Por conta das grandes chuvas no Rio Grande do Sul, milhares de pessoas perderam tudo que possuíam e fugiram para abrigos provisórios e instituições privadas, que de forma solidária abriram suas portas para os desabrigados.
A Confederação Nacional dos Municípios estima que mais de 101 mil casas foram destruídas completamente ou danificadas pelas chuvas ao redor do estado.
Em meio a esse cenário, surge a preocupação sobre a questão habitacional após as águas descerem. Apenas na cidade de Porto Alegre, estima-se que haja entre 15 e 30 mil pessoas que perderam seus lares.
O prefeito Sebastião Melo (MDB), de Porto Alegre, afirmou em uma entrevista concedida à Folha de São Paulo que:
“Não tem dinheiro para tudo ao mesmo tempo, mas o maior drama agora é você resolver essa questão das pessoas que estão nos abrigos. Como é que elas vão passar por uma transição até ter uma casa definitiva, porque isso não é uma coisa singela.”
O governante também ressaltou que não há casas populares suficientes na cidade e que acredita ser necessário o envolvimento e coordenação do governo federal para que o problema seja solucionado.
O governo do estado afirmou que pretende construir quatro “cidades” provisórias ao redor dos municípios com a maior quantidade de desabrigados, no caso: Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo e Guaíba.
Segundo o vice-governador do estado, Gabriel Souza, em entrevista concedida à Rádio Gaúcha, no dia 16:
“Nós estamos procurando locais para a colocação rápida de estruturas provisórias com dignidade mínima. Em três já encontramos locais. Teremos espaço para crianças e pets, lavanderia coletiva, cozinha comunitária, dormitórios e banheiros. Isso nesse período em que as pessoas ainda necessitarão desse apoio.”
A situação dos desabrigados é crítica, principalmente porque a maioria está alocada em instituições como escolas, clubes e igrejas, que precisam retomar suas atividades conforme a situação climática se estabiliza.
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