Conheça Simon Sebag Montefiore, historiador especialista no comunismo russo

Biografia

Simon Sebag Montefiore nasceu em 27 de junho de 1965, em uma família com raízes históricas e culturais. Seu legado familiar abrange desde uma linhagem de judeus sefarditas, que desempenharam um papel significativo na história financeira e política da Europa, até conexões com a aristocracia britânica.

Essa mescla de influências culturais e históricas forjou em Montefiore uma paixão pela história, que se tornaria o eixo central de sua vida profissional.

Educado na escola de Harrow e posteriormente no Gonville and Caius College, em Cambridge, Simon Montefiore se formou em história.

Em suas pesquisas, Simon passou a se interessar mais pelo lado humano das pessoas, realizando um doutorado em Cambridge sobre Filosofia. Sua intenção era explorar a alma humana com mais conhecimento e profundidade.

Em entrevista para a revista Open, ele disse:

"Senti que muitas vezes nas histórias mundiais falta o elemento humano. Você obtém muitas listas de commodities, melhorias tecnológicas e desenvolvimentos industriais. E você não entende o elemento humano, a ideia de que realmente existem pessoas envolvidas nisso.

Tentei pensar em uma maneira de colocar o humano de volta na história mundial".

Simon também é conhecido por sua amizade com o Rei Charles III. Habitualmente ele é convidado pela mídia para falar sobre o monarca, a monarquia inglesa e a cultura britânica. Seus conhecimentos e contatos o levaram a ser escolhido como um dos curadores do Galeria Nacional de Retratos.

Atualmente ele vive em Londres com sua esposa e seus dois filhos.

Principais livros de Simon Montefiore

Os escritos de Montefiore são marcados por uma abordagem narrativa que combina rigor acadêmico com uma prosa acessível e envolvente.

Seu primeiro grande sucesso foi Catarina, a Grande, & Potemkin: Uma história de amor na corte Románov. 

Posteriormente, o livro Stalin: A Corte do Czar Vermelho fez Montefiore alcançar renome global. Neste trabalho, ele oferece uma visão íntima do ditador Josef Stalin e seu círculo mais próximo, baseando-se em uma pesquisa extensa que incluiu o acesso a arquivos anteriormente fechados. 

Segundo avaliação publicada no New York Times:

"'Stálin: A Corte do Czar Vermelho', do jornalista e romancista britânico Simon Sebag Montefiore, presta uma atenção mínima à política de Stalin e concentra-se no homem e nos seus associados imediatos. 

Isto foi possível graças ao acesso do autor a documentos privados anteriormente secretos, incluindo notas e mensagens de Stalin, bem como a entrevistas com os descendentes sobreviventes dos seus companheiros mais próximos.

O resultado é o primeiro retrato íntimo de um homem que tinha mais assassinatos na consciência do que Hitler [...]. O que aprendemos é que Stalin tinha um lado humano inesperado na sua personalidade.

Ele poderia condenar milhares de pessoas inocentes à morte com um toque de caneta e depois ir ao seu cinema particular para assistir a um filme de cowboy americano, mas também poderia demonstrar afeto e ternura".

Este livro não apenas consolidou a reputação de Montefiore como um dos mais importantes historiadores contemporâneos, mas também lhe rendeu prêmios significativos, como Melhor Biografia do Ano de 2004, pela British Books Awards.

Outros livros de história do autor são:

• O Mundo: uma história familiar da humanidade;
• Os Romanov 1613-1918;
• Monstros: os homens e mulheres mais perversos da história;
• Jerusalém, a Biografia.

Simon também escreveu livros de ficção, como:

• Sashenka, elogiado pelo The Washington Post como "fascinante" e "épico de Hollywood";
• Uma Noite de Inverno, elogiado pelo The Guardian como "emocionante e sombriamente agradável";
• Céu Vermelho ao Meio Dia
• e outros, incluindo a série de livros infantis Coelhos Reais de Londres, escrito com sua esposa Santa Montefiore.

Produções televisivas e jornalísticas para as maiores mídias do mundo

A qualidade dos trabalhos de Simon fez com que ele fosse reconhecido e convidado por muitas das maiores mídias do mundo. O historiador já foi convidado para fazer coberturas de notícias internacionais pelo New York Times, CNN, BBC, Le Monde e muitos outros jornais.

Simon chegou a ser convidado pelo New York Times, um dos maiores jornais do mundo, para ser colunista. Em 1983, Simon foi entrevistou a primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Tatcher, para o jornal The Harrovian.

Na televisão, o historiador trabalhou com a British Broadcasting Corporation (BBC) para apresentar uma série sobre algumas das cidades mais importantes do mundo, como Roma, Jerusalém e Viena.

Simon também foi um dos entrevistados do Épico História do Comunismo, da Brasil Paralelo.

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