Michelle Bolsonaro foi a única primeira-dama do Brasil a fazer um discurso na posse presidencial. Nessa ocasião, ela surpreendeu o mundo ao fazer o discurso em libras, enquanto uma intérprete o traduzia simultaneamente para a língua portuguesa.
A primeira-dama mostrou seu engajamento na defesa das causas sociais ligadas às pessoas com deficiência, principalmente surdas. Michelle Bolsonaro também sempre participa da Marcha para Jesus, mostrando a sua proximidade com o público evangélico e anunciando a sua fé. Veja quem é Michelle Bolsonaro.
No dia 22 de março de 1982, nasceu, em Brasília, Michelle de Paula Firmo Reinaldo. Ela foi criada em uma cidade próxima à capital conhecida como Ceilândia. Seus pais são Maria das Graças Ferreira e Vicente Reinaldo. Sendo a mãe mineira e o pai cearense.
Vicente Reinaldo se tornou popular em âmbito nacional, após o presidente Jair Messias Bolsonaro citar o seu apelido para se defender de acusações de racismo. Segundo Bolsonaro, não faria sentido chamá-lo de racista sendo que seu sogro é o “Paulo Negão”. O presidente nutre boa amizade com o pai de Michelle.
Michelle tem quatro irmãos, todos cresceram em regiões mais pobres de Brasília. Michelle morou em uma casa bem humilde e foi estudante de escola pública.
Quando terminou o seu Ensino Médio, ela foi trabalhar como promotora de eventos para ajudar nas despesas de casa. Michelle Bolsonaro também fez alguns trabalhos como modelo.
A formação de Michelle Bolsonaro no Ensino Médio Escolar se deu em uma escola pública de Ceilândia, região administrativa do Distrito Federal. Outras formações informais de Michelle são:
Em 2004, Michelle Bolsonaro entrou para a vida política. Ela começou a trabalhar na Câmara dos Deputados, no gabinete do deputado Vanderlei Assis do Partido Progressistas (PP).
Esse deputado só foi eleito por causa da aliança com Enéas Carneiro. Vanderlei teve uma quantidade irrisória de votos, mas, graças aos mais de 1 milhão de votos de Enéas, Vanderlei foi eleito devido ao sistema proporcional.
Vanderlei Assis se envolveu com um esquema de corrupção denunciado no chamado “Escândalo dos Sanguessugas”, esquema que desviava dinheiro da compra de ambulâncias.
Mesmo trabalhando em seu gabinete, não existe qualquer relação de Michelle com o caso de corrupção no qual foi denunciado o deputado. A primeira-dama desempenhava um trabalho administrativo na câmara.
Michelle Bolsonaro mudou de gabinete para trabalhar com Marco Aurélio Ubiali, do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Em 2007, ela foi transferida para trabalhar junto à liderança do Partido Progressistas (PP). Foi nesse momento que ela aumentou sua proximidade ao então deputado federal do PP, Jair Messias Bolsonaro.
Apenas 9 dias depois de conhecer Jair Bolsonaro, ele e Michelle se tornaram noivos. Com seis meses de relacionamento, eles se casaram.
Um ano depois, Michelle Bolsonaro foi exonerada do cargo de secretária parlamentar após o STF entender que nepotismo é algo proibido pela Constituição de 1988.
Em 2011, Michelle Bolsonaro deu à luz a filha do casal, Laura. Ela é conhecida popularmente como Laurinha e aparece diversas vezes ao lado do presidente e da primeira-dama. Bolsonaro nessa época tinha feito um processo de vasectomia, mas o reverteu para ter uma filha com Michelle Bolsonaro.
A cerimônia de casamento ocorreu em março de 2013. Jair Bolsonaro se casou com Michelle em uma cerimônia evangélica conduzida pelo pastor Silas Malafaia.
Diferente do perfil de seu marido, Michelle Bolsonaro é menos combativa e mais discreta. Mesmo compartilhando dos valores defendidos por Bolsonaro, as suas aparições públicas são calmas e menos polêmicas.
Nas Eleições, ela apareceu em propagandas eleitorais para dar força ao marido. Sua presença foi importante para conectar Bolsonaro ao público feminino, que demonstrava mais rejeição ao então candidato.
Michelle Bolsonaro é evangélica e foi peça fundamental para aproximar ainda mais Bolsonaro desse público. A sua postura mais moderada contribui para amenizar algumas brincadeiras e falas polêmicas de Bolsonaro.
Michelle sempre pontuou em entrevista que em casa é ela que manda, e que o marido era muito mais doce e delicado do que as suas aparições públicas davam a entender. Seu trabalho trouxe ao público uma visão mais pessoal de Bolsonaro, fora dos holofotes da política.
Quando Jair Bolsonaro foi vítima de um atentado à faca em 2018, Michelle Bolsonaro esteve junto dele durante todo o processo de recuperação.
Leia mais: O que está por trás da eleição de Jair Messias Bolsonaro?
Michelle Bolsonaro se destacou em seu primeiro ato como primeira-dama. Na posse presidencial, fez um discurso inédito. Para a surpresa dos espectadores, discursou em libras com uma intérprete traduzindo para a língua portuguesa. A tradutora chegou a se emocionar:
No discurso, ela fez um agradecimento ao enteado Carlos Bolsonaro. Michelle mantém relação cordial com os filhos de Bolsonaro.
