O Brasil ocupa o 14º lugar entre os países que mais produzem artigos científicos. Quando comparamos a média de citações por documentos, o país cai para a posição 148 de 243.
Os países mais populosos tendem a cair em posições quando é analisada essa relação, segundo dados da Scimago Journal & Country Rank (SJCR) de 2023.
Os dados também revelam que muitas pesquisas realizadas nas instituições de ensino brasileiro simplesmente caem no esquecimento.
Em alguns casos, a seleção do tema é carregada de ideologia, fazendo com que a escolha do objeto seja menos a sua importância e mais a sua serventia à militância. Conheça cinco teses de doutorado que se enquadram nessa descrição:
Universidade: Universidade Federal Fluminense
Área: Letras/Literatura
Autor: John Brendo Diniz Oliveira
A pesquisa investiga o modo como a literatura infantil trata temas como relações homoafetivas e questões de gênero.
O autor argumenta que usar a Teoria Queer nesses textos permite uma visão crítica de como essas questões são apresentadas às crianças.
Enquanto assuntos como morte, separação e antirracismo já têm seu espaço, a diversidade sexual e de gênero ainda enfrenta barreiras.
John Oliveira aponta que essa falta de compreensão pode manter normas sociais que influenciam a forma como as pessoas entendem a comunidade LGBT.
No centro da pesquisa está a obra "Monstro Monstruoso da Caverna Cavernosa", de Rosana Rios, que junto com outros textos de apoio investiga como os monstros e as representações sociais são retratados nos livros infantis.
A pesquisa também sugere maneiras de trazer a questão LGBT para a leitura em salas de aula para crianças.
Trecho:
“Dessa maneira, a aplicação da Teoria Queer à Literatura Infantil envolve uma abordagem crítica e reflexiva sobre como questões de gênero, sexualidade e identidade são representadas nos livros destinados às crianças”
Universidade: Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Área: Direito
Autor: Vinicius Efraym Siqueira Lopes Soares
O estudo busca entender o que as pessoas falam sobre as leis da prostituição com foco no posicionamento de trabalhadoras do sexo.
A pesquisa olha para as leis e as tentativas de tornar a prostituição legal ou ilegal. O objetivo é mostrar que as ações do governo e as leis não atendem às necessidades reais das prostitutas.
O autor leu o que prostitutas ativistas escreveram e buscou ouvir quem é contra essa prática, depois analisou as discussões no Congresso.
Por fim, entrevistou prostitutas em cinco bordéis de Iguatu, no Ceará. As entrevistas perguntaram sobre como elas se vêem como profissionais, como funciona o trabalho delas, o que acham das leis atuais e das novas propostas de lei.
Trecho:
“O estudo se justifica pela necessidade de demonstrar como as ações estatais e os modelos jurídicos estão distantes de reunir todas as necessidades advindas das vivências das pu***, as principais sujeitas políticas da questão.”
Universidade: Universidade Federal Fluminense
Área: Artes e Comunicação
Autor: Davi de Menezes Rebouças
Resumo: O estudo olha para vídeos no YouTube em que estrangeiros reagem a músicas brasileiras.
O objetivo é entender como esses vídeos mostram a cultura do Brasil e se eles trazem a ideia de que algumas culturas são melhores que outras.
Para fazer essa análise, Davi Rebouças assistiu muitos vídeos desse tipo e buscou ler os comentários.
Ele descobriu que os estrangeiros tentam mostrar diferentes tipos de música brasileira, mas o funk aparece mais. Às vezes, os estrangeiros parecem achar o funk estranho, mas tentam não demonstrar isso.
Nos comentários, alguns brasileiros falam mal do funk e elogiam outros tipos de música, como MPB e sertanejo.
Para o autor, isso acontece porque a cultura “hegemônica” desvaloriza as produções de comunidades “historicamente excluídas e dominadas”.
Rebouças também acredita que o jeito como o YouTube funciona pode fazer com que as pessoas assistam a mais vídeos que reforçam estereótipos.
Trecho:
“Concluímos que vídeos os de reação podem ser compreendidos como uma expressão das tensões entre a cultura colonial e o entretenimento uma vez que têm o potencial de manter padrões coloniais de pensamento ao apresentarem uma perspectiva externa e exótica em relação à cultura retratada, reforçando estereótipos, simplificações de uma visão colonizada e relações desiguais de poder.”
Universidade: Universidade Federal da Bahia
Área: Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres Gênero e Feminismo
Autor: Naira dos Santos Bonfim
Resumo: O objetivo da pesquisa é analisar a forma como pessoas LGBTs lidam com suas famílias.
Naira Bonfim questiona a existência de acordos, falados ou não, entre essas pessoas e suas famílias sobre como elas devem se comportar ou se expressar em casa.
A pesquisa quer entender se esses acordos fazem as pessoas LGBTs fingirem não fazer parte desse grupo para evitar rejeição familiar. O estudo se baseia na experiência pessoal da pesquisadora e em ideias de outros autores sobre o tema.
Trecho:
“Em um contexto de família pautada numa organização cisheteropatriarcal, os membros podem ser compelidos a se adequarem para reproduzir as normativas cobradas pelo meio social.”
Universidade: Universidade Estadual de Londrina
Área: Ciências Sociais
Autor: Altair Ferraz Neto
Assunto: Segundo Altair Neto, os avanços de um “capitalismo neoliberal” fez com que os movimentos sociais de trabalhadores industriais perdessem força, levando grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) a ganhar mais destaque.
A tese segue refletindo sobre como o MST entende a ideia de revolução e traz uma análise sobre as ações realizadas e os limites do impacto causado pelo grupo.
Trecho:
“Analisamos esse quadro questionando a hipótese do MST como um movimento de caráter popular e decisivo: o potencial revolucionário de um movimento que tem assumido a direção contestatória da maioria dos conflitos de terra, e conquistado, em certa medida, “espaço” político na luta contra a hegemonia dominante.”
Um aluno do ensino fundamental custa ao Estado brasileiro US$3.583, uma quantia três vezes menor do que a média dos países da OCDE.
Já na faculdade, o Brasil investe anualmente US$14.735, um valor próximo à média dos países da OCDE.
Mesmo com o investimento similar ao de nações desenvolvidas, a academia brasileira segue com produções duvidosas, que muitas vezes privilegiam a ideologia em detrimento da ciência.
Na comunidade acadêmica, existem professores e alunos que denunciam esse problema e afirmam que ele tem prejudicado o desempenho das universidades no Brasil.
As câmeras da Brasil Paralelo entraram dentro dessas instituições para ouvir essas pessoas que vivem esse problema na pele.
São estudantes e profissionais que foram perseguidos ao denunciar o problema. Alguns deles chegaram a ficar doentes como consequência da perseguição.
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