94,5% dos venezuelanos estão abaixo da linha da pobreza. Quase toda a população do país vive com menos de 3,2 dólares por dia. Em nenhum lugar do mundo o número de pobres é tão significativo. Entre os que estão abaixo da linha, 75% estão na miséria absoluta.
“É a pior crise econômica e humanitária já registrada na América Latina, e não foram poucas”, diz Paulo Velasco, especialista na região e autor de Venezuela e o Chavismo em Perspectiva.
Os dados foram fornecidos pela Pesquisa Nacional de Condições de Vida, feita por três universidades venezuelanas anualmente, segundo apuração da Revista Veja.
Ainda segundo a reportagem, o governo venezuelano não fornece essas estatísticas, os dados são apurados internamente e informalmente.
Segundo o levantamento do Programa Mundial de Alimentos da ONU, um a cada três venezuelanos não atinge as exigências nutricionais mínimas. Segundo a reportagem da Veja, passar fome é rotina em lares com os do povoado de Tocoron.
Os casebres da região abrigam geladeiras vazias e eletrodomésticos enferrujados. O alimento sempre é “lo que hay” (o que têm), se não há nada, as pessoas não se alimentam.
Antes com as prateleiras vazias, os supermercados venezuelanos passaram a ser abastecidos com produtos de importação. A mudança veio com a abertura promovida por Maduro. Apesar do reabastecimento, a população não consegue consumir seus produtos, o povo, em geral, está empobrecido.
Em 2021, o Banco Central da Venezuela cortou 6 zeros da moeda para tentar conter a inflação. Em treze anos, 14 zeros foram cortados do Bolívar.
Uma arepa, tortilla à base de farinha de milho, chegou a custar 32 milhões de bolívares antes dos cortes.
Mesmo removendo os zeros, o problema financeiro seguiu. Imprimir a nova cédula custava mais caro do que o valor estampado nela, então as transações migraram quase todas para o digital.
Com a entrada dos dólares na economia, os produtos aumentaram de preço e as operações financeiras cotidianas se diversificaram.
Venezuelanos podem comprar produtos com bolívares, dólares, cartões de débito e vouchers. Quando um estabelecimento não tem troco, ele entrega para a pessoa um vale.
“Os pobres ficaram mais pobres e o fosso social aumentou”, frisa Maria Jose Gonzalez, diretora-executiva da ONG Cáritas em Los Teques.
A convite da Brasil Paralelo, Bruno Musa foi até a Venezuela para ver com seus próprios olhos a realidade nua e crua desse país. O economista e empreendedor conheceu a realidade dos venezuelanos tendo conhecido pessoas e ouvido relatos sobre a realidade do dia a dia.
A viagem ajudou a revelar o que é verdade e o que é mentira sobre o que é dito do país. O novo Original Brasil Paralelo é uma produção inédita contada pelo próprio povo venezuelano e com imagens inéditas feitas dentro do país.
A viagem virou o novo documentário da Brasil Paralelo: Infiltrados: Venezuela, que estreia em junho.
Toque no link e conheça essa história.
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