“Mr. Gorbachev, open this gate. Mr. Gorbachev, tear down this wall”. Com essas palavras, o presidente americano Ronald Reagan pedia a demolição do Muro de Berlim. Em 1989, o muro caiu. O capitalismo e os valores do Ocidente pareceram vitoriosos sobre o socialismo. Mas outra realidade é percebida ao estudar o que foi os trabalhos da Escola de Frankfurt, especialmente sobre a indústria cultural.
A escola de Frankfurt foi uma das escolas de pensamento mais importantes para a cultura ocidental do século XX adiante, afirma o professor de filosofia Guilherme Freire. Ela surgiu sob o nome de Instituto de Pesquisas Sociais na Universidade de Frankfurt, Alemanha. Desde o princípio, foi criada com a finalidade de destruir a cultura ocidental, atacando o capitalismo, a dimensão religiosa da vida e a tradição clássica.
O marxismo original foi adaptado para que influenciasse o Ocidente e mudasse a cultura por meio das ideias e da linguagem, alterando os hábitos das pessoas.
Os principais pensadores da Escola de Frankfurt eram filósofos ou sociólogos marxistas, como:
As ideias desses teóricos permanecem vivas nos dias de hoje, sobretudo nas universidades e nas grandes mídias de comunicação. A partir do ensino acadêmico e da formação de novos profissionais, as ideias frankfurtianas permeiam a cultura.
Estes pensadores desenvolveram o Marxismo Cultural, uma vertente já existente das ideias de Marx.
A Escola de Frankfurt está inserida no contexto histórico do século XX. Apesar das duas guerras mundiais, os trabalhadores não se uniram contra seus patrões como Marx previa. Além disso, devido à Revolução Russa, as discussões sobre a implementação de regimes socialistas se fortaleciam.
A queda do Muro de Berlim não significou o fim das ideias socialistas. Ao contrário, seu aparente fim serviu para estas ideias fortalecerem-se no Ocidente. Não há dúvidas de que os Estados Unidos venceram militarmente, mas a verdade é que o povo americano entregou sua cultura ao inimigo.
Todavia, antes de entender o que foi a Escola de Frankfurt, é preciso retomar o socialismo tal qual Marx o concebeu, um aspecto da filosofia de Hegel e as principais características da cultura ocidental.
Karl Marx defendeu que a sociedade era injusta por explorar o trabalhador. Para vencer essa injustiça, acreditou que a solução estava no método revolucionário. Ele esperava que a classe trabalhadora tomasse o governo à força, com violência, e implantasse a ditadura do proletariado.
Marx descreveu uma ditadura necessária e provisória, que controlaria os meios de produção, até então em posse dos burgueses, a fim de acabar com as desigualdades.
Quando tudo estivesse sob o controle do proletariado, sua ideia era que a sociedade não precisaria mais de governo. Também não haveria mais classes sociais. Este seria o estágio do comunismo.
Em O Manifesto do Partido Comunista, Marx convocou o proletariado a se unir, porque imaginava que os trabalhadores dos vários países europeus lutariam juntos contra o capitalismo.
Ele acreditou que o capitalismo seria o próprio responsável por seu próprio fim e que os operários uniriam forças em uma grande revolução. Nada disso aconteceu e, após as guerras, o capitalismo assumiu outras formas e saiu fortalecido.
Com a Primeira Guerra Mundial, os proletários do mundo não se uniram contra seus patrões, mas sim uns contra os outros.
A crise do marxismo levantou uma questão:
Quem alienou os trabalhadores?
Segundo Marx, alienado é aquele que abdicou de seus direitos de classe e os outorgou a outrem. É a situação de quem não luta por si mesmo, mas pelos outros.
A civilização ocidental foi culpada.
O princípio da filosofia hegeliana é que o mal possui uma força criativa. Cada vez que ideias são confrontadas, isto é, teses contra antíteses, surge uma síntese superior, melhorada.
Hegel acreditava que não existe uma verdade absoluta, pronta e objetiva. Sempre haverá embate entre ideias, e uma nova e melhor surgirá como resultado.
Consequentemente, o mundo sempre estará mudando em sua forma de pensar, contanto que as ideias sejam combatidas por opostos, a fim de que surjam novas ideias, as sínteses. Todavia, elas não permanecerão assim, pois aparecerão outras ideias contrariando-as e assim por diante…
O Ocidente é sustentado pelo encontro de Jerusalém, Atenas e Roma. A ética judaico-cristã, a filosofia grega clássica e o pensamento jurídico romano formaram uma única identidade.
