Até onde o sofrimento leva alguém a perder a fé? Para Christy, a doença de sua filha era a prova de que Deus não existe. O que ela não sabia era que esse sofrimento ia lhe provar o contrário.
Baseado em uma história real, o filme “Milagres do Paraíso” foi lançado em 2016 e conta a história do casal Beam e suas três filhas. A família têm uma vida confortável no interior do Texas. O pai, Kevin, é um veterinário que acabou de abrir uma clínica. Eles são cristãos e frequentam uma igreja protestante.
Tudo parece bem quando, após um churrasco de domingo, a filha do meio acorda com dores na barriga. Depois de receberem uma série de diagnósticos errados, o casal finalmente encontra uma resposta: uma doença na qual o intestino é incapaz de digerir o que a pessoa come.
Começa então uma corrida para salvar a vida da menina, ao mesmo tempo em que as economias da família vão se esgotando por causa do tratamento. No meio de tudo, a mãe passa a questionar Deus.
Tudo muda quando a menina sofre um acidente e não tem nenhum ferimento. A partir disso, Christy descobrirá que a dor não é a ausência de Deus, mas o momento em que ele mais ama o ser humano.
Quem assistiu, afirma que a narrativa inspira a pensar que é preciso acreditar na medicina, mas saber que milagres só são realizados por Deus.
No Rotten Tomatoes, site especializado em filmes, o filme tem 80% de aprovação.
Veja alguns depoimentos:
Milagres do Paraíso pode levar quem assiste a refletir sobre o sofrimento. Um tempo depois do diagnóstico da filha, Christy passa a se recusar a ir à igreja ou mesmo a orar. Passa a acreditar que, se Deus permitiu que sua menina adoecesse ele não era bom. A dor de Annabel faz com que a mãe fique cega em si mesma.
Ela deixa de escutar o marido e esquecer dos sentimentos das outras duas filhas. A vida dela se torna garantir que irá salvar a menina. É quando o médico lhe diz que não há nada mais a ser feito.
De volta pra casa, tomando remédios e se alimentando por sonda, a menina mal consegue andar. Sua barriga lembra o abdômen de uma grávida e suas roupas passam a não caber mais. Um dia, ela e a irmã mais velha estão escalando uma árvore oca. Annabel cai no meio da árvore, levando a mãe e o pai ao desespero. A ânsia pela vida da filha do meio faz com que eles sequer notem que a mais nova diz:
“Vou salvar a Annabel, mamãe”.
A criança está esquecida. Ainda que durante a narrativa ela se mostra empática ao sofrimento da irmã, não tem mais relevância. A mais velha, desenvolve uma espécie de rebeldia. Ainda assim, as outras duas crianças ficam felizes em ajudar.
Milagres do Paraíso não é só uma história de fé e esperança, mas lembra que quando a família não hierarquiza valores, até a melhor das intenções se torna desordenada. Ensina também que a dor é um momento para permitir que o outro seja solidário.
Uma história sobre dar e receber amor, que pode ser uma ótima forma de curtir o fim de semana com a família.
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