“Se você pode sonhar, você pode realizar”, eis uma das famosas frases de Walter Elias Disney, cineasta e animador de maior sucesso do mundo. Cuja obra fez e ainda faz parte da vida de milhões de pessoas ao redor do mundo pela criação de personagens icônicos, como Mickey Mouse, pelos parques, pelas histórias etc. Todavia, poucos são os que conhecem a história de Walt Disney.
A história de Walt Disney se inicia em 05 de dezembro de 1901, em Marceline, no estado norte-americano do Missouri. Walter Elias Disney nasceu e foi criado na fazenda da família, sendo o quarto filho de Elias Disney e Flora Call Disney.
Aos 7 anos de idade, já ele se inspirava nos animais da fazenda para desenhar seus primeiros esboços. Recebia incentivos da mãe, que era professora, mas era pelo pai recriminado.
Em 1910, seu pai adoeceu e vendeu a fazenda, assim, a família toda se mudou para a cidade de Kansas City. Lá, Elias adquiriu os direitos de distribuição de um jornal.
O pai era muito severo com seus filhos, obrigava Walt e seu irmão Roy a acordarem 3h30 da madrugada para entregarem os jornais antes do horário da escola.
Nas manhãs de sábado, Walter Elias fazia um curso de desenho no Instituto de Artes de Kansas City.
Como não recebia nada pelas entregas dos jornais, nas horas vagas conseguia algum dinheiro trabalhando numa loja de doces ou numa farmácia, ambas próximas à escola onde estudava. Vez por outra, vendia seus desenhos para seus vizinhos.
Sempre se destacou como bom vendedor, uma das características mais importantes de toda sua carreira.
Depois de algum tempo, seu pai vendeu os direitos do jornal e a família se mudou para Chicago. Elias então abriu uma fábrica de geleias e o filho agora era responsável pela vigia noturna do espaço.
Além das rondas de segurança, ele trabalhava como carteiro para ganhar dinheiro.
Viu boa parte de seus irmãos sair de casa, especialmente pela rigidez do pai, e assim procurou fazer o mesmo.
Em 1918, alistou-se no exército, mas não foi aceito por ser menor de idade. Depois, inscreveu-se para a Cruz Vermelha na França, onde passou um tempo dirigindo ambulâncias.
Já em 1919, retornou para os Estados Unidos, e foi morar novamente em Kansas. Lá conseguiu um emprego como cartunista e conheceu Ub Iwerks, amigo que o acompanharia em boa parte de sua trajetória.
Porém, não durou muito no novo emprego. Walt Disney foi acusado de preguiçoso e sem criatividade.
Desempregado, certo dia resolveu ir ao cinema e viu a animação Branca de Neve e ficou fascinado com as imagens na tela. Essa experiência mudou seu caminho.
Em 1920, aos 19 anos de idade e após Ub também ser demitido do emprego, fundou com ele a Iwerks Disney, cuja sede foi assentada em um celeiro. Em tal lugar, havia apenas uma mesa onde ambos criavam seus desenhos e compartilhavam seus sonhos. A empresa durou apenas um mês, mas traçou o rumo que Walt Disney seguiria.
Ambos voltaram ao mercado de trabalho, e Disney conseguiu um bom emprego: animador de desenhos para o cinema local.
As animações eram exibidas antes dos filmes principais nos cinemas. O aprendizado lhe fez ficar mais seguro de suas habilidades e o ajudou a estabelecer melhor seus objetivos.
No ano de 1922, ele pediu demissão e juntou suas economias para fundar a sua segunda empresa, a Laugh-O-Gram.
Cuja grande ideia para alavancar o negócio era a de fazer uma espécie de charge animada sobre as notícias locais. O primeiro tema foi sobre piolhos, algo que atormentava a população norte-americana na época.
Ele conseguiu convencer o dono do cinema local a comprar suas animações, mas não fez bom negócio no cálculo dos gastos e do preço de venda, alcançando margens baixíssimas de lucro.
Algum tempo depois, negociou com uma distribuidora um contrato para a produção de seis animações. O pagamento viria após a entrega. Walt Disney fez um empréstimo e bancou as produções, mas a distribuidora declarou falência sem entregar um centavo.
Aos 22 anos, Walt Disney experimentou pela primeira vez na sua história a falência de sua empresa.
Completamente endividado, mudou-se para Hollywood e começou a trabalhar como fotógrafo freelancer. Nesse período, frequentou alguns estúdios e pensava tornar-se um diretor de filmes, inspirado no seu ídolo Charles Chaplin.
