Proposta de cota social em concursos públicos de SP inclui baixa renda, mas não raça ou gênero

Zoe Martinez quer criar cotas em concursos públicos para pessoas de baixa renda. O projeto inclui processos seletivos de residência médica. 

A vereadora de São Paulo afirma que a intenção é promover igualdade de oportunidades “sem distinguir cor, raça ou gênero”.

“[Quero] direcionar esse benefício para quem de fato enfrenta dificuldades econômicas e que por isso não possui o mesmo acesso ao mercado de trabalho e a especialização profissional”.

Nas palavras dela, o modelo é “meritocrático e eficiente”.

“Nosso projeto tem como missão oferecer recursos públicos para atender as necessidades da população paulistana mais carente”. 

O projeto ainda não aparecia no site da Câmara Municipal de São Paulo às 15h50 desta quarta-feira, 29 de janeiro. O anúncio foi feito através de um vídeo nas redes sociais. Veja: 

Cotas já existem em concursos federais

Nos concursos federais, há previsões específicas para a reserva de vagas para negros, pessoas com deficiência (PcD) e indígenas. 

De acordo com o portal do Governo Federal:

• candidatos negros concorrem tanto às vagas reservadas quanto às vagas de ampla concorrência;
• 5% das vagas são reservadas a portadores de deficiência (PcDs;
• 30% das vagas da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI) são destinadas a indígenas;
• os candidatos devem comprovar durante a inscrição que têm direito à cota.

Conheça Zoe Martinez, a cubana que virou vereadora no Brasil

Zoe Martinez chegou ao Brasil em 2010, quando tinha 12 anos. Naturalizou-se brasileira e é conhecida por suas análises sobre a realidade do regime cubano. Os comentários lhe renderam mais de um milhão de seguidores.

Em entrevista para a Brasil Paralelo em novembro de 2024, contou que um professor ficou sem graça após defender o regime cubano na frente dela. 

“Um professor substituto de uma matéria cujo tema não tinha nada a ver com Cuba, acho que era de matemática, chegou falando bem do regime de lá. Os alunos começaram a se olhar. Eu sentava no fundo, aí me olhavam, começaram a rir. Ele perguntou o motivo das risadas e uma menina disse que eu era de lá”. 

Segundo Zoe, o homem “gelou”, e a encarou. Depois começou a passar o conteúdo. 

Assista aqui ao bate papo completo: