O Brasil é mesmo o celeiro do mundo? Existem várias produções gigantescas no planeta. Apenas os EUA produzem 510 milhões de toneladas de grãos e de oleaginosas em 1 ano; a China, por sua vez, produz 495 milhões. Será que o Brasil consegue competir com estes países de tecnologias de primeiro mundo e vastos territórios?
Este é apenas um dos temas que o novo filme Cortina de Fumaça, da Brasil Paralelo, aborda.
Dizer que o Brasil é o celeiro do mundo significa dizer que o país pode sustentar o mundo. Sozinho, o Brasil alimenta 900 milhões de pessoas por ano, utilizando apenas 7% de seu território para a lavoura.
Aumentando a produção, o Brasil pode fornecer alimento e água para as mais de 7 bilhões de pessoas do mundo sem o menor aperto.
Apenas a Amazônia possui a maior bacia hidrográfica do mundo, fornecendo água suficiente para toda a população mundial. Sozinha, apenas sua reserva subterrânea de água pode sustentar o planeta por 250 anos.
De acordo com o IBGE em 2017, o país possui 79 milhões de hectares em áreas plantadas. Devido a extensão de terras plantáveis, não localizadas em florestas nativas, o país ainda tem muitos locais para expandir a produção agrícola sem desmatamento.
Tudo isso com a maior parte do território brasileiro ainda intacta.
Considerando apenas a Amazônia (que corresponde a 60% do território brasileiro), 80% de seu território ainda não foi explorado pelo homem.
Atualmente, o Brasil é o 3º maior produtor agrícola do planeta, estando atrás apenas dos Estados Unidos e da União Europeia.
Contudo, a ONU, através de sua seção de agricultura e alimentação, afirmou em seu relatório de perspectivas agrícolas de 2015, que o Brasil se tornará o maior exportador de produtos agrícolas do mundo em 2024.
Atualmente, a produção agropecuária anual do país representa já uma quantidade quatro vezes maior do que a população precisa.
Além de celeiro do mundo, o Brasil pode ser considerado uma das jazidas minerais do mundo.
Apenas as reservas minerais de Minas Gerais cobrem cerca de 50 produtos dos setores metálicos, dos não-metálicos, de gemas e diamantes.
O solo mineiro abriga reservas estimadas de 35 bilhões de toneladas de minério de ferro, 430 milhões de toneladas de bauxita, 14 bilhões de toneladas de calcário, 20 milhões de toneladas de chumbo, 2 bilhões de toneladas de fertilizantes fosfatados, entre outros produtos.
A Amazônia brasileira, no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), possui uma das maiores reservas de potássio e nióbio do mundo.
O nióbio é um dos materiais mais proeminentes da atualidade. Ele é empregado em automóveis, turbinas de avião, gasodutos, em tomógrafos de ressonância magnética, na indústria aeroespacial, bélica e nuclear, além de outras inúmeras aplicações como lentes óticas, lâmpadas de alta intensidade e bens eletrônicos.
Estes são pequenos exemplos. As riquezas do Brasil são incomensuráveis.
Apenas a Amazônia explorada e conhecida (menos de 20% de seu território) gera um lucro de R$ 7 trilhões por ano.
O Brasil possui e gera todos estes recursos sem ainda haver explorado a maior parte de seu território.
Eis o porquê da alcunha de celeiro do mundo.
A frase surgiu com Getúlio Vargas. O ditador, para exaltar as capacidades agrícolas brasileiras, proclamou a frase: “O Brasil é o celeiro do mundo” durante o Estado Novo. Recentemente, pelo novo avanço do Brasil, ela voltou a ser usada.
O boom agropecuário do Brasil moderno aconteceu graças à inovação do brasileiro Alysson Paulinelli, em conjunto com o presidente da ditadura militar, Ernesto Geisel.
Antes de sua inovação, o Brasil passou por uma crise de produção e se viu na necessidade de importar alimento para garantir a subsistência da população.
Paulinelli e sua equipe trabalharam para recompor o cerrado, cuidando de todos os elementos químicos, físicos e biológicos da região.
Com seu trabalho, o Brasil passou a ter uma agricultura altamente sustentável e produtiva.
Em poucos anos o Brasil passou a exportar alimentos a ponto de alcançar a posição de 3º maior produtor agropecuário do mundo, como já explicado.
Na prática, os 10 produtos mais exportados pelo celeiro brasileiro são:
A soja contou com uma participação de 12% no total de exportações realizadas pelo Brasil entre janeiro e dezembro de 2019. O Brasil é o segundo maior produtor de soja do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
O grão é cultivado e exportado pelo Brasil, gerando renda de US$ 26 bilhões. 79% do total das exportações de soja tiveram como principal destino a China. O Estado que mais exportou soja foi o Mato Grosso.
O café, ao contrário do que já foi e do que muitos brasileiros ainda pensam, não é o produto mais exportado pelo país. Ele está aproximadamente na 10ª posição, alternando posições na parte de baixo da tabela.
Qualquer produtor, seja de grande ou pequena produção, pode exportar seu produto. Basta que ele esteja devidamente registrado no Brasil e cumpra 4 requisitos com as empresas estrangeiras, quais sejam:
Após cumprir estes requisitos e ajustar-se aos detalhes do país a que ele será destinado, o produto pode ser enviado.