As aparições de Michelle Bolsonaro ocorrem de maneira discreta e quase sempre estão ligadas às suas duas pautas: melhorias do aparato público para as pessoas com deficiência e valorização da comunidade cristã. Ela também fez discursos apoiando o presidente Jair Bolsonaro:
“E graças a Deus, Deus tem dado sabedoria, Deus tem dado discernimento. Gente, eu tenho falado de Deus porque é o nosso pilar, e sem Ele nós não somos nada. Eu sempre falo pra ele, eu sempre oro toda a 3ª feira no gabinete dele quando ele vai embora, quando o Planalto se fecha, eu entro com os meus intercessores e eu oro na cadeira dele e declaro todos os dias: Jair Messias Bolsonaro, sê forte e corajoso. Não temas, não temas. Ele é um escolhido de Deus, ele é um escolhido de Deus” (Trecho do discurso da Michelle Bolsonaro na convenção do PL em 24 de julho de 2022).
Durante a Pandemia de Covid-19, a primeira-dama fez poucas declarações sobre políticas em torno do tema. Ela decidiu por se vacinar nos Estados Unidos e tornou isso público com uma nota do Governo Federal no dia 24 de setembro de 2021.
Michelle Bolsonaro é acusada de ter recebido 89 mil reais de Fabrício Queiroz e sua esposa em cheques. Queiroz é acusado de estar envolvido em supostos casos de “rachadinha” que ocorreram no gabinete do senador Flávio Bolsonaro.
Jair Bolsonaro defendeu a esposa dizendo que os depósitos eram para ele e se tratavam de valores que Queiroz, amigo do presidente, o devia.
Em entrevista recente ao Flow Podcast, ele disse ter se arrependido de ter deixado esse dinheiro ir para a conta da Michelle:
“Quando apareceu isso, de imediato, eu falei que o cheque era para mim. Eu conheço o Queiroz desde 1985 na Brigada Paraquedista, foi meu soldado, pessoa de confiança minha, pagava conta minha. Emprestei para ele, é comum, tinha toda a liberdade. Pagou em cheque para mim, e eu botei na conta da Michelle. Eu me arrependo, poderia ter botado na minha conta, porque ela sofreu. O dinheiro foi para mim, ponto final.”
O presidente completou:
“Foi ao longo de dez anos isso daí. Se você dividir dá menos de um salário mínimo por mês. Falar em propina de um salário mínimo por mês é brincadeira.”
As investigações contra a primeira-dama foram arquivadas por decisão do STF. Sobre as acusações de rachadinha em seu gabinete, Flávio Bolsonaro conseguiu, por meio do STF, a anulação das provas que embasavam a acusação do Ministério Público do Rio de Janeiro e do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro usando como argumento o foro privilegiado. Como ele é senador, o STF entendeu que essa investigação e acusação não poderiam ter sido feitas pela justiça comum.
A primeira-dama tem cumprido o papel de gerar identificação com o público feminino, principalmente com as mulheres evangélicas. Por isso ela está mais atuante na campanha presidencial de 2022 de Jair Bolsonaro.
Os seus discursos defendem principalmente que:
O opositor de Bolsonaro, Lula, também recorre à figura de sua esposa nos palanques.
A polarização entre os dois parece cada vez mais intensa e as campanhas seguem pensando minuciosamente em como conquistar cada voto.
Em 2022, Lula tem como vice Geraldo Alckmin, candidato que dizia que o “Lula é o retrato do PT, um partido envolvido em corrupção e sem compromisso com as questões de natureza ética” (declaração publicada em 31 de janeiro de 2016 no jornal O Globo).
Alckmin é apenas um exemplo dos políticos que se dizem opositores do PT nos palcos, mas que são amigos e aliados nos bastidores.
Em 2018 essa situação mudou. Um nome que prometia realmente fazer oposição ao PT cresceu de maneira acelerada nas pesquisas.
Suas ideias provocavam admiração e repulsa. A cada dia o número de opositores e aliados crescia. A polarização entre Jair Bolsonaro e PT prometia dominar as eleições.
Aqueles que encenaram um teatro de oposição no palco, tiveram que assumir o seu apoio publicamente ao PT. Tudo parecia ter mudado e a eleição prometia ser uma das mais quentes da história brasileira.
Para entender o que está acontecendo com as eleições de 2022, é preciso entender o que aconteceu em 2018 e nas eleições anteriores.
A Brasil Paralelo lançou uma série documental chamada O Teatro das Tesouras, que analisa cada uma das eleições pós-redemocratização.
Neste ano ela recebeu um episódio inédito que analisa a eleição de Jair Bolsonaro. Clique no link e saiba como assistir.
Após a derrota de seu marido para Lula, Michelle se manteve mais discreta e foi curtir férias com Bolsonaro nos Estados Unidos. A ex-primeira dama se manifestou nas redes sociais para criticar a decisão de acabar com a Diretoria de Políticas de Educação Bilíngue de Surdos – DIPEBS.
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