“Depois do silêncio, o que mais se aproxima de expressar o inexprimível é a música”. A história da música confirma as palavras de Aldous Huxley. Desde a Antiguidade até os dias de hoje, a música não deixou de cumprir um papel como uma linguagem transcendental entre os homens.
A origem da palavra música é grega. A etimologia está em musiké téchne, que significa a arte das musas, divindades que cantavam as memórias do passado. A técnica da música consiste em arranjar sons em uma sucessão, intercalados com períodos de silêncio, por um determinado período.
Entendida desta forma, a música é uma linguagem, uma forma de comunicação. É uma linguagem tão real quanto aquela que usamos para conversar, mas que vai além.
Victor Hugo, grande dramaturgo, retratou a definição de música da seguinte forma:
“A música expressa o que não pode ser dito em palavras mas não pode permanecer em silêncio”.
A música tem um poder de comunicação.
A audição percebe a combinação de elementos sonoros. Por esta razão, percebe características como a duração do som, sua altura, intensidade e timbre, que ocorrem em diferentes ritmos, melodias ou harmonias.
A melodia é a sequência de notas musicais. A sucessão de sons organizados proporciona um sentido musical ao ouvinte. É a melodia que permanece na memória depois de se ouvir uma canção.
Mas a linha melódica não é solta no ar, ela é suportada pela estrutura harmônica. É a seleção de notas que compõem determinado acorde (formação sonora).
Em um sentido amplo, harmonia é a descrição do desenrolar ou progressão dos acordes ao longo de uma composição.
O terceiro elemento é o ritmo.
É exatamente o embalo para a melodia sustentada pela harmonia. Pode-se ter o ritmo do samba, valsa, bolero, prelúdios, qualquer um dependendo da invenção e da composição.
O ritmo dita o tempo musical e o estilo da música.
O tempo mede a duração de um som na música, mas diferentemente como o tempo medido usando um relógio comum. A relação entre o tempo e a duração das notas musicais dá origem ao ritmo.
A forma como o ouvido humano percebe a frequência dos sons é chamada de altura. Quando a frequência é baixa, diz-se que o som é grave; quando é alta, diz-se que o som é agudo. Assim, o tom é a altura de um som na escala geral.
Quando se fala em timbre, distingue-se entre sons na mesma frequência que são produzidos em instrumentos diferentes. Por exemplo, uma nota reproduzida na mesma altura por um piano e por um saxofone são sonoramente diferentes.
Com estas características em mente, é possível percorrer a linha histórica da música.
A música é indissociável da cultura. Desde que o homem é homem, tem havido registros de música. Naturalmente, o ser humano observou os sons da natureza e percebeu que poderia reproduzi-los.
Para entender a história da música, é necessário voltar aos tempos pré-históricos, passar pela antiguidade, pelos períodos medievais e modernos, e finalmente aos dias atuais.
Não é fácil identificar quando a música começou, quem foi o primeiro a cantar, ou o primeiro instrumento criado. A melhor suposição é dizer que a música existe como uma linguagem desde que o próprio homem surgiu.
Para entender melhor a origem da música, ao longo deste artigo serão apresentados resumos curtos da evolução da música através do tempo e de várias culturas.
Os primeiros homens ouviam o som das ondas, o canto dos pássaros, os sons que outros animais faziam para se comunicar, os trovões, os uivos do vento e os próprios batimentos do coração.
Perceberam também que podiam produzir sons, por exemplo, batendo as palmas das mãos, os pés no chão e com sua própria voz.
Há registros de uma flauta feita de osso datada de 60.000 a.C. Apesar deste dado arqueológico, as informações se tornam mais substanciais na Antiguidade.
As referências iconográficas comprovam que no Antigo Egito, por volta de 3.000 a.C., havia instrumentos variados como o tambor, a harpa, a cítara e a flauta.
A música era um importante elemento religioso. Os antigos egípcios acreditavam que o deus Thoth era o criador da música, e que Osíris a tinha usado para civilizar o mundo. Na vida das comunidades, a música estava relacionada à comunicação, aos ritos sagrados e à dança.
