A próxima camisa reserva da Seleção Brasileira poderá ser predominantemente vermelha. A informação foi divulgada pelo site especializado Footy Headlines e movimentou as redes sociais nesta segunda-feira (28).
Segundo o vazamento, o novo uniforme será lançado em março de 2026, a poucos meses da Copa do Mundo, e será fabricado pela Nike através da marca subsidiária Jordan, conhecida pela silhueta de Michael Jordan em lugar da tradicional logomarca da vírgula.
O modelo terá um tom de vermelho, com listras pretas que se assemelham a manchas, sem o padrão definido de faixas alternadas como em uniformes históricos, como o da Alemanha em 2014.
A mudança chamou atenção não apenas por ser inédita em Copas do Mundo, mas também pelo contexto em que será apresentada. O lançamento está previsto para ocorrer em ano eleitoral no Brasil, e muitos internautas relacionaram a cor à política nacional.
O estatuto da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em seu capítulo III, artigo 13, inciso III, estabelece que os uniformes da seleção devem utilizar exclusivamente as cores da bandeira brasileira: verde, amarelo, azul e branco.
O documento ainda prevê que outras cores só podem ser usadas em edições comemorativas, mediante aprovação da diretoria.
Leia o que diz o estatuto:
III – os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema descrito no inciso II deste artigo, podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria, não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria.
Caso a camisa vermelha seja adotada como uniforme oficial de jogo na Copa, a CBF precisará alterar ou reinterpretar seu próprio estatuto. Se isso ocorrer, será a primeira vez que o Brasil usará cores diferentes das tradicionais em um Mundial.
Durante o programa Galvão e Amigos, o apresentador Galvão Bueno e os comentaristas criticaram a possível mudança no uniforme da seleção brasileira. Walter Casagrande questionou a alteração das cores:
“Eu não vejo motivo, não entendo por que mexer na nossa história dessa maneira. Já tivemos a camisa branca, que foi usada em 1950. Depois veio a azul. Acho que não devemos fugir das cores da bandeira do Brasil.”
A camisa amarela da seleção, nas últimas décadas, passou a ser associada por parte da sociedade a grupos políticos específicos, enquanto o vermelho é uma cor tradicionalmente ligada a outros espectros políticos.
As redes sociais registraram uma enxurrada de memes e comentários sobre essa associação, embora a CBF e a Nike ainda não tenham se pronunciado oficialmente sobre o tema.
De acordo com o influenciador e fotógrafo João Menna, a nova cor “tem uma representação política forte no Brasil”. Segundo ele:
“Quando você muda um símbolo, você não altera só a estética. Você altera a emoção, a identidade. E quem entende de emoção humana sempre vai usar isso para vender mais.”
O uso de um uniforme vermelho pela seleção, portanto, não é completamente inédito, mas seria a primeira vez que a cor seria adotada de maneira planejada e oficial em uma Copa.
Até o momento, a expectativa é que a camisa seja lançada no primeiro semestre de 2026 e seja utilizada como segundo uniforme na competição que acontecerá nos Estados Unidos, no Canadá e no México.
O impacto da nova camisa transcende o campo esportivo e promete manter o futebol no centro dos debates culturais e políticos do país.
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP