O conflito entre Israel e Palestina perdura há mais de 70 anos. Desde a fundação do Estado judeu, sucessivas guerras aconteceram. Atualmente o país conta com defesas robustas para repelir ataques do Hamas provindo da Faixa de Gaza. O cenário de guerra é constante, tendo se acentuado com a invasão e sequestros de terroristas em Israel no dia 07 de outubro de 2023.
As raízes históricas do conflito remontam ao Império Romano. Já a fundação de Israel, um Estado Judeu no Oriente Médio tomado por árabes, envolve um plano do movimento sionista, no século XIX. Entenda os motivos e a situação do conflito Israel-Palestina.
O principal motivo do conflito entre Israel e Palestina é a disputa pelo território, afirma Karina Calandrin, doutora em relações internacionais. As duas partes clamam que a região da Palestina deve pertencer ao seu povo, guerreando para adquirir a propriedade total dessas terras.
Os motivos do conflito entre Israel e Palestina são:
Para entender melhor as raízes do conflito, veja a explicação histórica abaixo.
O movimento sionista reunia judeus que defendiam que a melhor forma de garantir sua própria segurança era criando um Estado próprio. O evento que marcou o início do grupo foi seu primeiro congresso que ocorreu na Basiléia, Suíça.
Como para a religião judaica a terra da atual Israel havia sido prometida por direito divino, esse foi o lugar escolhido para a formação do Estado.
O movimento sionista se consolidou por meio da divulgação de suas ideias pelo jornalista húngaro Theodor Herzl, no final do século XIX.
Já em 1910 alguns judeus foram migrando para a região de Israel, e lá foram assentando comunidades comunitaristas conhecidas como kibutz.
Em apenas 7 anos, a população judaica da Palestina alcançou um total de 56.000 pessoas. A região era habitada por cerca de 500.000 árabes, 10% da população já era de judeus.
Em 1917, a Inglaterra sinalizou que apoiaria a criação de um Estado Judeu na Palestina, a partir da “Declaração de Balfour”.
Após a primeira guerra, estabeleceu-se o domínio britânico na região. Com isso o fluxo de judeus para a região aumentou consideravelmente.
Os Palestinos reagiram: convocaram o 1º Congresso Palestino posicionando-se contra a imigração e criação de um Estado judeu.
Em 1929 houve o primeiro conflito. Uma disputa entre judeus e palestinos pelo acesso ao Muro das Lamentações. Os Palestinos alegavam que as autoridades britânicas favoreciam os judeus.
O confronto resultou em um grande derramamento de sangue dos dois lados. Apesar dos problemas, as bases para a criação de um Estado judeu haviam já sido lançadas.
Durante a década de 1930, em várias partes da Europa, mas principalmente na Alemanha, com a ascensão de Hitler, a perseguição aos judeus intensificou-se. Como resultado disso, a migração de judeus para a Palestina aumentou consideravelmente.
Em 1931, o número de judeus na Palestina estava na casa dos 174.600.
Em 1939 começa a Segunda Guerra Mundial e, com ela, o Holocausto. O Holocausto foi a perseguição e eliminação em grande escala dos judeus e outras etnias pelos alemães seguidores do Nazismo.
Foram criados campos de concentração e de extermínio para esse fim, como o de Auschwitz, e políticas de Estado, como o plano “Juízo Final”.
Durante o conflito mundial, na Palestina, os árabes muçulmanos se aliaram à Alemanha, pois tinham dois inimigos em comum: os judeus e, em menor escala, os britânicos.
Em 1936 houve uma revolta árabe contra seus vizinhos judeus e seus dominadores britânicos. Para resolver a questão, os governantes ingleses montaram a Comissão Peel, liderada por Lord William Peel.
O grupo estudou o problema e concluiu que o motivo da violência é que dois povos buscavam governar o mesmo local. A Comissão Peel propôs criar 2 estados independentes para solucionar o problema.