A região da Mesopotâmia estava localizada entre os rios Tigre e Eufrates. Ali viveram sumérios, assírios e babilônios.
Nessa região foram encontradas liras e harpas em 3.000 a.C. Harpas sumérias que tinham entre 3 e 20 cordas foram descobertas em escavações. Alguns objetos encontrados tinham mais de 5 mil anos.
Além das harpas, arqueólogos também encontraram cítaras que pertenciam aos assírios.
E o mais impressionante foi o registro na mais antiga linguagem escrita do mundo: a escrita cuneiforme. Nele havia registros de músicos, geralmente dentro dos palácios ao lado dos monarcas.
A música prosperou na Ásia, especialmente na Índia e na China, muito fortemente relacionada à espiritualidade.
Entre os chineses, o instrumento mais popular foi a cítara em um sistema musical que possuía uma escala de cinco tons, chamada pentatônica.
Na índia, em 800 a.C., utilizavam-se as ragas, compostas de tons e semitons e não de notas.
É interessante notar que nas grandes civilizações exemplificadas acima, a música desempenhou um papel transcendental, unindo o homem ao sagrado, a algo superior.
Com os gregos não foi diferente, mas eles têm uma contribuição adicional na história da música, especialmente na cultura ocidental.
O berço da cultura ocidental foi a Grécia, e com a música não foi diferente. A forma como a música é entendida hoje deve-se aos gregos, que já a consideravam uma forma de elevar o homem transcendentalmente e moralmente.
Apolo, por exemplo, era a divindade que regia as artes. Em muitas representações é possível vê-lo segurando uma lira, um dos mais antigos instrumentos de corda.
Os pré-socráticos, Sócrates, Platão e Aristóteles, entre muitos outros, entenderam que através da música as pessoas poderiam ser melhores.
De acordo com Pitágoras, se não houvesse música no mundo, a alma adoeceria.
Platão, n’O Banquete, falou sobre a interferência da música na vida das pessoas. Em sua filosofia, explicou que a música poderia alterar o estado anímico das pessoas em direção à tristeza ou alegria, entre outros sentimentos.
Aristóteles foi mais longe e falou sobre a catarse.
A catarse, kátharsis, é um conceito filosófico que significa limpeza e purificação. O homem a alcança quando se deslumbra e se encanta ao ponto de se sentir transformado. Um artista envolvido com a música, por exemplo, pode se tornar um ser humano melhor.
A plateia também pode sair melhor de um espetáculo do que quando entrou. Assim como as palavras podem ferir, entusiasmar, desanimar a música possui o mesmo poder.
Os gregos perceberam que a linguagem musical tinha valor educativo e moralizante, que poderia levar o ouvinte a uma catarse. E foram mais longe, pois a eles se deve um dos maiores desenvolvimentos na história da música.
A música modal, desenvolvida pelos gregos, era uma organização sonora composta de 7 sons.
A música modal não se preocupava com cada nota em si, cada som em si. As notas musicais não tinham nem mesmo nomes nesse período da história da música. Isto surgiu apenas na Idade Média, como será explicado mais adiante.
Buscando entender o intervalo sonoro entre um som e outro, os gregos criaram a noção de que, como havia 7 sons, havia 7 formas diferentes de iniciar uma música. Também desenvolveram o entendimento de mudança de uma nota para outra em meio tom (½ tom) ou em um tom.
Dependendo de qual nota escolhiam para iniciar o intervalo do som para o som subsequente, fazia-se uma divisão sonora chamada música modal.
Os modos gregos foram chamados:
Eles valorizaram imensamente a música e, portanto, estudaram as formas de entender os sons e como iniciá-los. Até a Renascença, a música produzida era preponderantemente modal e mais instrumental do que vocal.
Entretanto, antes que a história da música seja explicada no período do Renascimento, é necessário entender as contribuições acrescentadas pelo Cristianismo.