Tanto as grandes como as pequenas importações são contabilizadas no balanço geral do PIB.
Diante de tamanha riqueza, não é de se estranhar as diversas tentativas de intervenção estrangeira no país.
Muitos países e organizações internacionais tentam tomar as riquezas do Brasil. Para isso, uma série de narrativas midiáticas são criadas.
Uma das mais conhecidas é a tentativa de internacionalização da Amazônia.
O artigo da Gazeta do Povo, feito com base nas informações do professor de relações internacionais, Guilherme Casarões, demonstra a história das tentativas de dominação da Amazônia brasileira.
No século XIX, Matthew Maury, tenente da Marinha dos EUA, defendeu a invasão da Amazônia como forma de resolver os problemas sociais dos estados sulistas frente à pressão abolicionista.
A floresta seria, na visão dele, uma extensão natural do vale do Mississippi.
A tese de Maury se transformou em política de governo, resultando na nomeação de William Trousdale, em 1853, como embaixador do Brasil. O embaixador pôs em prática a exigência do tenente Maury de “assegurar aos cidadãos dos Estados Unidos o livre uso do rio Amazonas”.
Uma resposta a seus escritos e comandos foi publicada no jornal brasileiro “Correio Mercantil”, em 1853. A publicação gerou grande resistência de vários setores e autoridades brasileiras aos estadunidenses, que reagiram aos planos norte-americanos, conseguindo impedir-lhes a realização.
Em um de seus escritos, Maury declarou o seguinte:
“Quem deve povoar o grande vale do poderoso Amazonas? Deve ser ele habitado por um povo imbecil e indolente ou por uma raça empreendedora, que tem a energia e a iniciativa capazes de subjugar a floresta e desenvolver e utilizar os vastos recursos que ali jazem ocultos?“
Já a próxima tentativa de internacionalização da Amazônia partiu não só de uma, mas de várias potências globais em conjunto.
Atualmente, os países que mais criticam o Brasil na questão do meio ambiente e defendem a internacionalização da Amazônia são a França e a Noruega.
Estes países, porém, ocultam seus interesses e ações ilegais no Brasil.
A Noruega possui 34,3% das ações da Hydro, uma mineradora que atua na Amazônia e responde a quase 2 mil processos judiciais sob acusação de poluição na região.
Além dessa mineradora, também é dona de outra empresa do mesmo ramo, a Albrás, que também atua no Brasil.
Em sua história no país, a Hydro foi condenada pelo IBAMA a pagar R$17 milhões de reais em multas devido aos danos causados ao meio ambiente e à população das regiões poluídas.
Logo após as sentenças judiciais, a Noruega anunciou a retirada de investimento no Fundo da Amazônia no valor de R$200 milhões de reais.
Já a França possui diversos interesses com relação ao Brasil que justificam sua intensa hostilidade ao país.
Se a União Europeia assinar o acordo de livre comércio com o Mercosul, o Brasil poderá vender seus produtos agrícolas por um preço menor que os da França devido a maior facilidade de produção no território brasileiro.
Se isso ocorrer, o subsídio anual para agricultura que a França recebe da União Europeia no valor de 7,35 bilhões de euros, será drasticamente reduzido.
No mesmo período da possível assinatura do acordo Mercosul e UE, Macron começou uma série de críticas pesadas à produção de soja do Brasil (da qual a França é dependente).
A França e outros países possuem empresas que lucram muito com as riquezas inúmeras existentes na Floresta Amazônica brasileira.
Um dos elementos essenciais dos principais perfumes franceses, o pau-rosa, utilizado no Chanel nº 5, por exemplo, só é encontrado na Amazônia brasileira. Cada unidade de 100ml do sobredito perfume é avaliada em aproximadamente R$650,90, com algumas edições chegando a custar R$1.105,00.
Além disso, a mineradora francesa, Imerys, protagonizou um dos piores casos de poluição da Amazônia.
Em 1 mês, a companhia foi responsável por 5 vazamentos de metais tóxicos nas águas de Barcarena, no Pará, causando dano à saúde de aproximadamente 7 mil pessoas.
A empresa foi condenada em 77 milhões de reais em multas pela justiça brasileira, sendo obrigada a fornecer água e cesta básica aos moradores da região. Além disso, foi proibida de armazenar os minerais causadores dos estragos ambientais.
Se a Amazônia for internacionalizada, as empresas e os próprios países estrangeiros poderão explorar a região sem pagar impostos e sem fiscalização do governo brasileiro.
Além de outros países, diversas ONGs trabalham ostensivamente contra o Brasil para adquirir suas riquezas, conforme o artigo sobre os interesses por trás da frase: “Amazônia, o pulmão do mundo”.
A maioria dos alimentos que vai para a mesa dos brasileiros tem origem no trabalho de agricultores familiares. Dados da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) apontam que 70% dos alimentos que chegam à mesa dos brasileiros são provenientes da agricultura familiar.
A agricultura familiar e as cadeias produtivas a ele interligadas correspondem a 9% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Isso equivale a R$ 174 bilhões.
O levantamento mostra que 82,8% da produção de mandioca são provenientes da agricultura familiar. A produção de suínos vem em segundo lugar com 59%, seguida do feijão (58,9%), leite (55,4%), aves (47,9%), milho (43,1%), arroz (41,3%) e soja (28,4%).
A exportação da produção brasileira ocorre conforme já elucidado.
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