“Há mais coisas entre o céu e a terra, Horácio, do que sonha a nossa vã filosofia” (William Shakespeare).
Certas peculiaridades dos filmes ficcionais parecem ser exclusivas do mundo fantástico, mas muitas vezes não são. Os crimes não solucionados no Brasil e no mundo abrem portas para uma realidade que parece não ser real. Casos criminais não resolvidos são mais comuns do que parecem ser, muitos gênios do crime conseguiram enganar as autoridades judiciais.
Na década de 60, por exemplo, um homem assassinou diversos casais na Califórnia e ainda zombou do FBI. Zodíaco, o serial killer, começou a mandar cartas codificadas para que os policiais o achassem. Seus códigos eram tão complexos que um deles só foi descoberto 51 anos depois, revelando motivações aterrorizantes.
Nova Orleans, cidade dos Estados Unidos, também teve seu caso criminal envolvendo um serial killer excêntrico e astucioso. No dia 19 de março de 1919, o Homem do Machado ordenou que todos os bares da cidade tocassem Jazz, caso contrário, o dia ficaria marcado pela maior chacina da cidade.
Além de conhecer os índices de criminalidade do Brasil, descubra as histórias de alguns dos piores crimes não resolvidos no Brasil e no mundo. Cada caso permanece um mistério até os dias de hoje.
Em média, 66% dos crimes cometidos no Brasil não são solucionados. Esse dado foi coletado pelo Instituto Sou da Paz, mostrando de forma estatística o que muitos brasileiros já sentem: o Brasil é um dos países com a maior violência e impunidade do mundo.
A situação piora ao analisar os casos de homicídios não solucionados. Apenas 8% dos assassinatos ocorridos no Brasil são esclarecidos, os outros 92% dos casos não chegam a ser registrados. Os dados foram coletados pela ONG Rio e Paz. Em entrevista, o fundador da instituição declarou:
"Na Alemanha, mais de 98% dos homicídios são punidos, no Japão mais de 95%, mas no Brasil apenas 8% são elucidados".
Muitos dos crimes não solucionados no Brasil ainda reverberam pelo país. Alguns deles chegaram a influenciar o rumo político da nação, outros geraram fortes movimentos de indignação social. Ainda hoje são enigmas.
Os cinco dos piores crimes não resolvidos no Brasil são:
Em 18 de maio de 1973, um eletricista espanhol notou que sua filha de 8 anos não tinha voltado para casa. Desesperado, o morador da cidade de Serra, estado do Espírito Santo, distribuiu fotos de sua filha, Araceli Cabrera Crespo, para os jornais locais, buscando descobrir se alguém havia visto sua filha.
Seis dias depois, a busca terminou: o corpo de Araceli foi encontrado atrás do hospital infantil de Vitória, capital do estado. A garota foi raptada, estuprada, assassinada e carbonizada. Seu corpo estava todo corroído com ácido.
O perito designado para o caso, Nilson Santanna, afirmou que a garota sofreu traumas enquanto estava viva e depois foi sedada.
O promotor do caso, Wolmar Bermudes, acusou a família Michelini de ter cometido o crime; Dante Filho e Helal pelos abusos e homicídio e o pai deles, Dante Michelini, por ter permitido o cárcere da garota.
Os três foram condenados pelo juiz de primeira instância, mas, ao recorrerem da decisão, foram absolvidos pelas instâncias superiores. Não havia provas materiais do crime, a condenação foi feita através de testemunhas e possibilidades circunstanciais, de acordo com o juiz Hilton Silly, o juiz de primeira instância que os condenou.
O juiz levou 5 anos para estudar o caso e redigiu uma sentença final de 700 páginas, afirmando não haver provas concretas contra os três. Mesmo inocentados, parte do povo capixaba permaneceu indignada com os três durante anos.
Protestos foram feitos para alterar o nome da rua “Dante Michelini”, de Vitória. O nome da rua é uma homenagem ao pai de Dante, o suposto carcereiro, e avô de ‘Dantinho’, o suposto assassino.
