Kate Millett viajou o mundo para disseminar o feminismo onde ela conseguisse chegar. Em uma das principais jornadas de sua vida, Millett foi até o Irã para conseguir a integração dos ideais feministas no país, logo após a revolução iraniana.
Millet levou o feminismo para um novo patamar, onde novas ideias foram introduzidas, alterando o movimento para sempre.
Kate Millett foi uma das principais autoras e militantes feministas da 2ª onda do movimento. Seu principal livro, Política Sexual (1970), foi considerado pelo jornal New York Times como “a Bíblia da libertação feminista”. A revista Time afirmou que Millett foi a arquiteta da 2ª onda feminista e a equiparou com Mao Tsé-Tung.
As obras de Millet basearam-se em grande parte nas obras de Marx e Engels, os criadores do comunismo.
Millett foi a primeira feminista a falar sobre a tese feminista do patriarcado e suas estruturas sociológicas. Ela foi uma das principais militantes responsáveis por levar o foco do movimento feminista para questões de liberação sexual, inclusive para legalizar práticas de pedofilia.
Em entrevista para Mark Blasius, publicada em 1980, Millett disse:
"Parte da estrutura familiar patriarcal inclui o controle da vida sexual dos filhos e, além disso, o controle total dos filhos. (...) Na verdade, um dos direitos essenciais da criança é expressar-se sexualmente, provavelmente entre si inicialmente, mas também com os adultos. Desta forma, a liberdade sexual das crianças é uma parte importante de uma revolução sexual”.
Kate Millett foi também a criadora do famoso termo feminista sororidade, que significa pacto social, ético e emocional construído entre as mulheres para acabar com o patriarcado.
Certas frases de Kate Millett marcaram a cultura moderna, influenciando muitas mulheres e estabelecendo-se como parte da cultura pop. As principais frases de Millett são:
“Nós somos mulheres. Somos pessoas-objetos que herdaram uma cultura alienígena”
“O amor é o ópio das mulheres. Enquanto nós amávamos, os homens governavam”.
“Monogamia e prostituição andam juntas”.
“Psiquiatria causa tanta morte”
“Inferno! Eu não quero envelhecer em tudo. Eu nunca quero morrer”.
“A lésbica é a feminista arquetípica, porque ela não está em homens — ela é a mulher independente por excelência”.
Katherine Murray Millet nasceu no dia 14 de dezembro de 1934, na cidade de Saint Paul, Minnesota, nos EUA. Segundo ela mesma, sua infância é marcada por violência e tristezas. Seu pai era alcoólatra e agredia-a frequentemente até o dia em que abandonou a família.
Hellen Millett, mãe de Kate, precisou sustentar sozinha Kate e suas duas irmãs. A família começou a passar necessidades básicas. Hellen trabalhava como professora e vendedora de seguros para conseguir manter a casa.
As escolas católicas da sua cidade acolheram Kate para fornecer-lhe uma educação intelectual. Contudo, apesar de ter tido acesso a educação, a fase escolar de Millett foi conturbada.
Todas as escolas que a futura feminista passou a expulsaram. Kate era muito violenta. Sua irmã, Mallory, afirmou que seu comportamento era sádico e brutal.
A violência de Kate não se restringia ao ambiente escolar. Sally, a filha mais velha, afirma que Kate elaborou vários planos para assassinar Mallory, a filha mais nova da casa, desde o nascimento da caçula.
Mallory Millet, em uma entrevista para a revista FrontPage Magazine, contou como Kate era na infância:
“Kate tinha problemas mentais desde que eu me lembro. Nós compartilhávamos o quarto desde que eu nasci. Nas minhas memórias mais antigas eu me lembro de tremer diante da sua insanidade. Ela era perturbada, megalomaníaca, má e a pessoa mais desonesta que eu já conheci. Ela tentou me matar várias vezes, me deixando com vários traumas.
Ela tinha prazer em machucar os outros.
Eu passei minha infância andando nas pontas dos pés em casa, para que Kate não percebesse minha presença. Nossa mãe não tinha auxílio [para poder criá-la adequadamente], ela ficava aterrorizada diante dos horrores de Kate”.
Kate Millett cursou Literatura na universidade do seu estado natal, a Universidade de Minnesota. Logo após sua graduação, em 1956, uma tia rica de Kate custeou-lhe uma especialização em literatura inglesa, em Oxford, na Faculdade Santa Hilda.
Kate foi a primeira mulher dos EUA a conquistar um diploma na Faculdade Santa Hilda. Após a especialização, ela aprendeu a pintar e a esculpir. Em busca de especializar-se em escultura, Kate mudou-se para o Japão para estudar mais sobre escultura e expor suas obras, morando no país das oito ilhas por aproximadamente 2 anos.
Kate conheceu Fumio Yomishura durante sua estadia no Japão. Alguns anos após deixar o país, Kate casou-se com Fumio, em 1965.
O feminismo entrou na vida de Kate Millett em Nova York, a 1964, através da Faculdade Feminina Barnard College. Millet ensinava inglês e a arte de esculpir na faculdade, onde um grupo de professoras estava organizando estratégias educacionais de:
"fornecer as ferramentas críticas necessárias para compreender a posição feminina em uma sociedade patriarcal"(Rosenberg, Rosalind, 2013 — Changing the Subject: How the Women of Columbia Shaped the Way We Think About Sex and Politics).
