Na última sexta-feira (03/03), durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, 55 países assinaram uma declaração conjunta para denunciar crimes contra a humanidade ocorridos na Nicarágua sob o governo de Daniel Ortega.
Alguns dos principais países que assinaram foram os Estados Unidos, Alemanha, França, Canadá e Austrália.
Peritos da ONU concluíram que o regime de Daniel Ortega cometeu graves crimes contra a humanidade. Segundo eles:
“Violações generalizadas dos direitos humanos que equivalem a crimes contra a humanidade estão sendo cometidas contra civis pelo governo da Nicarágua por razões políticas".
Alguns crimes citados foram:
O governo brasileiro optou por não assinar a declaração. A negociação do texto final contou com a participação do Itamaraty. O governo Lula propôs um documento que abrisse espaço para diálogo com Ortega, mas os demais países não aceitaram.
Outros governos de esquerda na América Latina concederam cidadania aos apátridas nicaraguenses, como a Argentina e o Chile, mas o governo brasileiro não se posicionou. O presidente do Chile chegou a chamar Ortega de ditador.
NICARÁGUA: Liberdade Exilada
Elvira Cuadra, socióloga nicaraguense, falou sobre as irregularidades que o governo cometeu para comprar os canais de comunicação em entrevista para o novo Original BP, “NICARÁGUA: Liberdade Exilada”:
“Para conseguir o controle desses meios, utilizaram diferentes mecanismos como pressão, chantagem, o uso da publicidade estatal como castigo, extorsão. E isso começou a gerar nos meios nicaraguenses um processo muito rápido de autocensura”.
O documentário NICARÁGUA: Liberdade Exilada realizou uma investigação inédita sobre uma das maiores crises sociais do século XX e XXI.
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