Em 2013, após o caso de Araceli completar 40 anos, manifestantes da cidade do Espírito Santo mobilizaram-se para alterar o nome da rua. Adesivos com o nome da garota foram colados nas placas da rua Dante Michelini.
O caso da garota Araceli incentivou o governo federal a instituir o dia nacional de combate ao abuso sexual contra crianças. A data foi fixada no dia 18 de maio, quando Araceli foi raptada. Esse é um dos casos criminais de maior destaque do Brasil.
O caso criminal de Celso Daniel chocou o Brasil em 2002 e ainda repercute por todo o país. O prefeito de Santo André, Celso Daniel, era um dos políticos mais cotados para grandes cargos políticos do Partido dos Trabalhadores (PT).
Saindo de uma churrascaria, em um dia normal, foi abordado por diversos carros em uma área residencial. Celso foi sequestrado e assassinado de forma brutal, sem pedido de resgate.
A história fica ainda mais enigmática e fúnebre com o passar do tempo. Sete pessoas que testemunharam o caso foram assassinadas em circunstâncias suspeitas.
Diante de tantas mortes e do envolvimento dos principais políticos do país neste caso criminal de fama nacional, a série de investigações criminais, Investigação Paralela, levantou 2 hipóteses principais.
Paulo César Farias foi tesoureiro e coordenador da campanha de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito desde a ditadura militar. PC não possuía um cargo público formal no governo Collor, mas atuava como principal conselheiro do presidente.
Em maio de 1992 começam a vir à tona denúncias de corrupção que apontavam PC Farias como o líder de um esquema de desvios de verba pública, um total estimado no valor de 1 bilhão de dólares.
Nesse momento, PC começou a ser procurado pela Polícia Federal e pela Interpol. Imediatamente o tesoureiro fugiu do Brasil, deslocando-se por vários países com documentos falsos, passando-se por um príncipe árabe, em uma fuga digna de Hollywood.
PC acabou sendo preso, mas, após ser solto e ter agendado depoimentos sobre os esquemas de corrupção do governo Collor, Paulo César foi assassinado em sua própria casa. Desde então uma questão ficou no ar: quem matou PC Farias?
Os autores materiais foram descobertos depois de anos, mas o autor intelectual e sua motivação permanecem um mistério. Este permanece sendo um caso criminal ainda não solucionado no Brasil.
No dia 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco voltava tarde da noite de um compromisso na Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Ela estava mediando um debate sobre mulheres pretas faveladas, que havia começado às 18 horas e terminado às 21 h.
Marielle entrou no carro e ia para casa normalmente, como em um dia comum. De repente, no meio do caminho, um carro Chevrolet Cobalt que a seguia desde a Lapa acelerou e emparelhou com o carro da vereadora.
Tendo alcançado o carro de Marielle, o homem que estava no banco de passageiros disparou 13 tiros de submetralhadora, assassinando a vereadora e o motorista Anderson Gomes.
Os autores materiais do crime foram presos um ano depois do ocorrido. Ronie Lessa foi condenado por ter efetuado os disparos contra as vítimas; Élcio Queiroz foi condenado por ter conduzido o assassino.
Contudo, apesar dos executores do crime terem sido encarcerados, o autor intelectual desta caso criminal brasileiro crime ainda é um enigma. Não se sabe por que os dois criminosos mataram a vereadora. Os dois executores se declararam inocentes, deixando o crime sem solução até a última atualização deste artigo.
O caso ganhou comoção internacional. Marielle Franco foi homenageada de diversas maneiras: uma praça em Paris foi nomeada em sua memória, diversos políticos a homenagearam no Congresso Nacional e passeatas públicas foram feitas para a ex-vereadora.
Buscando descobrir quem está por trás do crime ainda não solucionado contra Marielle Franco, o programa de investigações criminais, Investigação Paralela, analisou este caso criminal. Um episódio completo foi feito para investigar o crime.