O Império Romano, embora tenha derrotado os gregos militarmente, foi vencido culturalmente, e o helenismo continuou a viver. Nas peças de teatro, a música tinha uma função fundamental, embora menos importante do que na cultura grega.
A expansão de Roma foi também a expansão do Cristianismo e da música cristã. As pessoas exploram a voz humana mais do que no passado exploraram os instrumentos, que se tornaram secundários em relação à voz humana.
O cristianismo foi uma das principais influências que trouxe a presença da voz à música. Isto aconteceu por causa da salmodia, do cantochão e do canto gregoriano. As salmodias são salmos cantados com base na música modal grega, com pouca variação.
O cantochão não apresenta muita variação sonora, sendo uma forma de leitura cantada basicamente em um tom. O que antes era modal e instrumental, tornou-se modal e vocal.
Com o Papa Gregório I, ou Gregório, o Magno, a análise musical foi aprofundada, reinventada e definida como a música da liturgia católica romana ocidental. Dessa forma, surgiu o canto gregoriano, uma elevação do cantochão.
Devido a este novo padrão definido para a liturgia, surgiu a necessidade de criar uma escrita musical clara e organizada. Era necessário materializar no papel os sons ouvidos.
Os neumas foram a primeira tentativa de escrever os sons, próprios do canto gregoriano, marcados entre cinco linhas, os pentagramas. Na história da música, surgiram antes dos nomes das notas musicais.
Outra expressão musical do período que merece destaque são as chamadas Cantigas de Santa Maria, que agregam 427 composições produzidas em galego-português e divididas em quatro manuscritos.
Ainda dentro da cultura cristã, não demorou muito para que surgissem mais aprimoramentos na música, também chamada de primeira arte.
Por volta do ano 1000 d.C. surgiu um monge católico em Arezzo. Foi ele quem deu nome aos sete sons. Guido d’Arezzo deu os nomes que são conhecidos hoje. Para criá-los, apoiou-se no Hino de São João, composto no século VIII pelo monge beneditino Paulo Diácono:
O Hino de São João
Ut queant laxis
Resonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solve polluti
Labii reatum
Sancte Iohannes
A partir deste poema com 7 versos, ele nomeou as 7 notas musicais: Ut, Re, Mi, Fa, Sol, La, Si. Posteriormente, Ut tornou-se Do.
A curiosidade deste fato é que a nota Si significa Sancte Iohannes.
A Igreja Católica, em sua expansão cultural, deixou um legado para toda a humanidade, algo que continuou na Renascença.
Foi no período do humanismo que surgiu Giovanni Pierluigi da Palestrina, a maior representação da música ocidental. Depois surgiu, por exemplo, Claudio Monteverdi, grande compositor italiano.
A Igreja, com sede em Roma, havia se tornado um grande investidor da cultura no período renascentista, que assistiu ao florescimento de gênios.
Entre os séculos XIV e XVI, a cultura passou por transformações que impactaram a história da música.
A cultura foi enriquecida e se tornou presente na vida das pessoas. Surgiram os mecenas, cidades que viviam em torno das obras de arte e os luthiers, profissionais especializados na construção e reparo de instrumentos de corda.
No período do humanismo, o ser humano se mostrou espetacular, o pilar do conhecimento.
O homem ocupou o centro das atenções como um ser racional e maravilhoso, capaz de grandes coisas. Os gênios e artistas deste período viram que Roma era um museu ao ar livre. Ali, houve a experiência do encantamento e da catarse grega.
Inevitavelmente, com o reconhecimento do valor, movimentos menos interessantes também surgiram dentro do próprio homem. Inveja, insegurança, imaturidade, superioridade. A cultura que existia até então era teocêntrica e se tornou antropocêntrica.
Esta postura deslocou o foco de Deus para o próprio homem.
Uma curiosidade envolvendo esta centralidade no homem pode ser demonstrada em Franz Liszt, príncipe do piano.
Nos concertos, ele chegava com luvas brancas e as jogava no palco para que as mulheres as disputassem, porque o consideravam muito sedutor.
