Haddad anuncia 25 bilhões de reais em corte de despesas

O ministro afirmou que a principal determinação de Lula foi o respeito ao arcabouço fiscal, lei aprovada no ano passado que vincula os gastos públicos ao total arrecadado.

Na entrevista, Haddad afirmou que os ministérios envolvidos na junta têm analisado, desde março, os gastos obrigatórios e que teriam identificado um valor de 25,9 bilhões em despesas que poderiam ser cortadas:

"Serão R$25,9 bilhões que vão ser cortados. [O planejamento] foi feito com as equipes dos ministérios. Um trabalho com critérios embasados em cadastro, nas leis aprovadas."

O ministro afirmou que a Receita está elaborando um relatório com os gastos do semestre, o que pode indicar outros modos de economizar recursos:

"A Receita está terminando de fazer a compilação do semestre, o relatório de julho pode significar algum contingenciamento e algum bloqueio que será suficiente para que o arcabouço seja cumprido."

O petista também comentou que o relatório poderá antecipar algumas das medidas de austeridade de 2025:

"Algumas dessas medidas do Orçamento de 2025 podem ser antecipadas à luz do que a Receita nos apresente no dia 22 de julho".

No mesmo dia, o presidente falou que "responsabilidade fiscal é compromisso" e que o Estado "não joga dinheiro fora", durante o anúncio do Plano Safra. 

As falas do ministro e de seu chefe indicam uma busca por apaziguamento entre o governo e o mercado após críticas de Lula às políticas do Banco Central e falas contrárias ao mercado.

Uma das maiores preocupações do mercado em relação ao governo é o aumento de gastos, que tem gerado o maior déficit desde 2021.

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