Enquanto ainda se dedicava a Laugh-O-Gram, desenvolveu uma inovadora animação: Alice Comedies, onde uma menina real interagia com os desenhos.
Ainda não tinha tido tempo de vendê-la e, ao se mudar para Los Angeles em busca de emprego, fechou um contrato com a Winkler Pictures para a produção de 12 episódios da Alice Comedies.
Seu sonho parecia outra vez realizável.
A história de Walt Disney é cheia de lições que ele absorveu e incorporou em sua vida. Uma delas é a importância de cada funcionário da empresa ter seu papel bem definido. Walter Elias, vendo suas falhas na administração dos bens de suas empresas anteriores, decidiu convidar seu irmão Roy para ser gerente financeiro da nova companhia.
Assim, no ano de 1924, com um empréstimo em mãos, eles fundaram a Disney Brothers Cartoon Studio.
Como sempre gostou de trabalhar com os melhores, sobretudo quando eram mais capacitados que ele, granjeou de volta sua antiga equipe e viu-se pronto e entusiasmado para ver todos os seus planos finalmente se concretizarem.
Os dois anos seguintes foram de grande euforia para Walt Disney e sua equipe. Em 1925, casou com Lillian Bounds, que entrou para a equipe em 1924 como animadora. E seu time bateu recordes entregando um curta-metragem a cada 15 dias.
Neste período, mudou o nome da empresa para Walt Disney Studios, para deixar claro que era ele o coração da empresa.
No ano de 1927, Walt ganhou a oportunidade de trabalhar com a Universal, através da distribuidora de Winkler, e criou seu primeiro personagem de destaque da carreira: o coelho Oswald. O projeto foi de fato um grande sucesso e ele vivia seus melhores anos até aquele momento.
Conseguiu montar uma equipe de 20 integrantes e estava exultante com a popularidade da personagem.
Roy, no entanto, cumprindo seu papel de gestor do dinheiro, o alertou sobre os altos custos de produção dos episódios de Oswald e disse que precisavam renegociar o contrato para lucrar valores mais altos.
Walt viajou para Nova York com intenção de conseguir melhores valores para suas produções com a Winkler: caso a empresa não pagasse a mais, procuraria outra distribuidora.
Na reunião com Charles Mintz, um dos chefes da Winkler, descobriu que no contrato assinado, os direitos do Coelho Oswald eram todos da distribuidora. Porém, o golpe não terminava aí.
Boa parte da equipe de animadores da Disney havia assinado um contrato para trabalhar diretamente para Mintz.
Sem dinheiro, sem equipe, sem direitos sobre sua grande obra e cruelmente traído, Walt Disney tinha tudo para desistir.
“Toda a adversidade que eu tive na minha vida, todos os problemas e obstáculos, me deixaram mais forte… Você pode não perceber quando isso acontece, mas um chute no dente pode ser a melhor coisa no mundo para você”.
Essa famosa frase de Walt Disney realmente norteou-lhe toda a vida.
Após todo o tumultuoso ocorrido, enviou um telegrama para seu irmão sem muitos detalhes, mas apontava que já havia solucionado o problema. Não se lamentou, mas buscou agir uma vez mais com firmeza.
Foi então que surgiu a criação que mudaria o mundo do entretenimento para sempre. Walt Disney chegou em seu estúdio com a ideia de um rato, educado e honesto. Cujo nome era Mortimer Mouse, e ele mostrou para Ub o rascunho do que seria seu novo personagem.
Ele sempre analisava minuciosamente os seus concorrentes e percebia que os desenhos que concorriam com o coelho Oswald, com a Betty Boop e com o gato Félix, por exemplo, eram rudimentares, brutos e traziam conteúdos violentos.
Walt Disney queria algo diferente, que fosse realmente a cara do que é sua marca e sua empresa.
“A maneira certa de começar é parar de falar e começar a fazer” (Walt Disney).
Reuniu o restante da empresa e pôs mãos à obra. Ub aprimorou os rabiscos de Walt e a esposa Lillian escolheu um nome melhor que Mortimer. Nascia ali o famoso Mickey Mouse.
Somente o quarto filme do Mickey emplacou o personagem e despertou o interesse das distribuidoras de filmes. Walt Disney foi muito resiliente em seu projeto.
Observando a indústria de filmes, que agora já trabalhava com sons, ele decidiu fazer uma animação em tais parâmetros.
Seus funcionários achavam que ele estava louco, mas assim o fizeram e, no ano de 1928, Mickey Mouse foi apresentado ao público antes de um filme em cartaz. O diferencial dessa produção foram os sons sincronizados ao desenho, algo nunca antes feito. Foi um sucesso absoluto.
