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Uma esquerda totalitarista e fascista? Conheça o autor que se decepcionou com o PT e hoje critica a ditadura do pensamento único

Conheça o autor de esquerda que está atacando a própria esquerda que considera totalitarista.

Esquerda
Ideologia
Revolução Sexual
Foto: Reprodução
Redação Brasil Paralelo
Comunicação Brasil Paralelo

Socialista declarado, ex-membro de um dos principais movimentos revolucionários que lutou contra o regime militar, Antonio Risério se tornou uma das principais pedras no sapato da esquerda identitária.

Risério declara abertamente que se decepcionou com a esquerda brasileira porque ela adotou uma postura totalitarista. Para o autor, a esquerda impõe a ditadura do pensamento único em nome da diversidade, basta discordar para ser atacado e ter sua carreira arruinada.

O termo esquerda identitária se refere aos movimentos sociais que hoje pautam o debate político como o movimento feminista e o movimento negro, e as pautas que defendem, como o aborto e a ideologia de gênero.

Antropólogo, historiador, ensaísta, poeta e produtor cultural, Risério dedicou seus últimos três livros a combater os movimentos sociais da esquerda identitária:

  1. Mestiçagem, identidade e liberdade;
  2. A crise da política identitária;
  3. Sobre o relativismo pós-moderno e a fantasia fascista da esquerda identitária - este último já em sua 2ª edição.

Criticando o que os movimentos sociais atuais se tornaram, Risério afirma:

“Hoje de fato vivemos nesse campo sob a ditadura do pensamento único. Principalmente depois que o discurso inicialmente contestador das minorias, foi abraçado pelas elites dominantes e dirigentes, entre cujas frações devemos incluir a elite midiática, de modo que há tempos nos Estados Unidos e mais recentemente no Brasil, o identitarismo é o discurso do poder, como se vê hoje no novo governo lulopetista. É o discurso da burguesia, do Itaú Unibanco, da Magazine Luiza, da Natura, é o discurso da grande mídia capitaneada pela Rede Globo e pela Folha de S. Paulo. Por fim, o identitarismo é o novo cânone. O filósofo Sérgio Paulo Rouanet já na década de 1990 denunciava a projeção do fascismo no identitarismo”.

Por seus posicionamentos, Antonio Risério já foi censurado pela Folha de S. Paulo. Defensores das pautas identitárias que estavam na redação fizeram um abaixo-assinado clamando pela expulsão do pensador.

Estando um dia entre os principais nomes do esquerdismo brasileiro, hoje Risério é silenciado entre seus antigos pares.

Em 2001 e 2002 o autor participou ativamente da campanha em prol da eleição de Lula, e nos tempos do governo militar, participou da Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop), ao lado de nomes como Dilma Rousseff.

Risério notou a inclinação da esquerda para o autoritarismo e rompeu com o núcleo da esquerda brasileira. Hoje, considera-se um defensor da esquerda democrática e um dos poucos a se opor ao autoritarismo dos grupos identitários.

As principais críticas de Risério contra os movimentos negro, feminista e de gênero

Risério afirma que não é preciso nem discordar abertamente do movimento negro para ser taxado de racista, basta apenas não apoiá-lo. Isto acaba exercendo uma grande pressão social contra as pessoas que são constrangidas a apoiar algo que não acreditam para não serem taxadas de racistas.

A imposição de uma linha de pensamento e o linchamento de quem não a segue é uma prática fascista e ditatorial:

“Nos dias que correm, não é preciso nem mesmo fazer este esforço, procurando ajoelhar confessionalmente ao próximo. A pessoa é acusada de racista antes mesmo de ter tido tempo de abrir a boca. Todos então acabam constrangidos a embarcar na canoa furada do identitarismo. Por esse caminho, de resto, o identitarismo implantou uma prática ditatorial, fascista, no mundo da arte e do entretenimento: artistas mulheres (lésbicas ou não), artistas pretos ou artistas gays são obrigados a militar, ou a militância vai fazer o que puder para sabotar e bloquear suas carreiras. Somos assim atirados de volta aos velhos tempos da política cultural soviética sob Stálin e Zdanov, agora em versão cromático-genital.” trecho retirado do livro Sobre o relativismo pós-moderno e a fantasia facista da esquerda identitária.

