vários fluidos que o regulam. Quando se desequilibram, causam instabilidades de humor e doenças mentais.
Médicos da Grécia antiga, como Sorano de Éfeso, prescreviam banhos em cachoeiras de águas alcalinas para pessoas com tristeza e melancolia habituais.
Alguns filósofos gregos analisaram as doenças mentais do ponto de vista da atual psicologia. Platão dizia que os homens têm três mentes — a racional, a emotiva e a instintiva — e se uma delas falhasse surgiria a insanidade.
Durante a Idade Média, os doentes mentais eram mantidos em casa pelos familiares, explica Pablo Valente, sócio do Centro Educacional Novas Abordagens Terapêuticas em Saúde.
Os médicos que os tratavam faziam uso de laxantes, eméticos (substâncias que induziriam vômitos) e sanguessugas na tentativa de restaurar as proporções de “equilíbrio do corpo” de seus pacientes.
Receitas que consistiam em aloés e heléboro negro, por exemplo, eram tidas como remédios para depressão. Casos graves de doença mental poderiam ser tratados com punições físicas.
Tempos depois, no século XVII, começam a surgir na França, os Hospitais Gerais, onde eram isoladas as pessoas que perdiam a razão.
Ao final do século XVIII, Philippe Pinel, considerado pai da psiquiatria, denomina os doentes mentais de “alienados” e permite que os transtornos sejam alvo de estudo e busca por cura.
Para ele, as pessoas que desenvolvessem graves transtornos mentais deveriam ser vigiadas e tratadas longe da sociedade.
Um dos marcos para a sanidade mental foi a criação da psicanálise por Sigmund Freud, em 1886, devido aos seus estudos sobre a influência do inconsciente na vida humana.
Em 1879 foi fundado o primeiro Laboratório de Psicologia Experimental da Universidade de Leipzig, considerado outro marco para o estudo da mente humana.
Diversas tentativas de tratamento surgiram, como eletrochoques, lobotomias e comas induzidos. O que foi, inicialmente, sofrido para os pacientes que não tinham sedativos.
As violências e abusos contra pessoas com problemas mentais e pessoas com supostos problemas mentais geraram o movimento antimanicomial, encabeçado especialmente por Michael Foucault.
No século XX inicia-se a era da psicofarmacologia e uma série de revoluções no campo da psiquiatria e psicologia.
Em uma linha do tempo pode-se ver:
O documentário A Fantástica Fábrica de Sanidade realizou uma investigação inédita sobre os transtornos mentais, a indústria farmacêutica e a banalização do uso de remédios.
O mês de janeiro é conhecido como “Janeiro Branco”, pelo esforço de conscientização das pessoas sobre transtornos mentais. Para contribuir com um tema tão sensível à atual realidade do Brasil e do mundo, a Brasil Paralelo lança sua nova produção.
A Brasil Paralelo é uma empresa de entretenimento e educação cujo propósito é resgatar bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros. Em sua história, a empresa já produziu documentários, filmes, programas, cursos e séries que tratam de história, filosofia, economia, educação, política, artes e atualidades.
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