Jordan Peterson é um pesquisador acadêmico e psicologo clínico que alcançou fama global após se opor a uma lei que obrigaria os canadenses a usarem pronomes neutros.
Após debates com jovens universitários violentos, Jordan fez sucesso em seu canal do YouTube e vendeu milhões de livros, tendo se tornado um dos intelectuais mais famosos e aclamados da atualidade.
Sua fama também foi conquistada devido a seus ensinamentos alinhados a tradição da cultura ocidental. Dentre suas principais ideias estão:
As posições firmes e contrárias ao politicamente correto fizeram Jordan Peterson ser muito criticado na mídia, gerando debates que marcaram a internet. Neste resumo biográfico, é possível entender seu pensamento e os motivos para tantas polêmicas.
Jordan Peterson nasceu no dia 12 de junho de 1962 na cidade de Edmonton, no Estado de Alberta, no Canadá. Ele é filho de Walter e Beverley Peterson e possui dois irmãos. Peterson não foi criado onde nasceu, passou a infância em uma cidade pequena chamada Fairview.
Seu pai era professor e sua mãe bibliotecária, o que já aproximava Peterson dos livros. Mas foi a proximidade com Sandy Notley, bibliotecária da escola onde estudava, que Jordan Peterson conheceu Aleksandr Solzhenitsyn, Aldous Huxley, Ayn Rand e George Orwell, autores que compõem parte significativa da sua formação intelectual atual.
Peterson conta no capítulo 3 do seu livro “12 Regras para a Vida”, que a infância nesta cidade era muito afetada pelo frio. No inverno chegava a 40° graus negativos e em alguns dias o sol nascia apenas às 9h e 30min, o que fazia as pessoas passarem boa parte do dia no escuro. Devido inospitalidade do clima, era difícil para uma criança ter a rotina normal de brincar na rua e sair para lugares:
“Não havia muito para os jovens fazerem em Fairview, mesmo no verão. Mas os invernos eram piores. Por isso, seus amigos eram importantes. Mais do que qualquer outra coisa.” (Jordan Peterson)
Essas circunstâncias marcaram a vida de Peterson, pois ele percebeu a importância de selecionar as pessoas que te cercam. O contexto da cidadezinha o condicionava a continuar lá, vivendo uma vida pacata e sem grandes ambições.
Para Jordan Peterson, Fairview tinha uma “cultura adolescente deprimente e limitada”. A sua diversão quando adolescente era dirigir pela cidade com seus amigos ou participar de festas regadas a drogas e álcool.
No Ensino Médio, os amigos que Peterson possuía, das festas e aventuras de carro, abandonaram a escola. Assim sendo, ele fez amizade com dois novatos que vieram de outra cidade.
Ao contrário dos seus antigos amigos, esses eram ambiciosos, confiáveis, legais e divertidos. A postura deles incentivou Jordan Peterson a buscar uma faculdade. Terminando o Ensino Médio, ele foi para a Faculdade Regional de Grande Praire que fica a 150 km de sua cidade natal.
Na Faculdade Regional de Grande Praire, Jordan Peterson entrou em Literatura Inglesa e Ciência Política e, na metade do curso, transferiu-se para a Universidade de Alberta, onde formou-se em Ciência Política em 1982.
Durante a adolescência, Jordan Peterson também envolveu-se com a política. Trabalhou no Novo Partido Democrático (NPD), mas decepcionado com as ideias do movimento, abandonou-o aos 18 anos de idade.
Após se formar, Jordan Peterson visitou a Europa e ficou muito interessado na temática da Guerra Fria, principalmente do ponto de vista psicológico. Ele se questionava o que levava uma pessoa a ser capaz de tanta maldade e causar tanta destruição.
Em busca dessa resposta, ele se debruçou nas obras de Fyodor Dostoyevsky, Aleksandr Solzhenitsyn, Friedrich Nietzsche e Carl Jung. Quando voltou da Europa, ele estudou para conquistar seu bacharelado em psicologia na Universidade de Alberta em 1984.
Em 1985, Peterson mudou-se para Montreal e estudou na Universidade McGill onde obteve ph.D em psicologia clínica em 1991. A sua tese foi chamada de “Potenciais marcadores psicológicos para a predisposição ao alcoolismo”. Ele continuou na faculdade até 1993 com as suas pesquisas no pós-doutorado no Hospital Douglas da McGill.
Do ano de 1993 a 1998, Jordan Peterson dirigiu pesquisas e ministrou aulas no departamento de psicologia da Universidade de Harvard como professor assistente e professor associado.
