Gleisi Hoffmann, está sendo considerada para integrar a equipe ministerial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Fontes próximas ao governo afirmaram que as negociações avançaram para que Gleisi assuma a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente ocupada por Márcio Macêdo.
A nomeação de Gleisi faz parte de uma reforma ministerial planejada para ocorrer até março deste ano. Com sua entrada no governo, o PT deverá nomear um presidente interino para liderar o partido até julho, quando uma nova eleição interna está prevista para definir a liderança definitiva.
Gleisi Hoffmann possui uma longa trajetória política, tendo sido ministra-chefe da Casa Civil durante o governo Dilma Rousseff, senadora pelo Paraná e, atualmente, deputada federal. Sua possível nomeação é vista como uma estratégia para fortalecer a articulação política do governo e consolidar a presença do PT na administração federal.
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No entanto, a possível nomeação de Gleisi Hoffmann tem gerado críticas dentro do próprio campo aliado. O senador Omar Aziz (PSD-AM), aliado do governo Lula, expressou reservas quanto à indicação de Gleisi para o ministério. Em declaração ao Metrópoles, Aziz afirmou que, embora seja amigo de Gleisi, não concorda com sua possível nomeação.
O parlamentar amazonense destacou que Gleisi poderia ser uma “ministra militante”, comparando-a à atual titular da pasta do Meio Ambiente, Marina Silva. Aziz também questionou a viabilidade de manter ministros que criticam outros membros do governo, como o ministro da Fazenda. Gleisi e Fernando Haddad fazem parte de alas diferentes no PT e não é raro que ela o critique.
Além disso, o deputado federal Sanderson (PL-RS) também se manifestou criticamente sobre a possibilidade de Gleisi voltar ao ministério. Em suas declarações, Sanderson relembrou que “Gleisi foi ministra de Dilma e a presidente caiu. Agora, Lula quer emplacar Gleisi novamente como ministra. Vale ressaltar que temos um pedido de impeachment prestes a ser protocolado com quase 120 assinaturas. Será que a história irá se repetir? Quem viver, verá.”
Por outro lado, petistas esperam que Gleisi, ao assumir a Secretaria-Geral, possa aprimorar a relação com a base de apoio do governo, incluindo movimentos sociais e sindicais. Essa função, anteriormente desempenhada por Márcio Macêdo, não teria atendido às expectativas do partido em termos de articulação política.
Aliados de Lula apontaram que a insatisfação do presidente com Márcio Macêdo não é de hoje. Em um evento do Dia do Trabalhador no ano passado em São Paulo, Lula criticou a baixa adesão ao ato, sugerindo que a convocação – a qual o ministro era responsável – não foi eficaz. Para interlocutores, essa situação foi um ponto de desgaste na relação entre o chefe do Executivo e o atual ministro da Secretaria-Geral, o que poderia justificar a busca por uma nova liderança na pasta.
No entanto, integrantes do Centrão não viram com bons olhos a possível nomeação de Gleisi. Eles corroboram a visão de Omar Aziz sobre a presença de uma “ministra militante” no governo, temendo que isso possa dificultar a construção de uma frente ampla para a governabilidade e, até mesmo, a reeleição do petista.
A confirmação oficial da nomeação ainda é aguardada, mas a expectativa é de que o anúncio seja feito nas próximas semanas, como parte das movimentações do governo para ajustar sua equipe ministerial e alinhar as prioridades para o ano de 2025.
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