O governo de mais de 50 anos da família al-Assad na Síria chegou ao fim. Rebeldes do grupo Hayat Tahir al Sham lideraram um movimento que tomou a capital, Damasco. De acordo com a Al Jazeera, o grupo partiu da província de Aleppo, perto da fronteira com a Turquia.
Eles libertaram prisioneiros políticos e tomaram prédios governamentais. O ex-presidente Bashar al-Assad teria fugido do país e seu paradeiro é desconhecido até então. A televisão estatal confirmou a notícia e mostrou a celebração nas ruas de todo o país.
A situação acende alerta na comunidade internacional, uma vez que os Hayat Tahir al Sham são ligados a grupos terroristas. A Organização das Nações Unidas (ONU) pediu que haja diálogo político, a fim de poupar vidas e formar um novo governo.
O ministério de Relações Exteriores da Rússia afirmou que o presidente renunciou e deixou o país após manter conversas com “várias partes do conflito armado”. O órgão, no entanto, não informou onde o antigo líder se encontra no momento. Antes da declaração russa, fontes da CNN informaram que al-Assad havia deixado Damasco sob proteção russa e teria ido para Latakia, no noroeste da Síria, onde a Rússia tem uma base aérea.
Por causa da revolta no país vizinho, o governo israelense reforçou a segurança na fronteira norte e fechou a passagem entre os dois países. De acordo com a NPR News, Israel se manterá neutro diante da situação.
Por outro lado, as autoridades libanesas abriram a fronteira com a Síria. Com a queda de Assad, há a expectativa de que refugiados sírios queiram retornar ao seu país. Desde o início da guerra civil na Síria, mais de um milhão de pessoas fugiram para o Líbano em busca de segurança.
Esse é mais um capítulo da guerra no Oriente Médio, que no dia 7 de outubro de 2023 vitimou milhares de pessoas em Israel. Um ataque dos terroristas do Hamas provocou a morte de civis israelenses, enquanto outros são mantidos em cativeiro até hoje.
A história da guerra em Israel é contada sob o olhar de quem está no centro da situação em From the River to the Sea. O filme da Brasil Paralelo foi lançado quando a ofensiva completou um ano e contém depoimentos de sobreviventes.
Além disso, a empresa ouviu ex-membros do Hamas, que contam como os terroristas são treinados.
Assista gratuitamente no Youtube.
A família al-Assad assumiu o poder na Síria há 53 anos. Desde então o país entrou numa guerra civil, que fez mais de um milhão de pessoas se tornarem refugiadas de guerra.
De acordo com a Al Jazeera, há 14 anos, os sírios tentavam o fim do regime. No entanto, todos os protestos eram sufocados pelo governo.
No dia 27 de novembro de 2024, uma coalizão de combatentes da oposição iniciou uma grande ofensiva contra as forças pró-governo na Síria.
O ataque começou na linha de frente entre a área controlada pela oposição em Idlib e a província vizinha de Aleppo. Três dias depois, esses combatentes conseguiram tomar Aleppo, a segunda maior cidade do país.
A operação foi batizada de “Dissuasão da Agressão", sendo liderada por vários grupos armados de oposição sírios, sendo o principal deles o Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Eles receberam o apoio de facções financiadas pela Turquia.
O HTS é liderado por Abu Mohammed al-Julani e é conhecido por ser o mais organizado entre os rebeldes, tendo controlado Idlib por anos. Também estiveram envolvidos:
Os combatentes rebeldes avançaram rapidamente, assumindo o controle de várias áreas. Eles tomaram Hama e Homs em poucos dias. Homs foi importante nos primeiros anos da guerra e era conhecida como a “Capital da Revolução”.
No sábado, 7 de dezembro, a cidade de Deraa, conhecida como o ponto de partida da revolta de 2011, também caiu sob controle rebelde. As forças do governo tentaram se reposicionar em Sweida, mas sem sucesso.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos relatou que tropas sírias estavam se retirando de Quneitra, perto das Colinas de Golã, controladas por Israel. A situação continua tensa e faltam informações sobre os detalhes das retiradas e os planos futuros do governo.
O desenrolar dessa situação se seguirá nos próximos dias.
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