Um belo dia, chegou ao palco para um concerto com outros artistas e disse:
“O espetáculo sou eu”.
Como se não fosse o suficiente, foi sua a ideia de mudar a posição do piano, para ser visto em perfil pela plateia, algo que permanece até os dias de hoje.
Na história da música e das outras artes, a expansão cultural foi indiscutível. A música, que até então era modal, ganhou um aspecto mais vocal e instrumental e começou a ser levemente analisada. Nesta análise, houve uma mudança de paradigmas.
A música foi analisada do ponto de vista de cada nota em si e não do intervalo entre as notas.
Johann Sebastian Bach mudou a história da música com sua produção artística. Curiosamente, foi extremamente respeitado em vida como organista e como músico, mas não como compositor. Sua obras permaneceram desconhecidas por quase cem anos.
Felix Mendelssohn Bart Bartholdy foi o responsável pelo resgate de suas obras, popularizando Bach com a composição Paixão Segundo São Mateus, BWV 244.
Trata-se da reescrita musical da Paixão e Morte de Jesus Cristo, considerada a bíblia musical do Ocidente.
A partir deste momento, a humanidade atentou-se para a grandeza de Bach como compositor; e especialmente como um compositor que tinha o propósito de glorificar e amar a Deus através da música.
Manuscritos encontrados na Universidade de Yale foram considerados originais de Bach por causa das célebres iniciais SDG, que significam Soli Deo Gloria.
Mas não foi por causa de suas composições que ele mudou a história da música. Ainda outra transformação ocorreu porque ele não se baseou em intervalos melódicos, mas nas próprias notas para compor.
Surgiu a música tonal.
Em uma coletânea de músicas para cravo solo, Bach “temperou” cada uma das notas musicais.
Ele descobriu que poderia se basear no que chamou de Dó Maior, ou Dó Menor. Ele também percebeu que podia executar uma nota em Dó Sustenido, Dó Sustenido Maior e Dó Sustenido Menor.
O que é maior e menor em música? Em uma explicação simples, o que é chamado de maior remete a leveza, alegria e otimismo. O intervalo menor sugere algo soturno, lúgubre, triste, misterioso, trágico.
Por exemplo, a 5ª Sinfonia de Beethoven em Dó Menor, possui um som trágico. Sua Piano Sonata n. 8 Op. 13 “Pathetique”, também foi composta em Dó Menor.
Qualquer nota pode ter uma formação harmônica maior ou menor. Bach em O Cravo Bem Temperado escreveu prelúdios e fugas para todas as notas maiores e menores.
O conhecimento destas diferenças tornará mais fácil entender a continuidade do desenvolvimento da música.
A partir do século XVII, o movimento barroco promoveu mudanças marcantes no cenário musical, trabalhando com sonoridades e com estruturas harmônicas mais complexas, cheias de floreios e detalhes rebuscados.
Recursos como o mordente, o grupeto e o trinado eram comuns. As obras deste período inovaram a harmonia da obra musical e trouxeram uma característica incontestável, que foi a regularidade rítmica.
A música barroca manteve fielmente o tempo.
Por exemplo, o Solfeggietto, composição de um dos filhos de Bach, Carl Philipp Emanuel Bach, mostra a regularidade rítmica própria do Barroco.
Na sequência da história da música, chega-se ao Classicismo.
O que é música clássica?
A música clássica é aquela que permanece, pois o clássico é permanente. Em um casamento, o bolo da noiva é clássico; e no cinema, o filme que não se esquece é clássico.
Beethoven é clássico porque não é esquecido. O que ele fez na história da música, como outros compositores, foi grandioso demais para ser esquecido ou desconsiderado.
Existem músicas e músicos que fazem sucesso comercialmente, mas que não têm nada de clássico e não têm permanência. Logo, ninguém mais se lembra deles.
Neste sentido, a música clássica também pode ser chamada de música erudita, que vem do latim ex-rude. Ela tira a rudeza do homem, seu lado bruto. É uma música que refina e enriquece.
O Classicismo resgatou a linha melódica da música, precisamente o que permanece na memória.
