Há séculos, cristãos e muçulmanos lutam pela defesa e expansão de suas crenças. Os seguidores de Maomé chegaram a conquistar regiões importantes no continente Europeu, sendo gradativamente expulsos.
A disputa entre as duas religiões na atualidade está marcada por um fator que tem chamado cada vez mais atenção: a demografia.
A taxa média de fertilidade global entre famílias muçulmanas é de 3,1 filhos por mulher, ao passo que casais cristãos chegam a 2,7 filhos.
Os dados levantados pelo Instituto Pew Research apontam que o Islã tem a maior tendência de crescimento entre as principais do mundo, podendo aumentar 73% a quantidade de fiéis até 2050.
Nesse cenário, a religião atingiria 29,7% da população mundial, se aproximando ainda mais do cristianismo, que deverá seguir com 31,4% dos fiéis no mundo.
A pesquisa também ressalta que até 2070, o Islã deverá ultrapassar o cristianismo como maior religião do mundo e superar em 1% o cristianismo até 2100.
Os dados apontam que a população muçulmana deve superar a judaica nos EUA até 2050 e alcançar até 10% da população total na Europa.
Em alguns países da parte ocidental do continente, a parcela da população que segue o islã atinge valores elevados.
Na França, por exemplo, aproximadamente 10% da população total é adepta à religião, aproximadamente 6,7 milhões de fiéis no país.
Para Eliyahu Yossian, comentador e ex-membro da inteligência militar israelense, as políticas de acolhimento para imigrantes na França tem sido a principal causa para o avanço do Islã no país.
Em entrevista ao filme From the River to the Sea, da Brasil Paralelo, Youssian ainda afirma que a busca por garantir direitos iguais para imigrantes de países culturalmente distintos têm ajudado a expandir a quantidade de muçulmanos na França.
Para ilustrar seu ponto de vista, o comentarista conta uma história comum no país europeus:
“Da Argélia chegou Mohammad. Chegou para a França. Agora, no mundo liberal, ocidental francês que inventou o liberalismo, dizem que se deve receber o outro. Então o receberam. E tem mais uma coisa chamada de Direitos Iguais. Então, agora Mohammad que chegou da Argélia, ele tem os mesmos direitos que a francesa Jennifer.”
Youssian continua a alegoria afirmando que boa parte dos imigrantes muçulmanos que chegam ao país acabam chamando outras pessoas para se mudarem, já que há um cenário propício:
“Direitos Iguais. Tudo bem. Então, Mohammad trabalha muito na França, e um dia recebe a cidadania francesa. Mohammad liga para outro Mohammad na Argélia, e diz que tem muitos idiotas na França. Que ele tem os mesmos direitos que a Jennifer. Então, o Mohammad traz mais um Mohammad, e mais um, e mais um, e esses liberais idiotas abraçam todos.”
O islã deverá seguir crescendo na França até se tornar a principal religião no país, afirma o comentarista:
“Daqui a cinquenta anos, não existirá mais a França. No mundo muçulmano há uma expressão chamada de Jihad Hashaket. Que significa que, quando um muçulmano se encontra em um país ocidental liberal, ele continua dizendo: nossa arma é o ventre das nossas mulheres. Porque o ventre da mulher muçulmana faz filhos…”
A perspectiva levantada por Youssian é respaldada pelos dados da taxa de natalidade na França.
Em 2024, a taxa de natalidade francesa atingiu o menor patamar desde o final da segunda guerra mundial.
Atualmente, a média de filhos por mulheres na França é de 1,68, ao passo que o recorte da população islâmica no país tem uma média estimada em 2,1 filhos por mulher.
O décimo sétimo nome mais comum entre bebês no país durante o ano de 2024 foi Mohamed, em homenagem ao profeta que fundou o islã.
O ex-oficial de inteligência francesa destaca o crescente poder político dos muçulmanos no país. À medida que essa comunidade cresce, aumenta também sua influência política:
“A democracia ocidental clama por eleições. O povo decide na urna. Então, quem vai decidir daqui a cinquenta anos? Isso significa que o mundo ocidental liberal, que não tem consciência de seu nacionalismo, está se suicidando por dentro.”
Mordechai Kedar, especialista em cultura islâmica entrevistado pela Brasil Paralelo, afirma que há evidências de que o processo de expansão da fé islâmica nos países ocidentais faça parte de um plano.
O pesquisador afirma que há um memorando publicado pela Irmandade Muçulmana no início da década de 1990. O documento apresenta o objetivo do grupo para a América do Norte.
O documento descreve um elaborado plano "eliminar e destruir a civilização ocidental por dentro" em toda a região.
Kedar afirma que as estratégias apresentadas integraram o estatuto da Holy Land Foundation, um grupo muçulmano associado ao Hamas nos EUA.
Membros dessa organização foram presos por envolvimento com atividades terroristas, mas teriam “planejado a longo prazo dominar os EUA de dentro”.
O pesquisador afirma acreditar que essa mesma estratégia deve ser aplicada posteriormente para o restante do continente americano:
“Na minha opinião, esse é o mesmo plano para conquistar os países da América Latina de dentro.”
Kedar continua afirmando que o processo de islamização das Américas e da Europa pode parecer distante, porém os movimentos islâmicos tem um planejamento para o longuíssimo prazo:
“Isso pode levar um pouco mais de tempo, mas, no Alcorão há um versículo que diz ‘Alá é o pai da paciência’. Isso pode levar 100 anos, 200 anos, 300 anos, não importa, O futuro pertence a quem tem paciência, e eles têm muita paciência.”
Ambas as entrevistas foram realizadas para o documentário From the River to the Sea, que busca entender a fundo a guerra entre Israel e o Hamas.
Para entender uma questão complexa e importante como a guerra entre Israel e o Hamas, a Brasil Paralelo foi ao Oriente Médio, onde entrevistou intelectuais, militares e sobreviventes da guerra.
Mais de 1,2 milhão de pessoas já assistiram ao filme até hoje, 9 de outro. Mais de 100 mil pessoas assistiram à estreia do documentário original no dia 7 de outubro.
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