O governo do novo presidente da Argentina, Javier Milei, vai suspender por um ano a propaganda oficial nos meios de comunicação do país. A medida era uma promessa de campanha e foi anunciada nesta terça-feira (12).
O porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni, anunciou a medida em entrevista coletiva. Adorni anunciou também a redução de 34% dos cargos federais.
Junto do corte das verbas de publicidade e dos cargos públicos, o governo Milei cortou 50% dos ministérios da Argentina para reduzir os gastos públicos e enfrentar a crise econômica do país.
Na prática, os cortes resultaram na redução de:
O antigo governo de Alberto Fernández e Cristina Kirchner deixou de herança para o país uma inflação na casa dos 140% e um aumento considerável da pobreza.
Ao confirmar a decisão de suspender a propaganda oficial na mídia, o governo ratificou o que a equipe de Milei tinha indicado dias antes da posse.
“É relevante compreender que o Estado tem de encolher e que o Estado do tamanho de um elefante não pode continuar a existir porque do outro lado tem gente que o sustenta com os seus impostos, que não consegue pôr um prato de comida na mesa”, afirmou Adorni. “O objetivo é fazer o impossível no curtíssimo prazo para evitar a catástrofe”.
O porta-voz disse, ainda, que o novo governo iniciou “a revisão dos contratos e de cada uma das nomeações do Estado no último ano”, e alertou que “qualquer funcionário que não queira prestar a informação que o presidente e os seus ministros solicitarem, terá a sanção correspondente”.
Segundo o jornal argentino El Clarín, os gastos com publicidade oficial mostram que de janeiro a outubro o governo de Fernández gastou mais de 40 bilhões de pesos. O número é quase dez vezes maior do que em 2021.
As informações foram retiradas do relatório oficial da Secretaria de Mídia e Comunicação da Presidência da Argentina.
Logo depois da eleição, Milei já tinha anunciado o compromisso de privatizar três meios de comunicação: a TV Pública, a Rádio Nacional e a agência de notícias Télam.
Para o novo presidente argentino, a TV Pública é um “mecanismo de propaganda” e, durante a campanha, disse que a mídia estatal atuou para favorecer o candidato governista, Sergio Massa, ministro da Economia de Fernández.
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Trata-se do documentário argentino Javier Milei - A Revolução Liberal.
O filme foi produzido e dirigido por Santiago Oría, documentarista que acompanhou Milei de perto e participou diretamente da equipe do candidato.
Sem meias palavras, é possível afirmar que o documentário é uma peça de propaganda da campanha de Javier Milei.
De qualquer forma, a Brasil Paralelo acredita que todos merecem ter acesso a esse material.
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