A proposta pesava em favor dos árabes: 80% do território seria árabe e 20% seria judeu. Os judeus aceitam a proposta, mas os muçulmanos rejeitam e retomam a onda de violência.
No fim da guerra, com a derrota da Alemanha, os palestinos sofreram um duro golpe: devido ao Holocausto, a ideia da criação do Estado de Israel ganhou muita força dentro da comunidade internacional.
Auxiliados principalmente pelos judeus dos Estados Unidos, os judeus europeus sobreviventes passaram a imigrar em massa para a Palestina.
O lugar ainda estava sob domínio britânico e os ingleses adotaram outras medidas para tentar barrar a imigração dos judeus.
Os judeus, por sua vez, criaram organizações paramilitares como a Haganá e começaram a fazer ações para ocupar o território e tornar Israel independente da Grã-Bretanha.
Em 1947, os britânicos entregaram a questão para a ONU, para que a comunidade internacional resolvesse o problema.
A solução veio em novembro deste ano. A ONU propôs a criação de dois Estados, repetindo a solução da Comissão Peel.
Os ingleses, autoridade colonial da região, abriram mão de seu domínio e entregaram a disputa de palestinos e judeus para a Organização das Nações Unidas.
Dessa forma, aproximadamente metade do território seria ocupada por um desses povos, e Jerusalém, a capital, ficaria sob administração internacional. A ONU estabeleceu o seguinte:
Os principais conflitos entre Israel e Palestina vieram após a divisão da região pela ONU.
Havia nessa divisão uma grande contradição, pois os judeus, que correspondiam a 30% da população, ficariam com uma parcela maior do território. Os palestinos, por sua vez, correspondiam a 70% da população e ficariam com uma parcela menor.
Além disso, as autoridades árabes alegaram que o seu território concentrava as terras menos férteis e que eles teriam acesso mais limitado à água potável.
A proposta foi aceita pelos judeus, mas foi rejeitada pelos árabes. Mesmo assim, foi aprovada na Assembleia Geral da ONU no dia 29 de novembro de 1947. No ano seguinte, os britânicos se retiraram da Palestina, e, em 14 de maio de 1948, foi proclamada a fundação do Estado de Israel.
Uma pequena parcela de judeus ortodoxos não aprovaram a criação do Estado de Israel. Eles não acreditam ser legítimo o Estado de Israel e diversas vezes se posicionam a favor dos palestinos.
Um dia após a fundação do novo país, diversos países islâmicos buscaram destruí-lo.
A resposta árabe foi imediata: no dia seguinte à proclamação do novo Estado, Egito, Síria, Líbano, Iraque e Transjordânia (atual Jordânia) atacaram Israel. Cerca de 750 mil árabes que viviam na região foram obrigados a fugir por causa do conflito.
Por outro lado, 800 mil judeus residentes em países como Síria, Iraque, Tunísia, Líbia e Iêmen deixaram seus lares às pressas para se tornarem cidadãos de Israel. Cerca de 600 mil migraram para Israel e o restante, 200 mil, foram para os Estados Unidos.
A questão dos refugiados palestinos tem origem neste ataque. 70 anos depois, os 750 mil árabes palestinos não conseguiram retornar para suas casas. Muitos deles foram dissuadidos a fugir e hoje vivem como refugiados em outros países árabes.
Khalid Al-Azm, o primeiro-ministro sírio em 1948-49, admitiu este papel árabe em persuadir os palestinos a sair. Em suas Memórias, ele escreveu:
“Desde 1948, temos exigido o retorno dos refugiados para suas casas. Mas nós mesmos somos os que encorajamos a partir (da Palestina)”.
Em 1949, apenas um ano depois do início do conflito, viria a vitória israelense. Tal feito garantiu a sobrevivência do país, mas este era apenas o início das guerras entre Israel e Palestina. Elas duram há mais de 70 anos.