Em suma, a cultura ocidental reconhece uma moralidade objetiva, a relação do homem com Deus, sua essência e seus direitos naturais.
Mas é suficiente ler alguns autores explicando o que foi a Escola de Frankfurt para perceber que o pensamento que dela surgiu contraria tudo isso.
Antonio Gramsci vira, na União Soviética, os limites da teoria marxista. Foi quando entendeu que era preciso mudar a cultura para implantar nas pessoas a mentalidade socialista. A ele deve-se o marxismo cultural.
Entretanto, restava ainda a necessidade de estudar como implantar o marxismo na mentalidade das pessoas.
Em 1923, Felix Weil, filántropo e acadêmico alemão de origem argentina, fundou o Instituto de Pesquisa Social na Universidade de Frankfurt. Fundou-o conjuntamente com Georg Lukács, um filósofo marxista.
A função do Instituto era estudar a civilização ocidental para entender como destruí-la. Efetivamente, sua fundação ocorreu em 22 de junho de 1924, colocando em prática o que no ano anterior eram apenas ideias.
Seis anos mais tarde, em 1930, outro teórico marxista assumiu o cargo de diretor da Escola de Frankfurt, Max Horkheimer, do qual ainda falaremos.
Em 13 de março de 1933, o Instituto frankfurtiano foi fechado pelo governo prussiano, na ausência de seus diretores Max Horkheimer e Friedrich Pollock. Alguns meses mais tarde, o edifício foi expropriado e cedido para a utilização da Liga Estudantil Nacional-Socialista.
Já na década de 40, durante a Segunda Guerra Mundial, muitos integrantes judeus da Escola de Frankfurt transferiram-se para Genebra (Suíça), Paris (França) e Nova Iorque (EUA). A mudança compulsória que sofreram foi ocasião para a difusão de suas ideias em outros países.
Tratando-se de uma escola de análise e pensamento filosófico, o objetivo da Escola de Frankfurt foi destruir a cultura ocidental a partir de uma ótica marxista.
Fundamentalmente, os pensadores de Frankfurt, desenvolveram dois importantes conceitos:
Ambos os conceitos precedentes envolvem ideias filosóficas com finalidades sociais, isto é, ideias pensadas para serem aplicadas na sociedade.
Os principais pensadores da escola de Frankfurt reconheceram que a teoria marxista tradicional não podia explicar o desenvolvimento das novas sociedades capitalistas, nem impedi-las.
Por considerarem os seguidores de Marx apenas repetidores de ideias, buscaram ir além da defesa do partido e do comunismo.
Somou-se a isso a percepção que tiveram: a revolução não iria atingir o sucesso pleno e mundial que Marx descrevera. Ao menos, não conseguiria pela violência, se fosse causada por guerrilhas ou por governos ditatoriais.
O marxismo original foi complementado com a psicanálise freudiana, a filosofia existencialista e a filosofia da linguagem.
A própria ideia positivista foi desacreditada. De acordo com os positivistas, o avanço moral da sociedade caminharia lado a lado com o avanço da ciência e da escolarização. Apesar disso, o aumento das tecnologias, do conhecimento e da educação não foi capaz de impedir as guerras.
Era preciso mudar o foco.
Gramsci foi o pioneiro na compreensão de que era necessário destruir a cultura ocidental em vez de tomar o governo pelas armas. Sua ideia era dominar a cultura sem que a estratégia fosse descoberta.
A mudança cultural deveria ter aparência de luta pela dignidade e liberdade do homem. Ele defendeu que o início da nova sociedade só aconteceria mediante a mudança interior das pessoas.
Gramsci e a Escola de Frankfurt descobriram que a cultura é, de alguma forma, uma religião exteriorizada.
Consequentemente, o marxismo cultural não envolve a luta armada, mas sim a posse da cultura, de forma que as pessoas passem a enxergar o mundo de forma dividida, como se a história fosse apenas formada por opressores e oprimidos.
Mas como levar as pessoas a abandonar a herança tradicional que haviam recebido?
Os estudos filosóficos da Escola de Frankfurt ficaram conhecidos como teoria crítica, opondo-se à teoria tradicional. A tradicional foi criada para ser neutra, a crítica para destruir a realidade e reconstruí-la segundo a ideologia marxista.
Tradicionalmente, estudavam-se os conceitos e apenas depois de entender a realidade de forma objetiva e verdadeira, analisava-se quais ações eram necessárias para gerar alguma mudança.