Em 1998, ele começou a trabalhar como professor titular da Universidade de Toronto, cargo do qual ele se demitiu em 2022. Sobre o pedido de demissão, Jordan disse:
"A possibilidade de que meus estudantes de pós-graduação homens, brancos e heterossexuais – tenho muito outros, certamente -, extraordinariamente qualificados e preparados, recebam uma oferta para um cargo de pesquisa na universidade são mínimas, apesar de seus brilhantes currículos científicos... Meus alunos também são em parte inaceitáveis precisamente porque são meus alunos, e eu sou academicamente uma persona non grata por causa dos meus inaceitáveis posicionamentos filosóficos".
Ele afirmou estar em uma posição moralmente insustentável, concluindo: “Como posso em consciência aceitar pesquisadores e formá-los sabendo que suas possibilidades profissionais são ínfimas?”
Os estudos de Jordan Peterson giram em torno da religião, ideologia, psicologia clínica e comportamento social.
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Jordan Peterson é um intelectual acadêmico que se preocupa com questões técnicas da área da psicologia, mas também se envolve em assuntos polêmicos. Algumas das principais ideias de Peterson são:
Peterson acredita que antes de alguém tentar transformar o seu mundo em algo melhor, ela precisa se manter em ordem e manter a sua casa limpa. A questão é a valorização da responsabilidade individual, a pessoa é responsável por se fazer bem e estar bem, só a partir daí ela poderá ajudar o outro.
Para Jordan Peterson, a vida humana deve girar em torno de um significado mais profundo e que só pode existir mediante ao desenvolvimento de um caráter frente ao sofrimento. Pois se o indivíduo objetiva-se a felicidade, como ele poderia suportar épocas tristes? A título de exemplo, Peterson usa as pessoas que sobreviveram aos campos de concentração comunistas durante a União Soviética.
Jordan Peterson defende que o feminismo parte de uma compreensão falsa sobre o que é o patriarcado. Para ele, a ideia de que os homens são privilegiados é uma concepção falsa.
As feministas acusam os homens de possuírem a maior parte do dinheiro do mundo, ocupar mais cargos de liderança nas empresas e de ocuparem a maior parte dos cargos políticos. Jordan Peterson pontua que isso trata-se de uma parcela muito pequena dos homens.
Enquanto essa pequena parte é usada para definir um suposto privilégio masculino, uma grande parte dos homens estão em trabalhos arriscados que pagam pouco e exigem muito. Além disso, a maioria dos moradores de rua são homens e os homens também constituem o maior número de pessoas assassinadas.
Para Jordan Peterson o politicamente correto carrega os princípios dos movimentos totalitários do século XX. A cultura do cancelamento que tenta controlar o comportamento dos outros é um autoritarismo socialmente aceito.
O politicamente correto cria um ser humano ideal que nega a própria natureza da humanidade que é a falibilidade, ou seja, a noção que o ser humano é imperfeito e está sujeito a falhar. O politicamente correto tenta algo impossível e utópico, o que só gera frustrações em uma juventude que acredita nele.
O maior exemplo da luta de Jordan Peterson ao politicamente correto é a crítica do intelectual às leis que obrigam o uso do pronome neutro.
Normalmente as pessoas entendem o mito como a mentira e a crença como a verdade, para Jordan Peterson essa visão está errada. O mito não é sinônimo de falsidade, ele é o que dá significado às coisas. O ser humano tem o seu pensamento pautado nos mitos que compartilha com os outros membros da sociedade.
O mito é uma história compartilhada e que segue uma tradição oral, ele pauta a nossa visão sobre o mundo e forma a nossa cultura. O ser humano precisa atribuir significado às coisas para viver.
As coisas são o seu significado. Essa é a limitação da ciência, tentar entender a coisa como ela é e não o seu significado. O campo do significado é o campo do mito e da crença, que são fundamentais para o ser humano.
No dia 18 de fevereiro de 2018, Dorian Lynskey escreveu uma matéria para o The Guardian intitulada de “Quão perigoso é Jordan B Peterson, o professor de direita que ‘bateu em um ninho de vespas’”.
Nesse artigo o autor fala que os argumentos de Jordan Peterson estão repletos de teorias conspiratórias e distorções brutas. Para ele, Peterson escreve para conservadores cristãos, libertários ateus, especialistas centristas e neonazistas.
Segundo Dorian, Peterson fortalece a polarização com o seu machismo intelectual e atacando ideias das quais discorda de bobas, ridículas, absurdas e insanas. Além de descredibilizar seus colegas da universidade os colocando como pessoas má intencionadas.
A visão expressa no The Guardian evidencia como Peterson é visto por boa parte da mídia. Ele é enquadrado em uma extrema-direita que flerta com neonazistas e com a intolerância por criticar pautas que são consideradas intocáveis por grupos de jornalistas e professores universitários.
