O partido Reagrupamento Nacional (RN), comandado por Marine Le Pen, lidera as pesquisas eleitorais para a eleição parlamentar que acontecerá no domingo, 30 de junho.
A sigla, conhecida por sua retórica nacionalista antiimigração e conservadora, apresenta um total de 36% das intenções de voto, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Elabe.
A coalizão Nova Frente Popular, que reúne partidos socialistas, comunistas e ecossocialistas, aparece como segunda colocada com 27% das intenções de voto.
A coalizão dos partidos de centro encabeçada pelo partido de Emmanuel Macron, chamada de Juntos, está apontada como terceira colocada na pesquisa, contando com 20% das intenções de voto apresentadas.
O pleito foi convocado por Macron, depois do presidente ter dissolvido a Assembleia Nacional por conta da vitória do RN na eleição para o Parlamento Europeu.
Para Ricardo Gomes, vice-prefeito de Porto Alegre e comentarista do programa Cartas na Mesa, a estratégia de Macron em convocar a eleição era apostar na narrativa de defesa da democracia para enfraquecer a direita:
"O Macron tenta forçar o que ele chama de uma aliança republicana contra a extrema-direita, um pouco nessa linha do que o PT adotou aqui, de: 'olha, os defensores da democracia, etc.', mas a verdade é que esse discurso não está colando e o desgaste que ele sofre é bastante importante."
O comentarista também acredita que a atual aposta do presidente é que a direita não consiga formar maioria no parlamento e possa ser barrada por uma aliança entre os demais partidos:
"Um partido pode chegar em primeiro lugar nas eleições e não conseguir maioria para compor um governo. Então, essa é a lógica que vem a seguir. E parece que é nisso que Macron já está apostando, que mesmo com a vitória da direita na eleição, a soma dos outros partidos seja maior e esse bloco consiga governar mesmo sem tirar o primeiro lugar nas eleições parlamentares."
As pesquisas do Instituto também indicam que a votação terá uma grande taxa de comparecimento:
Os eleitores com maior intenção de comparecimento entre os partidos na liderança são:
A eleição de domingo poderá levar o parlamento francês para a direita, porém o posicionamento do presidente e o risco do grupo não formar maioria podem aprofundar a tensão política na França.
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