As milícias do Rio de Janeiro cometeram o assassinato? O presidente da república está envolvido no caso? Essas perguntas e muitas outras foram analisadas no programa.
O episódio pode ser assistido na plataforma de assinantes de filmes e séries da Brasil Paralelo.
No dia 6 de setembro de 2018, o então candidato à presidência, Jair Messias Bolsonaro estava fazendo campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais. Uma prática comum da sua campanha era encontrar os eleitores pessoalmente. Seus comícios arrastavam multidões para locais abertos, não havia estrutura específica para os eventos.
Em Juiz de Fora, milhares de pessoas foram receber o candidato.
Abruptamente, no meio do evento, um homem da multidão deu uma facada na barriga do candidato. Bolsonaro foi levado para o hospital imediatamente. O golpe foi desferido de maneira profissional, deixando Jair Bolsonaro perto da morte.
O criminoso era Adélio Bispo, um homem que não tinha emprego nem casa. Adélio já tinha sido membro do PSOL, Partido Socialismo e Liberdade, um dos principais grupos de oposição a Jair Bolsonaro.
No dia do atentado contra a vida do então candidato, dois registros na Câmara dos Deputados apontam que Adélio entrou no prédio, em Brasília.
A administração da Câmara dos Deputados afirmou que foi um "erro interno". Até hoje esta versão foi aceita, sem demais investigações. Adélio Bispo também foi preso com quatro celulares e um notebook, mesmo afirmando estar desempregado.
No momento da prisão de Adélio Bispo, no mesmo dia do atentado, três advogados se apresentaram para defendê-lo. Deslocaram grandes distâncias em jatos particulares para encontrar o criminoso.
Os advogados afirmaram que o financiador de seus serviços firmou contrato com cláusula de confidencialidade, não revelando quem pagou os honorários de seus serviços. Não se sabe a motivação de tais advogados e nem de seus financiadores ocultos para se envolverem neste caso criminal de repercussão nacional.
Adélio foi flagrado por câmeras em 2018 durante uma manifestação de esquerda do ‘Fora Temer’, em Florianópolis. Nas redes sociais, Adélio defendia o comunismo, curtia a página de Lula e compartilhava vídeos elogiando o ditador Nicolás Maduro.
A Polícia Federal afirma que o caso criminal contra Jair Bolsonaro não possui uma organização por detrás, sendo responsabilidade única de Adélio Bispo.
Adélio foi diagnosticado com transtorno delirante persistente, sendo considerado pela Justiça brasileira como uma pessoa que não pode ser culpada devido aos seus problemas mentais.
Contudo, a Justiça determinou a internação compulsória de Adélio na penitenciária federal de Campo Grande, por tempo indeterminado. Segundo o juiz do caso, o tempo de encarceramento irá durar até a observação do fim da periculosidade de Adélio.
Para muitas pessoas, o crime contra Jair Messias Bolsonaro permanece não solucionado. As perguntas mais feitas são:
Quem financiou os advogados de Adélio? Quem financiava Adélio antes do crime, quando não trabalhava e não possuía moradia fixa?
Para entender essas questões, a série Investigação Paralela elaborou um episódio exclusivo para compreender o crime contra Bolsonaro. O programa está disponível na plataforma de assinantes da Brasil Paralelo.
Apesar dos muitos casos policiais não solucionados no Brasil, ainda existem crimes graves sem solução em países de primeiro mundo. A lista de casos criminais enigmáticos ao redor do planeta pode causar espanto, uma vez que parte das vítimas eram pessoas famosas e de grande poder.
Alguns dos casos criminais mais graves e não resolvidos pelo mundo são:
Em 1963, John F. Kennedy buscava ser reeleito ao cargo de presidente dos Estados Unidos da América. Quando foi eleito em 1960, Kennedy obteve dificuldades para ganhar nos estados do sul, e a situação parecia estar pior na sua luta pela reeleição.