Apesar da criação recente, o Estado de Israel contava com forças armadas bem organizadas e com a ajuda dos beduínos. O conflito se estendeu entre maio de 1948 a julho de 1949, quando um último acordo de paz foi assinado.
A guerra foi desastrosa para os Palestinos:
Em 1950, os israelenses ocuparam ainda a Faixa de Gaza e a Península do Sinai. Expandindo seus territórios e piorando a relação com os países vizinhos.
Em 1964, foi criada a Organização da Libertação Palestina (OLP). Seu foco era a luta armada e o objetivo era reconquistar os territórios perdidos para Israel. O grupo também atuava na resistência para evitar que os judeus tomassem mais territórios.
Yasser Arafat, líder da OLP a partir de 1969, é um nome de grande destaque no movimento.
Em 1967, ocorreu outro conflito de Israel com seus vizinhos. A Guerra dos Seis Dias foi iniciada quando o ditador do Egito, Gamal Abdel Nasser, posicionou tropas na fronteira com Israel. Nas palavras do governante, o objetivo era “Destruir Israel”.
Os países vizinhos replicaram a estratégia egípcia e posicionaram tropas para lançar um ataque definitivo. Mas Israel atacou preventivamente a Síria como resposta. Em apenas seis dias eles tomaram:
Após esses conflitos, a ONU interveio na questão e repudiou as agressões dos israelenses. Ela postulou também que os territórios conquistados deveriam ser devolvidos. Demorou alguns anos e outros conflitos ocorreram até que Israel de fato devolvesse as terras.
Em 1973, um novo conflito: a Guerra do Yom Kippur foi uma tentativa de resposta dos países árabes derrotados na Guerra dos Seis Dias. Eles tentaram reaver os territórios perdidos.
Israel conquistou outra vitória, dessa vez com o apoio direto dos Estados Unidos. Como forma de retaliação, os países árabes criaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
A organização atuou como um cartel petrolífero e elevou o preço do barril de petróleo provocando uma grande crise econômica no Ocidente. Este evento ficou conhecido como Choque do Petróleo.
Os primeiros acordos só ocorreram na década de 80.
Em 1979, Israel devolveu a Península do Sinai para o Egito, com mediação dos Estados Unidos. Um acordo foi selado entre os países do Oriente Médio: os egípcios recuperavam seus territórios e em troca reconheciam o Estado de Israel.
O território cedido aos egípcios era maior que o próprio Estado inteiro de Israel, e um local com diversas fontes petrolíferas.
Os demais vizinhos árabes se irritaram com este acordo. Ele ficou conhecido como Acordos de Camp David. O povo palestino, cada vez mais isolado, também reagiu às negociações.
Em 1987, a população árabe da Palestina se insurgiu contra o Estado de Israel. Mesmo não tendo armamentos, apenas paus e pedras, os palestinos avançaram contra soldados israelenses.
A reação do Estado judeu foi dura e promoveu um grande massacre contra os insurgentes. A comunidade internacional teceu novamente duras críticas à Israel.
Ainda no ano de 1987, foi criado o Hamas, grupo radical de árabes palestinos.
O grupo islâmico se considera uma força de resistência palestina e um movimento de justiça social. O Hamas radicalizou o conflito contra Israel. O grupo promoveu:
O objetivo principal do grupo é recuperar as terras dominadas por Israel e eliminar o Estado judeu do Oriente Médio. O Hamas não reconhece o Estado de Israel.
As autoridades israelenses consideram o Hamas um grupo terrorista e os acusam de usar a população palestina, e até crianças, como escudo humano durante ataques.
Para o Hamas e seus apoiadores, Israel:
Para os israelenses, o Hamas:
Para lutar contra Israel, o Hamas já disparou milhares de mísseis contra o Estado judeu, que conta com um avançado sistema antimíssil chamado “Domo de Ferro”.
O jornalista palestino Mohammed Omer aponta que parte da população palestina não aprova os métodos do Hamas. Temem pelo risco de suas vidas enquanto civis comuns, em meio a um conflito que não causaram, e temem até pela vida das crianças.