A teoria crítica, ao contrário, critica o máximo possível as condições sociopolíticas e econômicas, focando não a análise da realidade, mas a crítica em primeiro lugar. Na dialética hegeliana, a crítica recebeu ainda mais força.
O importante é criticar o máximo possível, desconstruir, rejeitar, ridicularizar e ocultar o máximo possível dos valores ocidentais. O modo de operar frankfurtiano não é construtivo, é sempre destrutivo.
A religião, a moral, a filosofia grega e até mesmo as teorias marxistas clássicas são atacadas.
A teoria crítica é a politização da lógica. Horkheimer declarava que a lógica não é independente do conteúdo, mas sim que é um instrumento político. Este raciocínio aplicado significa dizer que um argumento lógico apoia a destruição das bases culturais do Ocidente. Por outro lado, se as defende, é ilógico.
Surgiu também a noção do politicamente correto, que despreza o debate aberto e sem censura. Quanto mais o discurso for censurado e impedido de chegar às pessoas, mais facilmente se distorce a realidade para fins ideológicos.
Os principais pensadores da Escola de Frankfurt consideravam que a verdade é algo impossível de ser encontrado. Sendo assim, ensinaram que as ideias precisam sempre estar em choque, como explicado na filosofia de Hegel.
A teoria crítica é ensinada principalmente nas universidades, para que os estudantes aprendam a rejeitar a civilização ocidental e tudo o que ela representa. Acreditam que somente assim o homem será livre e o mundo, um lugar melhor.
Um problema ainda maior é que os pensadores de Frankfurt não tinham um projeto para ser aplicado após a destruição.
Seguindo os passos de Hegel, esses neomarxistas esperavam que da ruína, do caos, a ordem surgisse de alguma maneira desconhecida.
Para Horkheimer, o objetivo da teoria crítica era:
“…libertar os seres humanos das circunstâncias que os escravizam”.
De acordo com a teoria formulada na Escola de Frankfurt, a sociedade está permeada de uma lógica proposital, que cria um padrão artístico e cultural da mesma forma que uma fábrica produz seus bens em uma esteira de produção.
Os valores tradicionais, capitalistas e burgueses, padronizados, perpetuam-se pela indústria cultural. Tudo o que é produzido destina-se a sustentá-los.
As relações trabalhistas consolidadas por anos, somadas aos meios de comunicação, dizem os frankfurtianos, manipula a população sem que esta perceba.
Theodor Adorno e Max Horkheimer defendiam que esta é uma das maneiras utilizadas pela cultura capitalista para dominar a sociedade.
Por tudo isso, a indústria cultural é uma forma do capitalismo manter as pessoas alienadas, produzindo uma cultura que não resolve as injustiças sociais entre as classes.
Os pilares da indústria cultural são basicamente três:
A erudita é produzida por uma elite cultural, refinada, com alto valor estético e mais elaborada. Para os pensadores de Frankfurt, deveria ser preservada e usada como meio para atingir as camadas intelectuais com ideias marxistas.
A popular também é considerada autêntica. Está vinculada às culturas tradicionais intuitivas, vividas pelo povo, sem refinamento técnico. Igualmente, é um meio para garantir que a desconstrução ocidental alcance as camadas populares.
A de massa é considerada inautêntica, porque é entendida como o resultado da fusão dos elementos capitalistas. Segundo os teóricos de Frankfurt, ela é pensada para perpetuar o domínio burguês em todas as classes sociais.
A função da cultura de massa é entreter as pessoas para que se distraiam dos verdadeiros problemas. Por esta razão, deve ser destruída e o instrumento para tal é a crítica.
A dialética de Hegel é o meio de combate, para que por meio dele surja algo melhor.
Na Escola de Frankfurt, considera-se que os trabalhadores não se uniram contra aqueles que os oprimiam porque estavam embebidos da cultura de massa, que os impediu de lutar.
A conclusão a que esses pensadores chegaram é que a militância, a revolução cultural e uma nova educação artística seriam fundamentais para a libertação da opressão que atinge a sociedade.
As principais características da Escola de Frankfurt são:
Horkheimer e Adorno se empenharam em convencer os americanos de que eles próprios eram os grandes fascistas da história. Juntos, escreveram o livro A Personalidade Autoritária.
A intenção da obra era atrelar a civilização ocidental ao fascismo, fazendo crer que o capitalismo, a civilização ocidental e o Cristianismo eram a fonte do mal.
A difusão dos propósitos da Escola de Frankfurt encontrou apoio na criação de um inimigo.