Nesta época, a música instrumental e as orquestras ganharam ainda mais destaque. O piano tomou o lugar do cravo e foram criadas notas estruturas musicais, como a sonata, a sinfonia, o concerto e o quarteto de cordas.
Sonata vem de sonare (soar). É uma obra em diversos movimentos para um ou dois instrumentos.
Sinfonia significa soar em conjunto, uma espécie de sonata para orquestra. A sinfonia clássica é dividida em movimentos. Os músicos que aperfeiçoaram e enriqueceram a sinfonia clássica foram Haydn e Mozart.
Concerto é outra forma de composição surgida no período clássico. Apresenta uma espécie de luta entre o solo instrumental e a orquestra.
Beethoven dizia que muitos cultivam a música, mas poucos receberam a revelação de como conhecê-la. Poucos sabem como conviver com a música.
De fato, poucos sabem como absorver o conhecimento que a música nos traz. Mas isso pode ser aprendido e não há elitismo na música clássica, porque a sensibilidade não está relacionada a nenhuma classe social.
Nietzsche teve essa sensibilidade quando disse:
“Se no mundo não houvesse música, ele seria um exílio”.
Mas, porque as pessoas não acessam o que a música tem a oferecer?
Porque as pessoas pensam que apreciar os clássicos não envolve aprender. No entanto, é preciso cultivar o gosto, assim como se faz com o café e o vinho. Muitas vezes estas duas bebidas não agradam ao paladar no primeiro contato.
A música clássica pode oferecer resistência, mas o estudo pode resolver este problema.
Em segundo lugar, o problema pode estar em quem transmite a música, porque quando é verdadeira, sempre emociona.
Ler uma partitura é como ler um livro de histórias. A imaginação é livre. O leitor é um participante que dá vida ao que está lendo. Nesta analogia, o que se quer dizer é que o intérprete dá vida à partitura.
O artista cria, traz à existência a letra morta, afinal o compositor não está mais presente. A verdadeira música enriquece, desembrutece, interioriza.
As obras de arte podem ser divididas em dois grandes blocos: espaço e tempo.
As obras do espaço precisam de espaço geográfico, físico. Exemplos são o teatro, a dança, a escultura, o museu…
Como a música só existe no momento em que é feita, ela é uma arte do tempo. Devido à sua imaterialidade, sua transcendência é maior.
De todas as manifestações artísticas, a música está entre as que mais espiritualiza e emociona.
Os grandes filósofos gregos diziam que o ser humano é apoiado em 4 transcendentais:
A unidade faz com que a pessoa seja sempre a mesma, íntegra, coesa e constante. A verdade torna o homem digno de confiança, fiel e atento à realidade. A bondade atrai, porque o mal é ruim em si mesmo e repele.
Finalmente, a beleza é uma necessidade humana que aponta para uma realidade superior, que é a transcendência. A experiência com o belo não é opcional, faz parte do ser humano.
O homem precisa da experiência do encantamento. Precisa assistir com paz o pôr do sol, descansar seu olhar no que é belo.
O contato com a verdadeira música é uma necessidade da alma. Ela interfere na inteligência e na vontade (potências superiores). A inteligência conhece e a vontade quer.
Estudar a história da música e ouvir o que tem qualidade é dar vida ao homem. Infelizmente, esta noção se perdeu nos tempos atuais.
O rádio possibilitou uma grande transformação na música. Com isso, surgiram novas tecnologias e suportes para as gravações e para a difusão musical. Os artistas começaram a se popularizar rapidamente, o que também deu impulso à indústria musical.
A televisão permitiu clipes, e as apresentações performáticas foram difundidas. Nos últimos dois séculos o ritmo tomou o lugar de primazia da melodia e da harmonia, e a música começou a mover mais o corpo através da sensualidade do que com a alma através da inteligência.
Apesar da popularização que os meios tecnológicos trouxeram, o que é bom, o lado negativo foi a expansão da indústria cultural. Esta última ocupa-se mais com a venda do que com a arte em si.
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