Dados divulgados pelo Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa), que pertence ao departamento de meteorologia da UFRJ, mostram que neste mesmo período em 2020, o Pantanal tinha uma extensão de queimada de 2.417 km², este ano já são 3.720 km².
Outros números também mostram o quão crítica é a situação de 2024. Do início do ano até o dia 14 de junho, 2.019 focos de incêndio foram identificados pelo Inpe. No mesmo período de 2023, esse número era de 133.
No Pantanal, os picos de queimadas costumam ocorrer em setembro, por isso, esses números ainda devem aumentar.
Em nota divulgada, a ONG SOS Pantanal afirma que um dos motivos para os incêndios é a escassez de chuvas nos últimos 6 meses na região, o que intensificou as secas. Sobre o dado de que as áreas queimadas no Pantanal já superam as médias registradas de 2012 a 2022, a ONG comentou em nota:
“Isso é especialmente preocupante considerando que ainda não atingimos o período de maior ocorrência de incêndios. Além disso, outro dado alarmante do LASA revela que o acumulado de áreas queimadas de janeiro a maio de 2024 já superou em 39% o registrado no mesmo período de 2020, o pior ano da série histórica, com 332 mil hectares queimados em 2024 contra 239 mil hectares em 2020.”
Como parte da resposta à situação, a ONG defende a aprovação da declaração de escassez hídrica até o final de outubro e a instalação de uma Sala de Crise para acompanhar de perto a situação.
No dia 14 de junho, o Governo criou uma sala de situação para acompanhar o que está acontecendo no Pantanal.
A ministra Marina Silva afirmou que serão feitas reuniões para definição das próximas ações, como contratação de brigadistas, compra de equipamentos e mobilização de aeronaves.
A ministra também solicitou ao ministério da fazenda recursos extraordinários, mas não revelou a quantidade, apenas que a aprovação deve ocorrer sem dificuldades.
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