Os americanos eram fervorosos defensores da liberdade e fortemente contrários ao fascismo. Por esta razão, levá-los a crer que tinham atitudes fascistas na própria cultura era o caminho para mudar seus pensamentos e hábitos.
A América começou a ver em seus valores mais ricos, os mesmos que os fortaleciam diante do mundo, símbolos de autoritarismo que deveriam acabar.
O livro A Personalidade Autoritária inclusive apresentou os graus que marcam os traços fascistas em cada pessoa.
Pollock elaborou a vertente econômica do projeto da teoria crítica e ficou conhecido por seus estudos sobre o capitalismo de Estado.
Em 1941, em seu livro State capitalism: its possibilities and limitations, defendeu que vários países da Europa e os Estados Unidos estavam transitando do capitalismo privado para o capitalismo de Estado.
Neste novo modelo, o mercado foi retirado de sua função de coordenador da produção e da distribuição. O substituto foi o Estado. Por esta razão, os meios econômicos foram substituídos pelos meios políticos.
O capitalismo de Estado, segundo Pollock, pode ser totalitário, como o nacional-socialismo; ou democratico, como na América. De qualquer forma, o poder político sobrepõe-se à economia.
Philipp Lenhard, editor das obras reunidas de Pollock na Alemanha, considera que “a teoria do ‘capitalismo de Estado’, também chamada mais tarde de ‘mundo administrado’ ou ‘capitalismo tardio’, marca o verdadeiro início da teoria crítica”.
De acordo com Pollock, abandona-se, assim, uma era predominantemente econômica para se alcançar uma era predominantemente política.
Herbert Marcuse escreveu Eros e Civilização na década de 50. Nesta obra, traçou um programa de revolução hippie, sexual e a estratégia pacifista.
Ele uniu os pensamentos de Marx e Freud e alcançou, como conclusão, a tese de que o americano é agressivo porque reprime o sexo. Ora, a solução proposta por Marcuse, diante desse resultado, foi abandonar os tabus sexuais.
Segundo ele, o homem faz guerra por causa de sua agressividade, resultante de não fazer sexo. Logo, se fizesse sexo sem restrições, seria menos agressivo e não provocaria guerras.
Marcuse escreveu que a repressão sexual era um instrumento de manutenção do capitalismo. Não foi à toa que a revolução hippie foi fruto de seu pensamento. O slogan “Paz e Amor” torna-se autoexplicativo nesse contexto, bem como “Faça amor, não faça guerra”.
Com os jovens vivendo os prazeres de forma livre e sem impedimentos, seriam mais pacíficos e não fariam guerras, levando o sistema capitalista à ruína. O mesmo aplica-se às intenções de Woodstock.
A Escola de Frankfurt buscou realizar a revolução marxista alterando a forma das pessoas lidarem com sua sexualidade. O problema era o pressuposto de que, com o fim da moral sexual, o que surgiria seria melhor.
A transgressão dos jovens foi acompanhada pelo uso de drogas, em altas doses. A realidade foi a da doença e da depressão, do vício, do hedonismo e, no pior dos casos, a perda do sentido da vida.
Sobre estas consequências, veja os artigos sobre:
A partir do final da década de 1920, ele representou um socialismo democrático e humanista influenciado principalmente por Freud e Marx.
Suas contribuições foram maiores no que ficou conhecido como psicanálise humanística. Abordou o que considerava ser as necessidades básicas do ser humano: a de liberdade e a de pertencimento.
A partir disso, descreveu as possíveis personalidades das pessoas, os tipos receptivos, exploradores, acumuladores, marqueteiros, necrófilos e produtivos. Segundo Fromm, apenas os produtivos eram autênticos por saberem cuidar da própria autoestima antes de cuidar dos outros.
Outro tema sobre o qual escreveu foi sobre o fardo da liberdade, que vem carregada de limitações, dores e sofrimento.
Dissertando sobre os dilemas humanos, explicou que as pessoas sofrem por pensarem sobre a morte, por buscarem uma autorrealização impossível e por se sentirem isoladas.
Como humanista socialista, apresentou um trabalho menos sofisticado entre os colegas participantes da Escola de Frankfurt.
A tudo isso chamou de dicotomias existenciais, que muitos resolvem pensando que existe uma vida após a morte, como forma de significar a vida.
Seu conteúdo filosófico não foi tão preponderante como o dos demais. Sua importância é ancorada no fato de que foi o diretor da propagação do marxismo cultural nas universidades alemãs.
O sucesso foi alcançado já na década de 50. O que já dominava a Alemanha Oriental alcançou a Ocidental com dinheiro do governo e de organizações milionárias.
