Após a forte chuva que caiu em São Paulo na última sexta-feira, 11 de agosto, moradores e empresários seguem sem energia elétrica e contabilizam prejuízos.
De acordo com boletim da Ente nazionale per l'energia elettrica (Enel), concessionária italiana responsável pelo fornecimento de energia na cidade, 354 mil clientes permanecem sem luz na capital paulista. Na sexta-feira, 1,45 mil imóveis paulistanos ficaram completamente sem energia.
Ainda estão sem luz os bairros:
No ABC Paulista, cidades como Taboão da Serra, Cotia e São Bernardo do Campo também não tiveram o fornecimento de energia elétrica normalizado. A situação está gerando prejuízos para a população, que já estuda processar a Enel.
O empresário Marcos Livi revelou, em entrevista à CNN Brasil, que calcula ter sofrido R$500 mil em prejuízos de R$500 mil devido ao apagão.
"Nós perdemos toda a parte de insumos perecíveis, então peixes, carnes, aves, toda a bebida refrigerada e armazenada".
Já a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) anunciou que vai cobrar a Enel judicialmente.
A entidade representa mais de 502 mil estabelecimentos e estima que metade deles foi afetada pela falta de luz. Em novembro do ano passado, um blecaute semelhante causou prejuízos de R$500 milhões ao setor.
“Além do bar e do restaurante não conseguirem abrir as suas portas para funcionar, estes estabelecimentos não têm como acondicionar matéria-prima. Sem energia, sem geladeira, sem freezer. Os produtos perecíveis estão estragando. É um prejuízo terrível. E quem é que paga o prejuízo dos nossos associados?”, declarou Edson Pinto, diretor-executivo da Fhoresp, em entrevista à jornalista Paula Ferreira.
Entre moradores, o prejuízo também está sendo calculado. No bairro Ipiranga, zona sul da cidade, o aposentado José Alexandre Ramos de Oliveira contou a Ferreira que precisou armazenar mantimentos na casa de seu irmão para evitar mais perdas.
Enfatizou ainda que eletrodomésticos também foram danificados.
De acordo com um comunicado divulgado pela Enel no final da tarde de sábado,12 de outubro, aproximadamente 1,45 milhão de clientes estavam sem energia elétrica até as 15h daquele dia.
O número é 10 milhões maior do que na Flórida, que foi atingida pelo furacão Milton na semana passada. Três dias após a tempestade, 1,35 milhão de residências na Flórida ainda estavam sem energia, segundo o United States Power Outage.
Em entrevista coletiva ontem,13 de outubro, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Enel) disse que a concessionária não cumpriu o plano de contingência para eventos climáticos extremos.
Sandoval Feitosa afirmou que a situação está sendo apurada para apontar possíveis responsabilidades.
Já o Procon-SP deu 48 horas para a empresa responder aos questionamentos sobre a demora na reação à crise. Caso o órgão decida pela aplicação de multa, o valor pode chegar a até R$12 milhões.
Especialistas orientam que os consumidores reúnam provas dos danos materiais sofridos para possíveis ações judiciais.
Além de prejuízos materiais, como alimentos estragados e equipamentos queimados, os consumidores podem solicitar indenização por danos morais devido à privação de um serviço essencial.
A Enel informou em nota que está trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia e se comprometeu a aumentar o número de funcionários em campo de 1.700 para 2.500.
No entanto, o presidente da empresa, Guilherme Lencastre, informou que não há previsão para a normalização do serviço.
"Não quero colocar uma expectativa que seja frustrada. [...] A gente tem consciência do transtorno causado por eventos como esse e sabemos da nossa responsabilidade. Vamos trabalhar de forma incansável para reconectar todos os nossos clientes", declarou em entrevista no último sábado, 12 de outubro.
A companhia também receberá apoio de 400 colaboradores de outras distribuidoras do estado para auxiliar no serviço.
O caso levanta questionamentos sobre a capacidade da Enel de lidar com eventos climáticos extremos e a necessidade de investimentos na modernização da rede elétrica da maior cidade da América Latina.
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