O grupo é constantemente criticado por entidades internacionais pela forma como governa a Faixa de Gaza. O Conselho de Direitos Humanos da ONU apontou que o Hamas persegue críticos e opositores políticos, prende-os arbitrariamente e utiliza práticas de tortura.
Mesmo não defendendo o Hamas, a maior parte da população palestina é contra o Estado de Israel. Segundo a pesquisa apresentada pela Washington Institute for Near East Policy, em junho de 2014:
Para Bassem Eid, analista político palestino:
“O Hamas não é um movimento de justiça social e, certamente, não se importa com o povo palestino. É uma gangue criminosa que apenas se importa em aumentar seu próprio poder. Israel não é a causa principal do seu sofrimento, o Hamas é. Israel não é quem te aprisiona, o Hamas é!
Hamas não tem habilidade ou sequer desejo de governar seu povo. A água não é segura para beber, a luz é cortada por horas a fio sem justificativa e esgoto puro constantemente aparece no leito de suas praias. Os israelitas não são responsáveis por isso. O Hamas é. É o Hamas que rouba concreto destinado à construção de casas para o povo palestino para usá-lo na construção de um sistema de túneis para lançar seus ataques terroristas à Israel”, entrevista do analista para PragerU.
Escolher defender um lado em meio a um conflito tão complexo e cheio de nuances não é algo tão simples. Não existem respostas definitivas, tampouco as coisas são isso ou aquilo. É necessário aprofundar em diversas questões e em várias áreas do conhecimento.
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Mesmo com a escalada da violência dos dois lados, houve uma nova rodada de negociações. Em meados da década de 90, Yasser Arafat e o primeiro-ministro israelense, Yitzhak Rabin, chegaram a um acordo.
Os acordos ficaram conhecidos como Acordos de Oslo.
Com isso, foi criada a Autoridade Nacional Palestina, responsável por todo o território da Palestina, envolvendo partes da Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
No entanto, em 1995, Yitzhak Rabin foi assassinado por um extremista judeu, e os acordos foram deixados de lado pelas novas autoridades de Israel.
Dessa forma, os judeus não cederam mais para a desocupação das áreas onde ainda resistia a população palestina. Os termos de paz dos Acordos de Oslo resultaram em fracasso.
Nos anos 2000, o primeiro-ministro israelense Ehud Barak, que estava presente nos Acordos de Camp David, tenta negociar com o líder da OLP, Yasser Arafat, um novo acordo.
A oferta passava pela solução da divisão do território em dois Estados: os palestinos receberiam o território da Faixa de Gaza e 94% da Cisjordânia com Jerusalém do Oeste como capital.
Como resposta, a OLP lançou ataques de homens-bomba que mataram mais de 1.000 cidadãos civis de Israel.
As ofensivas ficaram conhecidas como Segunda Intifada, e dessa vez foram lideradas pelo Hamas. A população palestina se sublevou contra os israelenses enquanto o grupo terrorista promovia atentados.
Como retaliação ao novo ataque, Israel demoliu casas de palestinos e começou a construir um muro cercando o território dos palestinos na Cisjordânia. A construção do muro se iniciou em 2002.
O muro, apesar das polêmicas, serviu para seu propósito: impedir as levas de homens-bomba que atingiam seu território. Os ataques diminuíram após a construção.
O conflito da Segunda Intifada só se encerrou em 2004, com a morte do líder do Hamas. Após os conflitos uma nova rodada de acordos ocorreu e ficou definido que:
Em 2005 os territórios do acordo foram entregues por Israel. Estas ações foram conduzidas pelo primeiro-ministro Ariel Sharon. Ele recebeu o Nobel da paz neste contexto. No entanto, os conflitos estavam longe de chegar a um fim.