Decidido a aumentar sua base eleitoral no sul do país, Kennedy foi fazer campanha no Texas, acompanhado de sua esposa. No dia 22 de setembro de 1963, quando andava de limusine pela capital do estado, Kennedy foi baleado 2 vezes, falecendo imediatamente.
Sua esposa estava ao seu lado, mas não foi atingida nem ferida. Após a grande comoção do assassinato, o suposto assassino foi preso 80 minutos depois do assassinato. Lee Harvey Oswald inicialmente foi acusado de ter matado um policial, mas logo em seguida foi acusado de ter matado o presidente.
Lee alegou ser inocente de ambos os casos, mas antes que continuasse a ser investigado, foi assassinado.
O assassino, Jack Ruby, era um homem mentalmente instável, segundo as pessoas que o conheciam. Ele alegou que cometeu o crime para vingar o presidente e se tornar famoso pelo país. Porém, existem alegações de que ele era envolvido com a máfia.
O vice-presidente de Kennedy, Lyndon B. Johnson, instaurou uma comissão para investigar o assassinato do presidente. A comissão ficou conhecida como ‘Comissão Warren’, responsável por fazer justiça a um dos casos criminais de maior repercussão mundial.
A conclusão dos órgãos legais foi de que Lee Harvey Oswald foi o assassino, mesmo sem ter provas materiais do ocorrido. A esposa e o irmão do presidente Kennedy não acreditaram na conclusão dos investigadores legais. A descrença dos dois foi compartilhada por grande parte da população dos Estados Unidos.
Até hoje, muitos estadunidenses ainda investigam o caso, e diversas teorias foram levantadas, mas nenhuma possui uma prova concreta. Em 2021, o governo dos EUA autorizou que alguns documentos sigilosos da investigação fossem a público.
Os documentos não possuem informações relevantes para defender teorias extraordinárias. O único aspecto relevante são os depoimentos dos parentes de Kennedy. A esposa e o irmão do presidente Kennedy defendem que Lee, se tivesse cometido o crime, não teria agido sozinho.
O editor do site JFK Facts.org, criado para investigar o assassinato do presidente, comenta os novos fatos que os documentos sigilosos trazem. Segundo ele:
“Nem Jackie nem RFK acreditaram na teoria oficial de que Kennedy foi morto por um homem sozinho, sem motivo. Eles disseram que JFK foi morto por seus inimigos domésticos. É isso que está nessas fitas e por isso são tão sensíveis”. (Jeferson Morley)
Apenas 10% dos documentos do caso foram liberados para o público, o resto será liberado paulatinamente, com intervalos de anos, fazendo com que muitos acreditem que esse seja um caso criminal não solucionado. Este caso criminal permanece sendo discutido no mundo inteiro.
Na década de 60, o norte da Califórnia foi aterrorizado pelo serial killer Zodíaco. Vários casais começaram a ser assassinados. Após alguns homicídios semelhantes algo inusitado aconteceu: o assassino mandou uma carta para jornais da região.
Na carta, o serial killer dizia:
“Caro Editor, aqui é o assassino dos 2 jovens no último Natal no Lago Herman e da moça no dia 4 de julho perto do campo de golfe em Vallejo.
Para provar que os matei,
Eu vou contar alguns fatos que só eu e a polícia conhecemos.
Natal
1. Marca da munição Super X
2. 10 tiros foram disparados
3. O jovem estava de costas com os pés apontados para o carro
4. A jovem estava deitada sobre o lado direito e pés voltados para Oeste
4 de julho
1. A jovem estava usando calças estampadas
2. A jovem foi baleada também no joelho.
3. Marca da munição foi western
Aqui está a parte de um código, as outras duas partes deste código estão sendo enviadas aos editores do Vallejo Times e do SF Examiner. Quero que o senhor publique esse código na primeira página do seu jornal.
Neste código está minha identidade.