Para Risério, o movimento possui causas fundamentalmente justas, mas se perverteu:

“Raras vezes na história política e social recente do planeta, um movimento social, partindo de causas fundamentalmente justas, terá se perdido e pervertido tanto pelos descaminhos da fraude, da trapaça da ignorância, da violência e do autoritarismo”.

Qualquer pessoa que discorda dos movimentos identitários ou que confronta suas posições, é instantaneamente silenciada. Os movimentos sociais são incapazes de debater ideias:

“A postura identitarista, diante de qualquer crítica, é forçar o crítico ao silêncio, é procurar desqualificá-lo, atacá-lo como um machista, um supremacista branco. Acusá-lo de lutar apenas pelos seus próprios interesses e privilégios.

O argumento então é substituído pelo insulto, o debate cede lugar a um neo macarthismo, com seus cancelamentos e linchamentos virtuais, quando milícias militantes silenciam todo e qualquer senso, perseguindo e destruindo reputações e carreiras”
.

Esta é a prática do establishment político e midiático, afirma o antropólogo.

A pauta identitária se tornou o discurso das elites do poder

Como o discurso identitário pode calar opositores e impor uma visão única, as elites abraçaram a causa para se manter no poder.

É por isso que veículos de mídia, empresas e até mesmo o governo abraçam os discursos dos movimentos sociais, as pessoas são socialmente pressionadas a concordar com eles.

“Hoje de fato vivemos nesse campo sob a ditadura do pensamento único. Principalmente depois que o discurso inicialmente contestador das minorias, foi abraçado pelas elites dominantes e dirigentes, entre cujas frações devemos incluir a elite midiática, de modo que há tempos nos Estados Unidos e mais recentemente no Brasil, o identitarismo é o discurso do poder, como se vê hoje no novo governo lulopetista. É o discurso da burguesia, do Itaú Unibanco, da Magazine Luiza, da Natura, é o discurso da grande mídia capitaneada pela Rede Globo e pela Folha de S. Paulo. Por fim, o identitarismo é o novo cânone. O filósofo Sérgio Paulo Rouanet já na década de 1990 denunciava a projeção do fascismo no identitarismo”.

Para Risério, o identitarismo não é uma luta brasileira, mas sim pauta importada pronta dos Estados Unidos. O autor, que se considera um marxista tradicional, afirma que essas ideias ainda afastam os brasileiros e a esquerda do verdadeiro problema: a opressão social causada pela desigualdade.

Para Risério, o problema não está em cor ou sexo, mas sim na desigualdade social

Para o autor, a desigualdade social não é um problema exclusivo para mulher ou para o negro no Brasil. Ele vai além e afirma que “a exploração da força de trabalho no Brasil não escolhe cor. A maioria dos trabalhadores brasileiros que recebe salário mínimo não é negra”.

Quando contestado acerca desses dados, Risério afirmou:

“Hoje há uma fraude enorme sobre os números do Brasil. Não dá para confiar em nenhum número desde que o IBGE, guiado por Fernando Henrique Cardoso, decidiu juntar pardos e negros como um mesmo contingente da população. (...) Nós lidamos o tempo inteiro com essa farsa numérica no Brasil, que é essa fraude do IBGE que começou no governo Fernando Henrique Cardoso e se tornou lei por pressão dos movimentos sociais”.

O identitarista nunca está apto ao debate, afirma Risério, suas defesas da causa são sempre algo visceral. Em discussões, seus argumentos sempre são ataques frontais ao adversário.

“Uma coisa que mais me incomoda é a postura de juiz do identitarismo. (...) O diálogo não faz parte do script identitarista”.

No fim, o movimento promove o sectarismo e atenta contra a liberdade de espírito das pessoas.

“Está em questão em primeira e última análise a liberdade do espírito. Porque o que o identitarismo pretende é sacrificar a palavra livre em proveito de um pensamento constantemente monitorado, constantemente vigiado. Como o ambiente brasileiro é predominante semiletrado e tardiamente colonizado, copia-se aqui o que se elabora na matriz norte americana”.

Uma trilogia completa para compreender quem são e o que querem os movimentos identitários

As minorias ganharam as capas dos jornais e moldaram a opinião pública. Muito se fala sobre o que esses movimentos criticam, pouco se discute sobre suas origens e propostas.

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