Em sua produção teórica, o que mais se destacou foi sua distinção entre pensamento propositivo racional e o pensamento comunicativo.
O primeiro seria um pensamento lógico dirigido a um fim para produzir resultado definido. O segundo seria baseado na busca de um vago consenso de harmonia entre as pessoas.
Habermas e todos os outros pensadores que criaram ou participaram da Escola de Frankfurt, apesar de focos em áreas de estudo diferentes, tinham o mesmo objetivo: destruir o modelo de família ocidental.
Para o pensamento marxista, a família é uma instituição burguesa que perpetua valores opressores. A família é uma entidade que cria os filhos de forma autoritária, gera adultos submissos, obedientes e dependentes.
Ela precisa ser extinta, porque impede a revolução, já que se baseia na propriedade privada, na opressão patriarcal e na ética social burguesa.
Em suma, a família replica o fascismo por causa do que ensina, como foi explicado. Baseando-se nesses pensamentos, a Escola de Frankfurt entendeu onde deveria atuar para desfazer a educação que os filhos recebiam em casa.
Para controlar a cultura, é fundamental controlar a linguagem e as ideias. Disso decorre a infiltração nos canais institucionais, como a mídia e a educação.
Como a revolução cultural deve ser lenta e gradual, passando a impressão de naturalidade, o melhor caminho seria formar profissionais para as gerações futuras. No Brasil, por exemplo, há décadas dominando o sistema de ensino e a mídia, o pensamento socialista já possui hegemonia cultural.
Pela política, alcançou-se a dominação de espaços e da classe falante: jornalistas, cineastas, psicólogos, padres, juízes, políticos e escritores.
O ensino nas escolas e faculdades está vinculado ao projeto de destruição da família. Para tirar a autoridade dos pais, é preciso ensinar de modo diferente do deles em todos os níveis de ensino; é preciso reprogramar a sociedade.
Por meio de uma educação controlada, consegue-se um ensino igual, que exclui o pensamento independente.
Estudantes em todo o país aprendem sobre política em sala de aula, mas não o conteúdo em si. Aprendem a criticar os governos que se opõem ao socialismo e consideram um inimigo quem os defende.
O debate com opositores das ideias marxistas não é incentivado, antes evitado. Quem pensa de forma contrária deve ser denunciado, acusado, mas não ouvido.
Já tendo percebido o que foi a Escola de Frankfurt, não é difícil perceber o abandono da tradição grega, patrística, escolástica e até a moderna. Aristóteles, São Tomás de Aquino e até mesmo modernos como Hegel, Fichte, Schelling e Goethe foram deixados de lado.
Nenhuma dessas filosofias seria necessária se as regras do “pensamento correto” da Escola de Frankfurt fossem seguidas.
O Cristianismo representa, para os pensadores de Frankfurt, uma ameaça, porque mantém a crença na ficção chamada Deus, que mantém as pessoas alienadas.
Ter uma religião, suportar o sofrimento e esperar uma vida melhor após a morte deveriam ser atitudes e crenças intoleráveis. O modo de vida baseado na fé foi considerado distração à miséria causada pelo capitalismo.
Na Escola de Frankfurt, não é Deus, mas sim o homem o ser que merece reverência. Segundo seus teóricos, o homem é um produto da natureza como todos os outros animais, sem espiritualidade, mas igualmente guiado por seus instintos mais básicos.
Quanto à moralidade como a religião a ensina, havendo certo e errado objetivos, bem como verdade e mentira objetivas, foi considerada inexistente. Bom é o que favorece a revolução, mau o que a atrapalha.
Isso leva a outra consequência.
Desacreditar na moralidade, no livre-arbítrio e na responsabilidade do homem foi a base teórica para descriminalizar o crime. Habermas foi um dos pensadores que defendeu que o homem é produto da sociedade.
Somou-se a essa, outra crença: é inevitável que o ser humano se comporte segundo seus instintos animais e ceda a tendências consideradas criminosas. No entanto, a culpa é do sistema capitalista que o tornou assim, não dele mesmo.
Esta é uma das origens do pensamento de que o criminoso não é culpado, sendo, na verdade, vítima da sociedade.
Quem se arvora em estudar o que foi a Escola de Frankfurt encontra esses raciocínios sobre a cultura. A promessa era a de que se alcançaria liberdade, justiça e igualdade.
Mas não foi revelado como conseguir nada disso, porque o foco dos pensadores de Frankfurt é desconstruir, não construir.
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