Se o senhor não publicar este código até a tarde da sexta-feira, 1º de agosto de 69, vou iniciar uma matança louca sexta-feira à noite. Vou perambular todo o fim de semana matando pessoas solitárias à noite e continuar matando de novo, até que eu tenha uma dúzia de pessoas no fim de semana”.
Uma carta cifrada também foi enviada. Os códigos foram solucionados 3 dias depois por um casal de professores universitários. A carta criptografada não revelava o nome do serial killer, apenas dizia:
“GOSTO DE MATAR PESSOAS - PORQUE É MUITO DIVERTIDO - É MAIS DIVERTIDO DO QUE MATAR ANIMAIS SELVAGENS NA FLORESTA - PORQUE O HOMEM É O ANIMAL MAIS PERIGOSO DE TODOS PARA MATAR - ALGUMA COISA ME DÁ A MAIS EMOCIONANTE EXPERIÊNCIA - É MELHOR ATÉ DO QUE FAZER SEXO COM UMA GAROTA - A MELHOR PARTE DISSO É QUE QUANDO EU MORRER RENASCEREI NO PARAÍSO - E OS QUE EU MATEI SE TORNARÃO MEUS ESCRAVOS - NÃO VOU DIZER MEU NOME SENÃO VOCÊS VÃO TENTAR RETARDAR OU PARAR MINHA COLEÇÃO DE ESCRAVOS PARA DEPOIS DA MORTE EBEORIETEMETHHPITI”.
O Zodíaco continuou assassinando pessoas pela Califórnia durante 10 meses. Após esse período, ele parou os crimes repentinamente. Várias cartas eram enviadas para os jornais falando sobre os crimes.
Em uma das cartas o assassino se gaba de ter cometido 37 homicídios e de não ter sido pego.
Os números informados pela polícia do estado são diferentes. A polícia da Califórnia afirmou que o serial killer foi responsável por 7 tentativas de assassinato, dos quais 2 vítimas sobreviveram, e é suspeito de mais 3 mortes.
Uma de suas cartas enviadas aos jornais foi decifrada apenas em 2020, 51 anos depois da sua confecção.
O conteúdo é semelhante à primeira carta decifrada, exposta acima. Não há indícios da identidade do criminoso nos escritos recém-descobertos. Até hoje não se sabe quem é o assassino. O FBI ainda mantém o caso em aberto, e diversos investigadores particulares tentam decifrar o enigma.
Um grupo de detetives e investigadores particulares, chamado The Case Breakers, alegou ter descoberto a verdadeira identidade do Zodíaco em 2021. Contudo, o grupo não apresentou provas concretas, apenas possibilidades circunstanciais.
Diversas séries e documentários foram criados para analisar o caso. O filme Zodíaco, de 2007, é a obra mais famosa sobre o serial killer. Atores como Robert Downey Junior, Jake Gyllenhaal e Mark Ruffalo atuaram no longa.
O caso Madeleine McCann se trata do desaparecimento e possível sequestro de uma garota inglesa. No dia 3 de maio de 2007, a menina estava com seus pais em Algarve, Portugal, passando as férias na cidade.
Os pais da Madeline decidiram ir jantar com um casal de amigos sem a presença das crianças. Os casais foram a um restaurante e deixaram as crianças no hotel. Como o restaurante era relativamente próximo, os dois casais iam a cada meia hora conferir se estava tudo bem com seus filhos.
Quando o pai de Madeleine foi ver as crianças, estava tudo bem, mas quando a mãe foi até elas, Madeline tinha sumido. Os pais acionaram a polícia local, mas não obtiveram sucesso. A mídia foi requisitada para alertar a população do desaparecimento.
O caso de Madeleine McCann ganhou repercussão mundial. Diversas personalidades famosas se mobilizaram para ajudar os pais da garota, e mais de 11 milhões de dólares foram investidos para resolver esse caso policial não solucionado.
Bento XVI, Cristiano Ronaldo, David Beckham e J.K. Rowling foram algumas das celebridades que ajudaram no caso.
