Para muitos, os Jogos Olimpicos são uma oportunidade de realizar seus sonhos profissionais. As Olimpíadas são o ponto alto das carreiras de um atleta. Participar de uma dessas competições é chegar ao patamar mais elevado do esporte mundial.
Para outros, a competição representa uma das poucas formas de fugir da pobreza e opressão no país de onde vieram.
Veja a seguir cinco casos de atletas olímpicos que fugiram de ditaduras socialistas:
Pouco tempo antes do início das competições de 1948, a Tchecoslováquia entrou para a lista dos Estado-satélitie dominados pela União Soviética.
O Partido Comunista, com apoio soviético, conseguiu derrubar o governo em um movimento político que entrou para a história como o Golpe de Praga.
A técnica convocada para coordenar a equipe de ginástica feminina do país foi Marie Provazníková, uma das atletas mais conceituadas no esporte.
O problema era que Provazníková tinha uma forte atividade política dentro de seu país. Ela era uma importante ativista do movimento Sokol, um grupo que pregava ideais como liberdade, democracia, coragem e consciência nacional.
Ela também havia coordenado 28 mil ginastas em uma apresentação de apoio ao primeiro-ministro tcheco Edvard Benes, derrubado pelos comunistas.
Com medo de sofrer represálias na nação onde cresceu, a técnica aproveitou sua passagem em Londres para pedir asilo político ao governo americano.
Um artigo do New York Times da época afirma que ao ser questionada, a ginasta disse “ser uma refugiada política e ter orgulho disso”
Marie Provazníková a tornou a primeira pessoa conhecida a buscar refúgio em meio às Olimpíadas.
As primeiras Olimpíadas sediadas na Austrália aconteceram na cidade de Melbourne, em 1956.
O ano também foi marcado por um grande levante popular, que clamava por mais liberdade na Húngria. Na época, a nação era dominada pela ala Stalinista do Partido Comunista.
O governo soviético enviu tropas para reprimir o levante popular, resultando na morte de mais de aproximadamente 25 mil pessoas pelas ruas da capital húngara.
Assim que receberam a informação sobre o ocorrido, os esportistas decidiram que não retornariam para seu país natal.
Assim 45 atletas de diversas equipes, conseguiram fugir da vila olímpica e pediram refúgio em diversos países, principalmente para os EUA.
Durante as olimpíadas de Montreal, cinco atletas do outro lado da Cortina de Ferro conseguiram fugir e pedir asilo político no Canadá.
Quatro deles eram romenos, que conseguiram fugir separadamente da Vila Olímpica. O grupo pediu refúgio às autoridades canadenses, após o intermédio de amigos e familiares que moravam no país.
Já o saltador ornamental Sergey Nemtsanov fugiu dos aposentos de sua equipe durante a tarde.
No dia seguinte, as autoridades soviéticas informaram o desaparecimento e começaram a afirmar que o jovem de 17 anos havia sido sequestrado por terroristas.
Pouco tempo depois, foi informado que Nemtsanov havia buscado refúgio junto à imigração canadense e que estava morando com amigos no país.
Diferentemente dos demais nomes nesta lista, o jovem não fugiu por conta da miséria e perseguição política estabelecidas pelo Partido Comunista de seu país.
O motivo do pedido de refúgio foi o amor. O saltador havia se apaixonado por uma canadense de família rica e buscava continuar no país para manter seu relacionamento.
O atleta depois revogou seu pedido de asilo político e retornou para a URSS, participando das olimpíadas de Moscou em 1980.
Os Jogos Olímpicos de 2008 ocorreram na capital chinesa de Pequim, um lugar pouco propício para fugir em busca de liberdade.
Uma das partidas para garantir a vaga do time cubano sub-23, no entanto, ocorreu nos Estados Unidos.
Sete jogadores da equipe aproveitaram a oportunidade para pedir asilo político para o governo americano.
A fuga ocorreu na cidade de Tampa, Flórida. Os jovens cubanos conseguiram fugir do hotel em que a equipe estava hospedada e comparam um telefone para contactar um advogado.
A lei americana permite que qualquer cidadão cubano que pedir refúgio nos Estados Unidos receba status legal permanente e cidadania. Nenhum outro país recebe tal privilégio. Por essa razão, os jogadores conseguiram uma resposta quase imediata.
Em entrevista reportada pelo Miami Herald reportada pela ESPM, o jogador Yenier Bermúdez chegou a afirmar que:
"Claro, estamos nervosos porque somos jovens, não temos família aqui e ainda não conhecemos o modo de vida daqui, mas esperamos que as comunidades cubana e americana nos ajudem a começar."
A ilha caribenha tem uma tradição de atletas que aproveitam as viagens ao exterior para buscar uma nova vida em países com melhores condições.
Apesar do fim da Cortina de Ferro em 1991, os pedidos de refúgio em tempos dessas competições internacionais seguem sendo comuns.
Diversos atletas têm aproveitado a oportunidade para fugir de seus países de origem por questões políticas.
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