Em 2006 o clima entre Israel e a Faixa de Gaza se acirrou outra vez. O Fatah foi derrotado nas eleições pelo Hamas. Carros-bomba e mísseis balísticos foram lançados contra Israel pela autoridade da Palestina.
A resposta foi imediata e um novo confronto tomou conta dos países vizinhos. Além da resposta militar, Israel declarou embargos econômicos contra Gaza, o que causou grande prejuízo à população local.
Em 2008, o Egito buscou mediar a situação e promover um acordo de cessar-fogo. Contudo, o acordo durou apenas 6 meses, pois Israel se recusou a retirar o bloqueio econômico que adotou.
O conflito Israel e Palestina continua vivo, dura há décadas e não dá sinais de que chegará a algum desfecho.
Se por um lado os palestinos acusam os israelenses de usarem forças militares desproporcionais nos ataques, do outro o Estado judeu acusa o Hamas de praticar atos terroristas e utilizar sua população como escudo. O domínio da Palestina continua sendo o desejo principal de cada lado.
Os palestinos são um povo islâmico sem pátria. Não são recebidos em nenhum dos países do Oriente Médio, nem mesmo nos países árabes.
Por onde passam são tidos como refugiados e colocados em assentamentos. Mas a vida em Gaza não é melhor que a dos campos de refugiados. Frequentemente seus suprimentos de gás, energia elétrica e água potável são cortados pelo governo.
Além disso, os palestinos têm de conviver com a escassez de alimentos, com bombardeios constantes e sob o domínio autoritário do Hamas. É um verdadeiro cenário de guerra.
Em 1914 o Império Otomano, que controlava todo o Oriente Médio, incluindo a área da Palestina, chega ao seu fim. Em 1918, os britânicos assumiram o controle da região.
Sob o regime inglês, em 1936, houve uma revolta árabe contra os vizinhos judeus e os governantes britânicos. Para resolver o problema, foi organizada a Comissão Peel, liderada por Lord William Peel.
O grupo estudou o problema e concluiu que: a violência acontece porque dois povos buscam governar o mesmo local. Como resposta, a Comissão Peel propôs criar 2 estados independentes. A proposta pesava em favor dos árabes:
Os judeus aceitaram a proposta, mas os muçulmanos rejeitam e retomam a onda de violência.
Em 1947, os britânicos solicitaram uma solução do conflito à ONU. Em novembro deste ano, as Nações Unidas propuseram novamente a criação de dois Estados. Os judeus aceitam a proposta e os árabes recusam.
No dia seguinte à proclamação da independência de Israel, os árabes atacam a nova nação.
Novamente os israelenses buscam devolver territórios para os árabes. Em 1967, após a vitória na Guerra dos Seis Dias, os políticos judeus formulam duas propostas para negociar acordos de paz:
Os árabes, no entanto, não desejavam fazer negócios. Ainda em 1967, reuniram-se na Reunião da Cúpula da Liga Árabe, em Cartum, no Sudão. Desta reunião saiu os famosos 3 nãos:
Em 2000, o primeiro-ministro israelense Ehud Barak, presente nas negociações dos Acordos de Camp David, tentou negociar com o líder da OLP Yasser Arafat uma nova solução.
A oferta foi: o território da Faixa de Gaza e 94% da Cisjordânia com Jerusalém do Oeste como capital. Como resposta, a OLP lançou ataques de homens-bomba que mataram mais de 1.000 cidadãos civis de Israel.
Em 2008, Ehud Olmert, primeiro ministro israelense naquele ano, acrescentou terras à oferta anterior, mas Mahmoud Abbas, líder palestino, rejeitou novamente.
Mesmo tendo recebido diversos nãos em suas tentativas de negociação, em 2005 Israel saiu pacificamente de Gaza e a entregou aos palestinos. Ao invés de desenvolverem a região, o Hamas tornou o local um centro de suas operações militares.
Muitos estudiosos contemporâneos se posicionam a respeito do conflito como anti-sionistas e defendem a causa palestina. Não são antissemitas, como eram os grupos nazistas, mas assim se definem por serem contrários à existência de um Estado judeu.
