Em 2021, Flávio Dino postou uma imagem em suas redes sociais mostrando como sua relação com o atual presidente é antiga. O ministro da Justiça foi indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo presidente Lula.
Na imagem de 1989 (imagem da esquerda da capa da notícia), Dino e Lula estão juntos, bem mais jovens. Nesse ano, o petista disputava sua primeira eleição à presidência e Dino, com apenas 21 anos, fazia campanha para ele.
“Vem de 1989 o #tbt de hoje. Eu tinha 21 anos e fazia a primeira campanha Lula presidente”, disse Dino no Twitter.
Ao que Lula respondeu: “Hoje estamos mais bonitos”.
A foto voltou a circular nas redes sociais, com parte dos internautas elogiando os políticos e outra parte alegando que conchavos pessoais pesam mais do que competência técnica para indicações políticas.
Em 2022, época da campanha presidencial de Lula, Flávio Dino (PSB-MA) era ex-governador do Maranhão e candidato a Senador do estado. Dino atuou intensamente em uma campanha pró-Lula.
O ex-governador chegou até a ter o nome ventilado para vice-presidente de Lula, mas viu o petista formar a chapa com Geraldo Alckmin (PSDB).
Nos bastidores, já era dito que Dino receberia um cargo de Lula, caso este fosse eleito. Assim que o petista venceu, o maranhense foi nomeado ministro da Justiça e Segurança Pública.
Como mostra a foto da capa da notícia, Dino já fazia campanha para Lula e tinha contato com ele desde 1989. Entre 1987 e 1994, o atual ministro da Justiça foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).
Flávio Dino de Castro e Costa nasceu em São Luís no dia 30 de abril de 1968. Formou-se em direito pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) em 1991, e dois anos depois voltou à instituição como professor.
Foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) de 1987 a 1994, quando passou, em primeiro lugar, no concurso para juiz federal no Maranhão.
Como magistrado, presidiu a Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe) e foi secretário-geral do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em 2006, Dino decidiu abandonar a magistratura e ingressar na política, filiando-se no PCdoB. Nas eleições daquele ano, elegeu-se deputado federal. Em 2008, apoiado por Lula, concorreu à Prefeitura de São Luís e acabou derrotado no segundo turno por João Castelo (PSDB), candidato apoiado pelo ex-presidente José Sarney (MDB).
Nas eleições de 2010, foi derrotado mais uma vez ao perder para Roseana Sarney no segundo turno. O pleito marcou um desentendimento na relação com o PT. Meses antes da eleição, o partido decidiu apoiar Dino, mas uma decisão do Diretório Nacional reverteu o apoio para a candidatura de Roseana Sarney, que foi líder do governo Lula no Senado.
O desentendimento não foi nada grave na carreira de Dino, em 2011, foi nomeado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para comandar a Embratur. A Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) é um serviço social ligado ao Ministério do Turismo do Brasil.
Dino presidiu o órgão até março de 2014, quando resolveu se candidatar mais uma vez ao governo de seu Estado.
Em 2014, Flávio Dino ganhou destaque em todo o Brasil. Na disputa pelo governo do Maranhão, Dino acabou com a hegemonia da família Sarney, com 63% dos votos, e foi o primeiro governador eleito pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Até hoje, é o único da sigla eleito.
Quatro anos depois foi reeleito, novamente no primeiro turno, com 58% dos votos. A vitória marcou mais uma vez um triunfo de Dino sobre o grupo de Sarney. Dessa vez, ele venceu a ex-governadora Roseana Sarney. Em ambas as eleições para o governo, Dino não teve o apoio do PT, que ficou sempre ao lado da tradicional família política do Maranhão.
Em 2021, o então governador anunciou sua desfiliação do PCdoB e em seguida se filiou ao PSB. Na época, Dino chegou a ser cogitado como possível vice na chapa de Lula para presidência. Alckmin foi nomeado vice-presidente e Dino foi eleito senador pelo Maranhão.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (27) a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Para tomar posse, o escolhido de Lula ainda terá de ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e ter o nome aprovado pelo plenário principal da Casa. São necessários, pelo menos, 41 votos para a aprovação.
Se receber o aval do Senado, Dino ocupará, no STF, a vaga aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, que deixou a Corte em setembro, dias antes de completar 75 anos – idade limite para magistrados.
Em seu X (antigo Twitter), Dino publicou:
“O presidente Lula me honra imensamente com a indicação para Ministro do STF. Agradeço mais essa prova de reconhecimento profissional e confiança na minha dedicação à nossa Nação. Doravante irei dialogar em busca do honroso apoio dos colegas senadores e senadoras. Sou grato pelas orações e pelas manifestações de carinho e solidariedade.”
O ministro do Supremo Alexandre de Moraes comentou a indicação:
“O Presidente Lula indicou dois grandes juristas e competentes homens públicos para o Supremo Tribunal Federal e para a Procuradoria Geral da República.
Flávio Dino e Paulo Gonet são escolhas sérias e republicanas e, uma vez aprovados pelo Senado Federal, contribuirão para o fortalecimento de nosso Estado Democrático de Direito.”
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