Peterson ergueu-se contra a ideologia de gênero, o feminismo e o politicamente correto. Indo em grandes emissoras desmascarar argumentos que eram tratados como sagrados.
Ao contrário dos dois primeiros tópicos da lista, os debates de Peterson na TV não eram ambientes para que ideias fossem aprofundadas, mas sim armadilhas para desmascarar o suposto reacionarismo e intolerância do autor.
A maior parte do público julgou que Peterson se saiu muito bem em todos esses debates e isso foi uma das causas de sua fama. São dezenas de debates neste estilo disponíveis no YouTube:
Jordan Peterson possui uma vasta produção acadêmica com participação em mais de 100 artigos. Ele também produz dezenas de palestras e vídeos para a internet, além de 3 livros muito famosos:
Jordan Peterson passou 15 anos da sua vida trabalhando neste livro. A obra é um estudo profundo sobre como as pessoas constroem crenças e atribuem significado ao mundo. Peterson também investiga o impacto das crenças nas emoções das pessoas. Para ele:
“Descobri que as crenças fazem o mundo, de uma maneira real - que as crenças são o mundo, em um sentido mais que metafísico. Tudo é algo e significa algo - e a distinção entre essência e importância não é necessariamente suscitada. Temos um cenário de essências, e um fórum de ação, onde o significado é altamente relevante”.
O autor afirma no livro que:
“os grandes mitos e histórias do passado, particularmente aqueles provenientes de uma tradição oral mais antiga, tinham um intuito moral em vez de serem descritivos. Assim, eles não se preocupavam com o que o mundo era da forma como um cientista se preocupar, mas com a forma como um ser humano deveria agir.”
Este livro tornou-se um best-seller internacional. Ele surgiu a partir de uma resposta que Jordan Peterson deu a uma pergunta em um site chamado Quora, uma plataforma de perguntas e respostas do Canadá.
Os usuários podiam avaliar a resposta dando-a um “gostei” ou um “não gostei”. Jordan Peterson respondeu à pergunta: “Quais são as coisas mais valiosas que todos deveriam saber”. Em sua resposta, o intelectual listou diversas regras fundamentais para uma vida plena. A repercussão da resposta foi gigante e o público adorou a lista.
Baseado nesta lista, em seus estudos e em seu primeiro livro, ele escreveu 12 Regras para a Vida: Um Antídoto ao Caos onde ensina como fazer para ter uma vida com mais sentido e propósito.
Como o próprio título sugere, Além da Ordem é um complemento ao 12 Regras para a Vida. Ele traz novas ações que ajudam a pessoa a ter mais significado e propósito em um mundo extremamente caótico.
Quando confrontado por essa pergunta, Jordan Peterson nega-se a responder, pois diz que isso seria ser enquadrado de maneira binária e que ele não entende a que se refere quem pergunta se ele “Acredita em Deus”.
A resposta de Peterson é simples: ele age como se Deus existisse. Dizendo isso, deixa para seu ouvinte decidir se isso é acreditar em Deus ou não. Contudo, após essa afirmação, ele faz uma discussão mais complexa sobre a divindade de Jesus Cristo:
Este debate foi um dos mais marcantes da vida intelectual no século XXI. O interlocutor de Peterson é o filósofo conservador Roger Scruton, homem responsável por criar as bases do conservadorismo atual. Autor de diversos livros sobre o tema, ele entrou para o panteão desse pensamento político junto a Edmund Burke, Russell Kirk e Michael Oakeshott.
Slavoj Zizek é um dos maiores intelectuais vivos da esquerda. Ele é um crítico ao capitalismo, liberalismo e ao politicamente correto. Ele é considerado, junto com Peterson, um dos intelectuais vivos mais influentes do mundo.
O melhor passo para começar a estudar o pensamento de Jordan Peterson é pelo livro “12 Regras para a Vida: um antídoto para o caos”. Ele faz uma introdução ao pensamento do autor e possui uma leitura mais fácil do que seus artigos acadêmicos ou a obra Mapas dos Significados.
Além do livro, é interessante seguir Peterson nas redes sociais onde ele é bastante famoso e posta com uma boa frequência.
Em fevereiro de 2020, Jordan Peterson distanciou-se do seu trabalho na internet por problemas de saúde. Ele foi internado em um hospital na Rússia pela sua dependência em um remédio para ansiedade chamado benzodiazepina e uma tendência suicida.
O seu tratamento foi muito desgastante e Peterson precisou do suporte de sua família e acompanhamento médico. Ao final de 2021, ele fez um vídeo anunciando o retorno de suas atividades na internet:
Meses depois, Jordan se recuperou e voltou com as palestras presenciais.
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