Uma de suas alegações é que uma questão religiosa não pode sustentar a concessão de um território ao povo israelense.
No entanto, os judeus não são apenas um grupo religioso, mas sim um povo e uma nação. Em seu livro sagrado há mais de cem referências a eles enquanto uma nação.
Outro ponto importante, é o argumento histórico apresentado por Israel.
O território da Palestina nunca foi um território árabe, tampouco este povo viveu lá. Historicamente, ele foi o território dos reinos judeus: o Reino de Israel, o Reino de Judá e o Segundo Reino de Israel.
As nações judias que ocuparam Israel são:
Os judeus viviam no Reino de Israel, que foi dominado pelo Império Romano em 37 a.C. Em 70 d.C., os judeus se rebelaram e entraram em guerra contra Roma, mas foram derrotados e expulsos do território.
Cerca de 60 anos depois, por volta do ano 130 d.C., os judeus tentaram retomar o lugar e mais uma vez foram derrotados. O imperador romano Adriano, além de expulsá-los novamente, aplicou uma punição: rebatizou o lugar de Palestina, em homenagem aos filisteus, um dos principais inimigos dos judeus.
Outro objetivo dos romanos era apagar a memória do reino que ali destruíram.
Ao longo dos próximos séculos, ainda sob domínio romano, todos os povos que moravam na região, independente da religião que seguiam, ficaram conhecidos como palestinos: havia os muçulmanos palestinos, os cristãos palestinos e até os poucos judeus que ficaram por ali eram conhecidos como judeus palestinos.
Depois da queda do Império Romano em 1453, a região foi passando por diversos domínios diferentes. Em 1516 foi conquistada pelo Império Turco-otomano, que controlou a região até o final da Primeira Guerra Mundial.
Os judeus se espalharam pelo mundo. Na Europa oriental, havia uma tradição conhecida como pogrom: o evento misturava festividades com linchamentos coletivos de judeus. Ocorriam com certa frequência.
O conflito entre Israel e Palestina estava aumentando entre 2019 e 2020. O professor Gunther Rudzit, especialista da ESPM em Relações Internacionais, explica que a guerra estava ficando instável.
Segundo ele, o conflito estava criando uma carga cultural, muitos ataques estavam sendo realizados de forma espontânea por pessoas que não participavam de grupos extremistas.
Em 2022 o conflito começou a diminuir. Após grandes episódios de violência em 2021, Israel e a jihad islâmica fizeram um pacto de não violência. Segundo Mohamed Al Hindi, porta-voz da jihad islâmica:
"Foi concluído há pouco um acordo de trégua egípcio, que inclui o compromisso do Egito de agir em favor da libertação de dois prisioneiros, [Basem] Al Saadi e [Khalil] Awawdeh".
No dia 07 de outubro de 2023, o Hamas bombardeou e invadiu Israel. Mais de 1.300 israelenses foram sequestrados e levados para a Palestina. Israel respondeu os ataques com bombardeios que mataram mais de 2.000 pessoas, segundo a ONU.
A invasão terrorista do Hamas em outubro de 2023 foi o maior avanço bélico na guerra entre Israel e Palestina. Centenas de terroristas assassinaram e dominaram casas de famílias israelenses.
Um dia depois dos ataques, o governo israelense emitiu uma declaração oficial de guerra contra o Hamas. Segundo o primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu:
"Será uma guerra longa e difícil. A primeira etapa termina agora com a destruição da grande maioria das forças inimigas que se infiltraram no nosso território".
O programa Cartas na Mesa, da Brasil Paralelo, comentará os ataques recentes, contando com os comentários de três cientistas políticos:
Toque aqui para acessar a playlist do programa Cartas na Mesa.
O programa Magna Carta também comentou as reações contrárias a Israel após o ataque terrorista sofrido pelo país:
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