Em diversas culturas e civilizações, a crença em figuras que personificam o mal está presente. Entre os budistas, judeus, hindus e sumérios, existem relatos de rituais específicos para afastar espíritos malignos das pessoas.
No Cristianismo, a ação de forças malignas é descrita de maneira mais detalhada nos Evangelhos, que narram episódios como a tentação de Jesus Cristo no deserto e os momentos em que Ele expulsava demônios de pessoas possuídas.
O tema do exorcismo ganhou visibilidade no imaginário popular também por meio do cinema, com obras como o clássico O Exorcista (1973) e o mais recente O Exorcista do Papa (2023).
Ao experimentar o mal de forma concreta, o ser humano busca entender mais sobre o que está por trás de tantas dificuldades. A possessão e o exorcismo são um dos meios de analisar a ação de seres maléficos de forma mais estrita e clara.
O sucesso do tema gera interesse e levanta as perguntas:
A possessão, quando o demônio assume o controle do corpo de uma pessoa, passando a controlar suas ações e, muitas vezes, suas palavras.
Nesse estado, a pessoa perde a autonomia sobre o próprio corpo e mente, e pode manifestar comportamentos e habilidades incomuns, muitas vezes não explicáveis pela psicologia ou pela medicina.
O Padre José Antonio Fortea, em sua obra Summa Daemoniaca, afirma:
“A possessão é o fenômeno pelo qual um demônio, em determinados momentos, toma posse do corpo de uma pessoa, podendo movê-lo ou falar por meio dele. (...) No entanto, é importante notar que esse domínio ocorre apenas em momentos determinados; mesmo na possessão, o demônio não pode fazer o que quiser com o corpo a qualquer momento”.
O exorcismo tem como escopo cessar a ação demoníaca na vida de uma pessoa, restaurando o controle sobre si mesma e promovendo o retorno à vida na Graça.
O exorcismo é um ritual conduzido por um sacerdote com o objetivo de ordenar que um demônio deixe o corpo e a mente de uma pessoa em estado de possessão.
Segundo o exorcista espanhol Padre José Antonio Fortea:
“A possessão é o fenômeno pelo qual um demônio, em determinados momentos, toma posse do corpo de uma pessoa, podendo movê-lo ou falar por meio dele”.
Conforme o número 1673 do Catecismo da Igreja Católica:
“O exorcismo é o rito pelo qual se ordena ao demônio sair do corpo de um possesso. A essência do exorcismo é a conjuração, ou seja, a ordem dada ao demônio em nome de Jesus para que abandone esse corpo.
O rito eclesiástico do exorcismo contém muitos ritos menores (a ladainha dos santos, a liturgia da Palavra, a oração do Pai-Nosso, etc.), mas sua verdadeira essência é a conjuração do demônio. As orações dirigidas a Deus são deprecativas, ou seja, são súplicas. Enquanto isso, ao demônio nunca se pede nada, mas se o conjura, isto é, lhe é dada uma ordem. Essa ordem é dada pelo poder sacerdotal ou pelo poder inerente ao próprio nome de nosso Redentor.
Se em um exorcismo não houvesse conjuração, não haveria um verdadeiro exorcismo. O traço definidor e específico do exorcismo é a conjuração. De fato, a palavra grega exorkizein significa exatamente isso: conjurar.
O Exorcismo visa expulsar os demônios ou livrar da influência demoníaca, e isto pela autoridade espiritual que Jesus confiou a sua Igreja”.
O trecho do Catecismo implica que o exorcismo envolve a autoridade de um sacerdote, que, embora receba o poder de exorcizar demônios por sua ordenação sacerdotal, necessita de autorização específica do bispo para exercer o ministério de exorcista.
No Cristianismo, a luta contra o mal é um tema recorrente, como se observa nos Evangelhos, nos quais Jesus Cristo frequentemente expulsa e liberta pessoas do domínio de espíritos malignos.
Um episódio marcante é a tentação de Jesus, narrada no Evangelho de São Marcos. Nele, Jesus é conduzido ao deserto, onde, após 40 dias de jejum, enfrenta as tentações do diabo, que lhe oferece recompensas em troca de adoração.
No Evangelho de Mateus, capítulo 12, há outro relato significativo em que Jesus cura um homem possuído:
“Então, trouxeram um possesso que era cego e mudo. Jesus o curou, de modo que podia falar e enxergar”.
Seguindo os exemplos narrados nos Evangelhos, a Igreja Católica adotou a prática do exorcismo, com o objetivo de expulsar espíritos malignos e suas influências na vida de pessoas atormentadas.
Essa prática é realizada por meio de um ritual organizado, precedido por uma investigação cuidadosa.
O demônio, segundo a doutrina cristã, age ativamente na vida das pessoas, buscando influenciá-las com o objetivo de levar à condenação da alma. Essa temática é explorada na vida do personagem Pedro, protagonista do novo lançamento da Brasil Paralelo.
Oficina do Diabo é um filme de drama que acompanha a empresa mais antiga do mundo: o inferno. O demônio Fausto, um dos principais colaboradores da empresa, subiu a Terra para ajudar Natan a devorar sua primeira alma, o protagonista Pedro.
Após tentar a vida como músico na cidade grande, Pedro falhou devido à luxúria, desorganização e outros vícios que tomaram conta do seu coração.
A volta a sua cidade no interior afetou seu ego, sua vida parece sem rumo. O demônio Natan regozijou-se com suas conquistas, mas suas tentações não estavam sendo suficientes para desvirtuá-lo completamente.
