Uma médica foi acusada de dizer que o câncer de mama não existe. Lana Tiani Almeida da Silva, se apresenta nas redes sociais como especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas.
Segundo o jornalista Carlos Henrique Dias, ela teria afirmado:
"Esqueça Outubro Rosa. Câncer de mama não existe. Sou a doutora Lana Almeida, médica integrativa, especialista em mastologia e ultrassonografia das mamas. Por isso, venho falar para vocês que câncer de mama não existe. Então, esqueçam Outubro Rosa. Esqueçam mamografia".
O suposto vídeo teria sido apagado ontem, 29 de outubro, após a publicação de uma reportagem do G1.
A conta indicada na matéria também não está mais disponível no instagram. O caso está sendo investigado pelo Conselho Federal de Medicina do Pará, onde a profissional tem registro.
O mesmo veículo relatou que o médico Lucas Mattos teria mencionado que o excesso de mamografias poderia aumentar a incidência de câncer de mama.
Mattos estava respondendo a uma pergunta de uma seguidora que mencionou ter dois cistos nos seios e queria saber o que poderia fazer para eliminá-los.Na resposta, ele também teria dito:
"Tenho 100% de certeza que o seu nódulo benigno é deficiência de iodo".
Nos seus stories, o médico chamou a publicação de mentirosa ao tentar associá-lo com as afirmações realizadas pela Dra. Lana Almeida da Silva:.
“A reportagem diz que médicos são investigados por dizerem que câncer de mama não existe. Que dia eu disse isso no meu instagram? Porque dizer é plural. Se colocam no título ‘dois médicos disseram que câncer de mama não existe’. O que eu disse é que a radiação é um dos fatores causais de qualquer tipo de câncer”.
O médico ainda enfatizou que irá acionar a Justiça contra quem o acusar de negar a doença.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 73.610 casos novos de câncer de mama em 2024 no Brasil.
O número corresponderia a 66,54 casos a cada 100 mil mulheres. A doença atinge cerca de 1% dos homens.
O governo informou ainda que as maiores taxas de incidência e de mortalidade de estão nas regiões Sul e Sudeste do País.
Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas).
Além do auto exame, é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia preventiva a cada dois anos.
Em nota publicada no seu site, a Sociedade Brasileira de Mastologia afirma estar preocupada com o número de informações falsas sobre o assunto que circulam nas redes sociais.
O texto ainda diz que existem “inúmeros perfis de pessoas que se dizem médicas ou profissionais de saúde que fazem afirmações sensacionalistas e mentirosas sobre o assunto”.
A entidade chama a situação de modus operandi, relatando e afirma que as informações visam obter lucro aos que as propagam.
“Em pleno OUTUBRO ROSA, quando o tratamento e a prevenção do câncer de mama deveriam ser o foco principal de atenção, temos visto com tristeza o surgimento de postagens que afirmam absurdos. Dentre as maiores nulidades observadas estão as teorias que a mamografia causa câncer de mama, que o câncer de mama não existe e que é possível prevenir ou tratar o câncer de mama através do uso de hormônios”.
A nota finaliza pedindo que os órgãos responsáveis “tomem atitudes” contra estas pessoas a quem chama de “desonestas”. O documento é assinado pelo presidente da entidade, Augusto Tufi Hassan e por Guilherme Novita, Diretor-geral da Escola Brasileira de Mastologia.
Em caso de suspeita de câncer de mama, é imprescindível buscar tratamento.
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