A formação do caráter e do imaginário é um passo fundamental na educação de uma criança. A literatura desempenha um papel crucial nesse processo, e a leitura de histórias infantis desde a primeira infância é uma importante ferramenta para essa construção.
No livro A Educação Segundo a Filosofia Perene, Antônio Donato aborda a questão da educação infantil, destacando a importância desse aspecto.
“Nesta idade devem ser exercitadas em ouvir pequenas histórias e fábulas, para que se exercitem no falar e nas razões dos nomes”.
Neste artigo separamos 5 histórias clássicas destinada para crianças. Elas são:
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A clássica fábula dos '’Três Porquinhos e o Lobo " teve suas primeiras edições registradas no século XVIII pelos Irmãos Grimm, embora sua origem remonte ao folclore inglês. A história transmite a mensagem de que o trabalho árduo traz recompensas, além de destacar a importância da obediência aos pais.
Leia o conto:
Era uma vez três porquinhos que moravam com a mãe no meio de um bosque. Um belo dia, os irmãos resolveram viver sozinhos, pois já estavam bem grandinhos e independentes. A mãe, preocupada, os aconselhou: — Filhos, o lobo mau vive na floresta. Por isso, construam as suas casas com muito zelo, porque eu não estarei com vocês para protegê-los.
O primeiro porquinho decidiu que sua casa ficaria perto de um lago. Ela seria de palha. Dessa forma, sobraria muito mais tempo para brincar e pescar.
O segundo preferiu que sua residência fosse de madeira e ficasse próxima à montanha. Assim, ele teria folga para se divertir e admirar o pôr do sol.
O porquinho mais velho, resolveu edificar com pedras, perto das árvores, sua casa. E isso porque ele não se esqueceu do conselho de sua mãe.
Um dia, os três porquinhos saíram para brincar, quando, de repente, surgiu um lobo mau, que lhes disse:
— Bom dia, porquinhos. Que tal eu transformar vocês em uma deliciosa sopa? Assustados, os irmãos correram cada um para seu lar. O lobo mau foi atrás, aproximando-se primeiro da casa de palha.
— Venha cá, porquinho! Estou faminto. Se não sair, irei soprar, soprar e soprar — Não saio! Minha casa é resistente! Então, o lobo soprou. Não foi necessário fazer muito esforço para que as palhas todas voassem pelos ares.
O porquinho correu para a casa de seu irmão do meio. E o lobo foi atrás. — Abram a porta ou vou derrubar tudo! — Meu lar é vigoroso! — gritavam os porquinhos.
O lobo soprou e soprou. Na terceira vez, todas as madeiras caíram no chão. E os dois porquinhos correram para a casa do irmão mais velho, que era feita de madeira.
O lobo encheu o peito de ar e deu um longo sopro. A casa nem se mexeu.
Então, o malvado teve uma ideia: — Vou subir ao telhado e entrar na casa pela chaminé. Ouvindo o barulho no teto, os porquinhos colocaram fogo na lareira, fazendo com que as labaredas queimassem o rabo do lobo.
— Auuu! Uivando de dor, o lobo correu pela floresta. Em pouco tempo, já estava muito, mas muito distante. Os porquinhos então abraçaram seu irmão mais velho, que lhes ensinou uma importante lição: — É preciso sempre obedecer aos conselhos da mamãe.
Essa história foi extraída das fábulas de Esopo e, no século XVII, recontada por La Fontaine. Ela transmite a mensagem de que o trabalho duro e contínuo supera o talento, além de ensinar a importância de não subestimar as outras pessoas.
Leia o conto abaixo:
Era uma vez... uma lebre e uma tartaruga.
A lebre vivia caçoando da lerdeza da tartaruga.
Certa vez, a tartaruga, já muito cansada por ser alvo de gozações, desafiou a lebre para uma corrida.
A lebre, muito segura de si, aceitou prontamente.
Não perdendo tempo, a tartaruga pôs-se a caminhar, com seus passinhos lentos, porém, firmes.
Logo a lebre ultrapassou a adversária e, vendo que ganharia fácil, parou e resolveu cochilar.
Quando acordou, não viu a tartaruga e começou a correr.
Já na reta final, viu finalmente a sua adversária cruzando a linha de chegada, toda sorridente.
O conto de Oscar Wilde narra a história de um gigante avarento que impedia as crianças de brincarem em seu jardim. No entanto, ao conhecer um menino que transformou sua maneira de pensar, ele se tornou generoso e passou a desfrutar de um jardim mais belo.
Adaptação escrita por Liana Leão e publicada pela Editora Cortez. Leia o conto abaixo:
Todas as tardes quando vinham da escola, as crianças costumavam ir brincar no Jardim do gigante que há tempos estava viajando. Era uma grande alegria, brincar naquele Jardim tão colorido, é perto de flores de múltiplos formatos e frutos deliciosos.
Mas um dia o gigante voltou e ficou muito muito bravo. Ao perceber que tantas crianças estavam em seu jardim com uma atitude muito egoísta, o gigante expulsou a todos, deixando as portas fechadas da Índia.
Depois dessa mudança, apenas o frio com seus amigos, Neve, gelo e vento Norte habita a casa do gigante, a Primavera parecia ter se esquecido daquele cantinho, pois não havia alegria nenhuma por lá, apenas cinza e tristeza.
