O Hospital das Clínicas, gerido pela Universidade de São Paulo, está fornecendo procedimentos médicos gratuitos para todos que desejarem “trocar de gênero”. Dentre os procedimentos estão a aplicação de hormônios característicos do sexo oposto, cirurgia de redesignação sexual e bloqueio da puberdade.
Dos 380 pacientes, 100 são crianças de 4 a 12 anos de idade. Outros 100 pacientes são jovens de 13 a 17 anos.
"Atualmente temos disponível no Brasil uma injeção para fazer o bloqueio hormonal assim que a criança for entrar na puberdade", disse ao G1 a endocrinologista pediátrica Leandra Steinmetz, do Instituto da Criança e do Adolescente do HC da USP.
Atualmente, 160 famílias com crianças e adolescentes que não se identificam com o gênero que nasceram aguardam na fila para serem atendidos pelo Hospital das Clínicas.
Os procedimentos de transição de gênero causam discussões na sociedade brasileira e no mundo. Há grupos contrários e a favor, reconhecendo ou não a ideologia de gênero.
Entenda a opinião de cada grupo:
Grupos conservadores e religiosos criticam a ideologia de gênero, que serve de base teórica para dar suporte às cirurgias de transição de gênero.
O Colégio Americano de Pediatria realizou um estudo científico sobre os perigos da transexualidade e da Ideologia de Gênero, principalmente sobre a transexualidade infantil.
Os nomes que mais se destacam são:
Os resultados podem ser resumidos em cinco pontos que mostram possíveis perigos que a Ideologia de Gênero pode oferecer às crianças.
XX e XY identificam um estado de saúde e não um transtorno. A sexualidade humana é objetivamente binária, não havendo outras opções. A intenção clara vista nesta divisão natural é a reprodução da espécie humana, conforme apontam estudos sobre mitose e meiose.
Todos os seres humanos nascem com sexo biológico e a consciência de ser homem ou mulher é desenvolvida com o tempo. Como todo processo de desenvolvimento, esta consciência pode ser influenciada por fantasias subjetivas da infância. Mesmo que um grupo venha a se identificar com outro sexo, continuam pertencendo ao seu sexo biológico.
Estes dados são resultados das estatísticas presentes no Guia Clínico do DSM-V para psicólogos e psiquiatras.
Quando uma pessoa ingere hormônios do sexo oposto, ela pode alterar sua pressão arterial, causar formação de coágulos no sangue, provocar acidentes cardiovasculares e aumentar a propensão ao câncer, dentre outros problemas.
Os dados descobertos pelo Colégio Americano de Psiquiatria referem-se a adultos que ingerem hormônios que não são compatíveis com seu sexo biológico. Os resultados também levam em consideração aqueles que já fizeram cirurgia de mudança de sexo.
No livro-entrevista “São João Paulo II, o Grande”, o Papa Francisco afirmou que "a teoria de gênero é um mal”.
Segundo ele:
“É um projeto ideológico que não leva em conta a realidade, a verdadeira diversidade das pessoas. É o ataque contra a diferença, contra a criação de Deus, contra o homem e a mulher".
O Ambulatório Transdisciplinar de Identidade de Gênero e Orientação Sexual da USP defende que a transição de gênero é um processo de adequação da pessoa transsexual ao seu verdeiro eu. Segundo documento oficial da instituição:
“A noção de ´gênero´, identidade de gênero mais precisamente, difere da concepção de ´sexo´, macho ou fêmea, que se refere às características psicológicas associadas e construídas em relação ao sexo biológico do indivíduo.
Geralmente, as crianças têm a sua identidade de gênero congruente com seu sexo biológico, mas não são todas que se identicam totalmente com as características sexuais do seu nascimento”.
Alexandre Saadeh, coordenador do ambulatório de transtorno de identidade de gênero do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (HC), disse para a BBC Brasil que as pessoas transgênero são menos de 1% da população e estão presentes em "todas as culturas" e ao longo de toda a história.
Segundo ele, a ciência ainda não sabe explicar ao certo o que faz uma pessoa ser transgênero, mas Saadeh defende que existe uma "base biológica" para essa condição.
A teoria de gênero se tornou pauta política em todo o país. Gerou discussões em famílias, escolas e grupos religiosos.
Para explicá-lo da melhor forma, a Brasil Paralelo lançou uma minissérie chamada As Grandes Minorias. No episódio 2, abordamos o que é Ideologia de Gênero e suas consequências na educação, nos esportes e na sociedade em geral. Não deixe de assistir.
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