Em 2022 o caso completou 15 anos sem ter tido um desfecho. Em entrevista ao canal de TV português CMTV, o promotor de justiça alemão, Hans Christian Wolters, afirmou que detetives alemães encontraram novos fatos e evidências. Segundo ele:
“Temos certeza de que ele (Brueckner) é o assassino de Madeleine McCann”.
Condenado por abuso de crianças e tráfico de drogas, Christian Brueckner está preso na Alemanha por estuprar uma mulher na mesma região portuguesa de Algarve. Ele foi formalmente indiciado como suspeito do caso Madeleine em abril de 2022.
As provas que ligam Brueckner ao caso Madeleine ainda são desconhecidas do público em geral. O governo alemão ainda não condenou o criminoso pelo desaparecimento da garota.
Em Nova Orleans, nos Estados Unidos, é a cidade na qual o jazz nasceu. Em 1919, o gênero musical neófito tocava em inúmeros bares da cidade. Porém, nesse mesmo ano, os bares começaram a tocar jazz não por vontade própria, mas por terror.
No dia 19 de março de 1919 o The Times-Picayune publicou uma carta aberta escrita por um serial killer da cidade, conhecido como O Homem do Machado. O assassino já havia matado e deixado bilhetes nos locais do crime. Na carta do The Times, ele ameaçou cometer novos homicídios no dia da publicação.
O único modo de impedi-lo seria tocar jazz pela cidade toda. Se algum bar não tocasse o estilo musical, ele iria matar.
Nova Orleans foi tomada pelo jazz, a cada esquina era possível escutar as harmonias características do estilo. Nesse dia, ninguém foi assassinado.
O Homem do Machado matou cerca de uma dúzia de pessoas. Seus alvos eram majoritariamente pessoas de descendência italiana. Muitas das vítimas relataram que expulsaram um homem com machado do quintal de suas casas, anos antes de serem assassinadas.
O caso do Homem do Machado foi retratado na série American Horror Story e no romance Haunted de Chuck Palahniuk.
Diante dos casos aterrorizantes elencados acima, pode surgir a dúvida: qual é o pior tipo de crime?
Segundo a legislação brasileira, o pior tipo de caso criminal é o homicídio qualificado. Os assassinatos qualificados são os homicídios realizados com veneno, explosão, dissimulação ou traição, conforme alguns exemplos do Código Penal brasileiro.
A grande violência no Brasil não permite saber quantos homicídios hediondos acontecem no país, já que 92% dos homicídios não são registrados.
Diante da questão da impunidade e de tantos outros problemas de segurança pública, surgem os questionamentos: o que causa tamanha violência? Como solucionar esse problema?
As questões apresentadas mostram uma coisa clara, necessária para a solução do problema e que ainda não foi realizada: o diagnóstico correto do problema da criminalidade. Para sanar a doença, é preciso antes realizar o diagnóstico.
Diversas políticas diferentes foram instauradas, muitos intelectuais consultados, mas os bandidos continuam lotando as cadeias e as ruas.
Buscando entender essa situação urgente, a Brasil Paralelo viajou de Norte a Sul, de Leste a Oeste para entrevistar as maiores autoridades no assunto. São mais de 50 entrevistados entre policiais, juízes, advogados, políticos, professores, intelectuais e jornalistas.
O filme revela, pela primeira vez, as verdadeiras causas da insegurança que afeta todos os brasileiros.
Ele também irá mostrar o mundo real do combate ao crime, com o dia a dia e as dificuldades das polícias no Brasil.
Foi apresentado um olhar científico para o problema da segurança pública brasileira, amparado em dados e uma longa pesquisa livre de ideologias e desinformação.
No dia 20 de junho de 2022 o documentário Entre Lobos foi ao ar. Uma trilogia inédita sobre a maior crise da história recente do Brasil. Clique no link para ter acesso ao serviço de streaming da Brasil Paralelo, onde o documentário já está disponível.
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