A força das pautas feministas é incontestável, mesmo diante do trabalho de conservadores. Segundo a deputada Ana Campagnolo (PL-SC), mesmo que conservadores consigam eleger um presidente ou governador, as bandeiras defendidas pelo movimento continuam bem-sucedidas.
Em entrevista ao programa Conversa Paralela, da Brasil Paralelo, a deputada e presidente do PL Mulher de Santa Catarina comentou sobre as estratégias políticas do movimento feminista apontadas em seu livro.
“No livro que lançamos hoje, 'A Hidra Feminista', apresentamos uma teoria que, embora não seja inédita ou genial, é observável na realidade por qualquer político atento, sobre como o movimento feminista consegue aprovar todas as suas leis”.
Falou também sobre a contradição entre a base religiosa do país e o avanço das pautas feministas:
“As leis que elas querem aprovar, elas conseguem, mesmo que nosso país seja de maioria evangélica e católica, ou seja, de maioria cristã. Mesmo que nossos políticos, como as mulheres, em sua maioria sejam contra o aborto, por algum motivo, as pautas feministas avançam implacavelmente, até mesmo em governos de direita”.
Sobre a continuidade das agendas feministas em diferentes cenários políticos, disse:
“Mesmo que elejamos um presidente ou governador, as pautas feministas continuam sendo bem-sucedidas rapidamente. Essa é a denúncia do livro. Inclusive, a política é a última parte da atuação, o último estágio onde uma ideia prospera. Depois de ter sido trabalhada por décadas, por 20 ou 30 anos, é que essa ideia chega ao Parlamento para ser incorporada à vida prática das pessoas em forma de lei”.
“Quando o presidente Bolsonaro chegou ao governo, por exemplo, as feministas já estavam há 30 ou 40 anos com um domínio quase completo sobre nossas universidades, e não havia nenhuma militância nem mídia independente capaz de sustentar um posicionamento contrário do presidente Bolsonaro em relação aos feministas”, afirma Campagnolo.
Exemplificando sobre os avanços das pautas feministas durante o último governo, a deputada usou como exemplo o caso Mari Ferrer.
“Eu poderia citar alguns exemplos, como faço no meu livro, incluindo a sanção da Lei Mari Ferrer. Mas a sanção não é realmente um problema, porque, mesmo que o presidente vetasse a Lei Mari Ferrer, e podemos discutir isso mais tarde, o Congresso ou o Senado provavelmente derrubariam o veto."
Assista a entrevista na íntegra:
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