Decididos a perder Pedro, o experiente demônio Fausto veio diretamente do inferno para guiar Natan em sua missão.
A história traz dramas psicológicos, história do Brasil durante os anos 60 e muito mais. Confira o trailer:
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Descartando em grande parte os sintomas que podem ser explicados de forma natural, o exorcista deve observar a presença de alguns sinais para considerar a possibilidade de realizar o exorcismo.
O próprio Ritual de Exorcismos orienta o sacerdote a não acreditar facilmente na possibilidade de uma possessão, resguardando a Igreja de cair em superstição.
O ritual enumera alguns sinais em uma categoria chamada “Signa esse possunt”, que em português significa "podem ser sinais".
“Signa esse possunt”:
Para determinar se será necessária uma sessão de exorcismo, o sacerdote, além de constatar esses sinais, deve observar se o comportamento da pessoa é proveniente dela mesma ou parece ser ordenado ou emitido por uma outra personalidade.
Caso todos esses fatores sejam confirmados, o exorcista inicia o acompanhamento do possesso em uma sessão de exorcismo, que pode durar meses ou até anos, dependendo da pessoa, até que haja a libertação total.
Segundo o Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr., existem dois rituais de exorcismo: um datado de 1952 e outro de 1999. De acordo com o sacerdote, há uma preferência entre os padres exorcistas pelo ritual de 1952.
O mesmo padre afirma que, segundo os exorcistas, a eficácia do ritual é considerada maior quando realizado em latim, por ser uma língua sagrada, odiada pelo demônio e, além disso, por o atormentado não compreendê-la.
O ritual de 1952 tem a seguinte estrutura:
Veja a fala de um Padre exorcista sobre o ritual e o processo:
Para evitar a necessidade de um grande exorcismo ou a presença do maligno, os exorcistas recomendam algumas práticas preventivas.
O Padre Corrado Balducci, da Companhia de Jesus, elencou em seu livro O Diabo vivo e atuante no mundo certos hábitos que ajudam a proteger contra o eventual perigo de uma possessão diabólica. São eles:
Segundo a tradição cristã, a autoridade do exorcista provém, primeiramente, de Jesus Cristo, que, antes de sua ascensão, conferiu aos apóstolos o poder de expulsar os espíritos maus. Como está escrito:
“ Eis os sinais que acompanharão aqueles que crerem: Expulsarão demônios em meu nome” (Evangelho segundo Marcos, Capítulo 16).
O exorcista é nomeado pelo bispo para exercer seu ministério dentro de um território específico. Como explica o Padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior em seu curso sobre demonologia:
“Um padre só tem permissão de realizar um exorcismo no território da diocese que foi autorizado pelo bispo”.
Para atuar em outro território, o exorcista deve obter uma nova autorização do bispo local. Após ser selecionado, o exorcista contará com uma equipe que realiza o processo de triagem e auxílio nos casos confirmados.
Essa equipe pode ser composta por leigos, médicos, psiquiatras, psicólogos e outros sacerdotes, todos colaborando com o exorcista para determinar se o caso envolve uma possessão demoníaca ou um distúrbio mental.
Segundo o sacerdote exorcista português Pe. Duarte Lara, há pessoas que enxergam o demônio em tudo, alegando que seus distúrbios são causados pelo maligno.
No entanto, o padre enfatiza que a possibilidade de distúrbios mentais deve ser descartada antes de se iniciar um exorcismo.
Para identificar se o atormentado realmente necessita de um exorcismo, a pessoa afligida precisa passar por uma bateria de exames com:
Somente após serem descartadas causas naturais, o papel do exorcista entra em ação. Após a investigação, são iniciadas sessões de exorcismo com a pessoa atormentada.
O mal é um tema que há séculos desperta reflexões e questionamentos. O pensamento de Santo Agostinho define o mal como a ausência do bem, podendo ser praticado por qualquer criatura livre.
No Cristianismo, o mal surgiu quando um anjo de luz decidiu não seguir a Deus nas provações que passaram antes da visão beatífica. Esse anjo ficou conhecido como Satanás, convencendo ⅓ dos anjos a o seguirem, afirma o livro do Apocalipse.
Em diversas religiões e culturas, há a representação do mal de forma personificada.
No hinduísmo, por exemplo, existe Ravana, o antagonista do épico Ramayana. No budismo, o mal é personificado na figura de Mara, que se contrapõe ao Buda. Enquanto o Buda simboliza iluminação, Mara representa trevas e confusão.
Na tradição judaica, há também uma compreensão acerca do mal, como registrado no Livro de Mateus, capítulo 12:
“É por Beelzebul, chefe dos demônios, que ele os expulsa.”
Esse trecho sugere que os judeus tinham uma percepção da ação do demônio e de sua hierarquia, sendo Belzebu referido como príncipe dos demônios.
Entre os sumérios, uma das civilizações mais antigas, existiam crenças em espíritos malignos que, segundo sua visão, causavam doenças ao se alojarem nos corpos das pessoas. Para combatê-los, recorriam a práticas que visavam persuadir esses seres a abandonar os enfermos, restituindo-lhes a saúde.
Essas práticas incluíam o uso de animais como carneiros e cabras, para os quais os demônios eram supostamente transferidos. Após isso, os animais eram sacrificados. Na ausência desses animais, utilizavam estátuas que, após rituais específicos, eram cobertas de betume.
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