Com informações do The New York Times.
A humanidade sempre se inspirou em histórias heróicas. Uma dessas histórias de heróis é a de James Harrison, um australiano cujo plasma sanguíneo salvou milhões de vidas.
Ao longo de 64 anos, ele fez 1.173 doações de sangue para a Lifeblood, a organização da Cruz Vermelha australiana, que proporcionou esperança e vida a milhões de famílias.
O segredo do impacto de Harrison estava em um anticorpo raro em seu plasma, conhecido como Anti-D.
Este anticorpo foi crucial na criação de um medicamento essencial para prevenir a doença hemolítica do feto e do recém-nascido (HDFN), uma condição na qual o corpo da mãe poderia atacar seu filho antes de nascer.
A busca por doadores especiais começou em 1966, após um teste bem-sucedido do Anti-D. No entanto, a contribuição de Harrison começou antes.
Ao passar por uma cirurgia, quando tinha 14 anos precisou de uma quantidade grande de sangue de estranhos para sobreviver.
Depois dessa experiência e já adulto, sentiu que tinha o dever de retribuir. Durante suas doações, os médicos descobriram a presença do Anti-D.
Segundo estimativas da Cruz Vermelha, seu sangue ajudou diretamente cerca de 17% das mulheres grávidas na Austrália que precisavam das injeções do anticorpo especial para assegurar a saúde de seus bebês.
Segundo seu neto, Jarrod Mellowship:
"Ele simplesmente continuou, e continuou, e continuou,"
Harrison não via suas doações como uma obrigação.
"Ele não sentia que tinha que fazer aquilo. Ele só queria fazer".
Segundo as autoridades australianas, há um “pequeno grupo” de cerca de 160 doadores que têm o anticorpo especial no sangue.
Sem esse tipo de generosidade, bebês com tipos sanguíneos incompatíveis com os de suas mães enfrentam uma luta quase sempre fatal. De acordo com Harrison:
"Salvar um bebê é bom. Salvar dois milhões é difícil de entender, mas se eles dizem que é isso, estou feliz por ter feito isso".
Em reconhecimento ao seu serviço altruísta, James Harrison foi laureado com a Medalha da Ordem da Austrália. Mesmo diante de tal honraria, ele mantinha o bom humor:
"Culpe-me pelo aumento da população”.
Sua filha, Tracey Mellowship, uma das beneficiadas pelo sangue de Harrison, expressou sua gratidão:
"Obrigada, pai, por me dar a chance de ter dois filhos saudáveis, seus netos”.
Segundo a CEO da Lifeblood, Stephen Cornelissen:
“James estendeu seu braço para ajudar outras pessoas e bebês que ele nunca conheceria notáveis 1.173 vezes e não esperava nada em troca. Mesmo em seus dias mais difícies, após o falecimento da esposa, Bárbara, ele continuou a doar. Ela também era doadora de sangue e ajudou a inspirar a carreira dele como salvador de vidas”.
James Harrison faleceu em 17 de fevereiro de 2025, enquanto dormia em uma casa de repouso em Nova Gales do Sul, na Austrália.
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