Millett imediatamente entrou no grupo, participando da ala das mais radicais. Seu desejo de militar pela causa feminista levou Millett a participar de outros grupos, ingressando nas instituições Organização Nacional das Mulheres, Mulheres Radicais de Nova York, Lésbicas Radicais e Mulheres Radicais do Centro.
A radicalidade de Kate na defesa do feminismo fez com que a autora fosse demitida de seu cargo de professora universitária, no final de 1968. Mallory, irmã de Kate, conta que foi levada à força pela irmã em algumas reuniões do grupo Organização Nacional das Mulheres. Comentando como era o funcionamento do grupo, Mallory declarou:
“Em 1969, eu participei das reuniões de conscientização em Nova York com minha irmã Kate, onde um grupo de 10 a 15 mulheres sentavam em torno de uma grande mesa oval e planejavam o novo movimento feminista.
O modelo escolhido para ser seguido era a China de Mao Tsé Tung, e o lema do grupo era ir a cada vila para ‘purificar o pensamento das pessoas’. O objetivo ardente de Kate era o ‘levantamento das consciências para destruir a família americana’. Ela considerava a família uma instituição patriarcal devotada à opressão e escravização das mulheres e crianças.
O objetivo declarado do grupo era a destruição do patriarcado através de ações coordenadas para promover a promiscuidade, erotização, prostituição, aborto e homossexualidade. Elas queriam se infiltrar em todas as instituições do país: Universidade, mídia, escolas, sindicatos e no governo”.
As ideias referidas por Mallory Millett estão presentes na principal obra de Kate: Política Sexual. Kate escreveu seu principal livro em 1970, a partir da sua tese de doutorado na Universidade de Columbia, faculdade onde ingressou para continuar seus estudos, após a demissão na Barnard College.
Nessa época de sua vida, Kate Millett organizou seus principais e mais exóticos projetos:
Millett tentou continuar com as produções cinematográficas, mas suas produções faliram, não alcançando os recursos necessários para continuar as produções.
Millett atuou como professora universitária em diversas instituições, tendo como principal foco a militância pelos ideais do movimento feminista, através de aulas e de livros.
Millett divorciou-se do seu marido, Yumio, em 1985. Ele permitia que Millett tivesse amantes durante o casamento. Millett declarava-se bissexual. Em 1977 ela publicou um livro de memórias que comentava sobre suas relações com uma amante, Sita. Após a publicação, Sita ficou profundamente amargurada e suicidou-se.
Kate tentou suicidar-se várias vezes ao longo de sua vida, segundo o livro Radical Feminists: A Guide to an American Subculture.
Kate Millett morreu aos 82 anos, devido a um ataque cardíaco.
As principais ideias de Kate Millett eram:
Em seu livro Política Sexual, na página 161 (da edição Publicações Dom Quixote), Kate diz:
“A União Soviética fez de facto um esforço consciente para pôr fim ao sistema patriarcal e reestruturar a sua instituição mais fundamental — a família. Depois da revolução, foram votadas todas as leis possíveis para libertar o indivíduo das amarras familiares: liberalização do casamento e do divórcio, contraconcepção e aborto autorizado. Sobretudo, mulheres e crianças escaparam ao controle econômico do marido”.
Quando Kate Millet começou seus estudos sobre o feminismo, o movimento já tinha um vasto histórico de ações e diversas estratégias previamente elaboradas. Não foi um movimento espontâneo da sociedade.
O feminismo difundido popularmente não aborda as principais questões que seus autores buscavam aplicar.
Para mostrar o que está além do que se vê, a Brasil Paralelo foi investigar a fundo o tema e todas as suas transformações através dos anos.
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Na idade adulta, Kate foi diagnosticada com depressão maníaca, doença que contemporaneamente é chamada de transtorno bipolar. Seus familiares afirmam que ela já possuía problemas psiquiátricos e psicológicos desde a infância.
Sua irmã mais velha, Sally, necessitou assinar um termo jurídico que permitia a internação compulsória de Kate durante sua juventude. Ela foi internada várias vezes ao longo da sua vida.
Em muitos momentos, especialmente na vida adulta, Kate fugia dos familiares que já tinham organizado novas internações compulsórias.
Segundo Mallory, irmã mais nova de Kate:
“A história de vida de Kate é uma saga de nossa família tentando desesperadamente tê-la involuntariamente recebida em uma instituição mental onde eles podem tê-la ajudado.
Isso foi especialmente verdade depois de um incidente quando eu fiquei preso sozinho com Kate em um apartamento em Sacramento por uma semana e ela não me deixou dormir por cinco dias enquanto ela se enfurecia e reclamava, os olhos revirando em sua cabeça, espumando pela boca e conversando com ‘homenzinhos verdes’.
Não conhecendo uma única pessoa em Sacramento, eu não tinha para onde ir. Apavorada demais para dormir, eu não tinha certeza se ela sabia quem eu era, mas eu podia imaginar uma faca de açougueiro enfiada nas minhas costas enquanto eu dormia. Nossa irmã mais velha, Sally, veio de Nebraska para me resgatar.
Depois disso, houve um enorme esforço da família em que todos levamos Kate ao tribunal por compromisso legal em Minnesota. Ela contratou um advogado feminista de Nova York e conseguiu nadar de volta ao mundo para ferir, ameaçar e prejudicar cada vez mais pessoas”
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