Certa manhã. Ainda em sua cama, o gigante ouviu um lindo canto de pássaros, vindo de fora de sua janela, e percebeu a melodia mais bela do mundo.
Então levantou-se acreditando que finalmente havia chegado a Primavera ao longe, viu que as crianças tinham feito um pequeno buraquinho no muro e brincavam felizes em uma árvore do Jardim, trazendo luz e cor para o Cantinho do quintal.
Era uma linda cena, mas nas outras partes ainda era inverno e próximo à árvore coberta de neve e gelo.
O gigante avistou um menininho que tentava escalar os galhos quase inalcançáveis, então se arrependeu de tudo que tinha feito, percebendo o seu egoísmo e saiu para ajudar o menininho assumir na água ao avistarem, todas as crianças fugiram com medo menos o pequeno menino e que recebeu ajuda e espalhou novamente a Primavera por toda a parte.
A partir daquele momento as crianças voltaram a brincar no jardim com a mesma alegria dos primeiros anos e o gigante tornou-se um grande amigo até que dia foi visitado, especialmente pelo menininho que o convidou a conhecer um outro Jardim onde morava chamado Paraíso.
A clássica história da 'Cigarra e a Formiga', extraída das fábulas de Esopo (620 a.C. – 564 a.C.) faz parte do imaginário popular desde a infância, transmitindo uma lição sobre a importância do trabalho em preparação para o futuro, em vez de se dedicar exclusivamente ao lazer.
Veja a versão resumida com tradução de Ruth Rocha:
A cigarra passou o verão cantando, enquanto a formiga juntava seus grãos.
Quando chegou o inverno, a cigarra veio à casa da formiga para pedir que lhe desse o que comer.
A formiga então perguntou a ela:
— E o que é que você fez durante todo o verão?
— Durante o verão eu cantei — disse a cigarra.
E a formiga respondeu:— Muito bem, pois agora dance!
O conto de fadas foi impresso pela primeira vez por Charles Perrault na obra Contos da Mamãe Gansa para a corte do Rei Luís XIV. Com lições sobre obediência aos pais e o cuidado com pessoas estranhas, a história se tornou um clássico da literatura infantil.
Leia o conto abaixo:
Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho.Um dia sua mãe lhe disse:
— Chapeuzinho, leve esta cesta com bolo e doces à casa da vovó, que está doente. Mas tenha cuidado! Não vá pela floresta nem converse com desconhecidos!
Chapeuzinho prometeu ir pela estradinha que chegava até a casa da vovó. Porém, no caminho, distraiu-se com os bichinhos e, quando se deu conta, estava no meio da floresta.
Foi então que apareceu o lobo:
— Está perdida, menina?
— Não, não... Estou indo para a casa da vovó, que está doente. Vou levar bolo e doces para ela.
— Ora, vá pelo caminho das flores, menina! É mais curto! — disse o lobo.
Chapeuzinho concordou: — Isso mesmo! Assim também poderei colher flores para ela!
Mas o caminho das flores era longo. O lobo, por sua vez, não perdeu tempo. Chegou primeiro à casa da vovó e bateu à porta:
— Toc! Toc! Toc! — Quem é? — perguntou a vovó.
— Sou eu! A Chapeuzinho Vermelho! — respondeu o lobo disfarçando a voz.
— É só pegar a chave debaixo do tapete da entrada, querida! O lobo entrou na casa, foi direto para o quarto e devorou a vovó.
Quando Chapeuzinho Vermelho chegou, notou que a porta estava aberta e pensou: “Há algo de errado por aqui.”
Ela entrou bem de mansinho, indo até o quarto. E lá estava o lobo, disfarçado de vovó, com a touca na cabeça e debaixo da coberta.
Chapeuzinho estranhou:
— Oi, vovó! Que orelhas grandes você tem!
— São para te ouvir melhor, minha netinha.
— Vovó, que olhos grandes você tem!
— São para te enxergar melhor, minha netinha.
— Vovó, que mãos grandes você tem!
— São para te abraçar, minha netinha.
— Mas, vovó, que boca enorme é essa?
— É para te devorar!
O lobo pulou sobre Chapeuzinho e a engoliu. Depois voltou para a cama e dormiu.
Um caçador que passava por ali ouviu o lobo a roncar e desconfiou: — Eu conheço a vovó. Ela não ronca tão alto assim.
O caçador entrou na casa, viu o lobo roncando na cama e abriu o barrigão enorme do bicho. De lá saíram a vovó e Chapeuzinho:
— Ufa! Obrigada! Estava tão escuro dentro da barriga do lobo! — disse a menina.
O caçador encheu a barriga do lobo com pedras e a costurou bem. Quando o malvado acordou, saiu tropeçando e caiu no rio, para nunca mais voltar.
A vovó, Chapeuzinho Vermelho e o caçador ficaram aliviados e felizes. Chapeuzinho então prometeu:
— Nunca mais entrarei sozinha na floresta nem darei ouvidos a estranhos! E finalmente os três sentaram-se à mesa e comeram o bolo e os doces que Chapeuzinho Vermelho trouxe em sua cesta.
A Brasil Paralelo é uma empresa de entretenimento e educação cujo propósito é resgatar bons valores, ideias e sentimentos no coração de todos os brasileiros. Em sua história, a empresa já produziu documentários, filmes, programas e cursos sobre história, filosofia, economia, educação, política, artes e atualidades.
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