Mickey Mouse se tornou um verdadeiro fenômeno norte-americano: todos queriam comprar um de seus bonecos e foi dessa forma que Walt Disney se tornou a primeira celebridade oriunda do mundo da animação.
A partir desse momento, a história de Walt Disney e seu sucesso são representados por uma escalada vertiginosa.
Nem a Grande Depressão de 1929, nem a traição do distribuidor de Mickey, que roubava parte do dinheiro da Disney, abalou o empreendimento de Walt Disney.
Seu amigo Ub Iwerks o abandonou, abrindo seu próprio estúdio com o financiamento do antigo distribuidor do Mickey Mouse. Nada disso, porém, impediu a ambição do grande animador.
“Quando você acredita em algo, acredite nisso por todo o caminho, de maneira implícita e inquestionável” (Walt Disney).
Walt Disney, um gênio da criatividade e amante dos desafios, resolveu inovar outra vez. Um dia mandou todos seus funcionários saírem mais cedo para o almoço e, quando voltaram, Disney subiu até o palco e apresentou a todos a história completa de A Branca de Neve e os sete anões, fazendo sozinho a voz das personagens e a sonoplastia.
Ele propôs algo que nunca havia sido feito antes: uma animação com a duração de um longa-metragem; mais do que isso, uma animação como atração principal em cartaz.
Foram meses de produção e um investimento altíssimo. A Walt Disney Studios estimou o gasto de 500 mil dólares, mas, no fim da produção, haviam gasto 1,5 milhão de dólares.
O filme estreou no dia 10 de janeiro de 1938, sendo um de seus melhores investimentos. A produção arrecadou 8 milhões de dólares e rendeu a Walt Disney um óscar.
A película revolucionou a indústria de animação e Walt Disney não só ganhou um óscar, mas também um prêmio exclusivo, criado para ele, que consistia na estatueta convencional acompanhada de outras sete menores, que representavam os sete anões. Até hoje ele é o artista que mais conquistou prêmios da famosa Academia de Hollywood.
“Além dos desenhos animados, Disney mudou a forma de recreação americana com o parque da Disneylândia. Obviamente, já existiam parques de diversão antes da Disneylândia, mas eram miscelâneas de brinquedos, jogos e espetáculos. Disney criou um conceito de parque de diversão como uma experiência completa da imaginação, um parque temático. Em vez de uma série de diversões e, do mesmo modo como seu desenho animado reinventou o desenho gráfico, o parque finalmente redefiniu o desenho urbano”.
Depois do imenso sucesso das animações, Walt Disney não se contentou. Expôs para toda a equipe seu novo e ambicioso projeto: a Disneylândia. Um “mundo do faz de conta”, um parque onde toda a família pudesse ir e experimentar um mundo mágico.
Para conseguir o dinheiro que lhe permitisse construir o empreendimento, ele fechou parceria com uma emissora de TV, trocando um empréstimo de 5 milhões de dólares por um programa de TV dominical baseado em temas das personagens da Disney, que ele mesmo apresentaria.
A ideia foi tão incrível que Walt só colheu benefícios. Além de promover suas próprias criações, ele podia falar do tão esperado parque que estava em construção na Califórnia.
A Disneylândia foi inaugurada no dia 17 de julho de 1955, em Anaheim, na Califórnia. A procura por bilhetes superou todas as expectativas de seus idealizadores.
Conta-se que muitos foram à atração portando bilhetes falsificados.
A estreia não foi o sucesso esperado, pois, por problemas técnicos, Disney teve que escolher entre deixar funcionando os banheiros ou bebedouros do parque. Assim, os visitantes enfrentaram a abertura num calor de 38 graus sem água no recinto.
Corrigido o problema, a abertura foi refeita no dia seguinte e alcançou um imenso sucesso.
Walt Disney não se contentou com o mundo mágico da Disneylândia. Queria algo ainda maior, tão grande quanto seus sonhos. Quando viu uma oportunidade na Flórida, não perdeu tempo. Comprou um terreno de 100 quilômetros quadrados para a construção de seu novo projeto, o Epcot.
A região de Orlando, onde fica o terreno, era composta basicamente de fazendas de laranjas, e as terras tinham preço baixo.
O projeto de Walt Disney era a construção de uma cidade de verdade, totalmente futurista, onde as pessoas pudessem trabalhar e se divertir. Seu projeto épico seria mais um grande feito de sua história
A sigla Epcot é um acrônimo para Experimental Prototype Community of Tomorrow (Protótipo de Comunidade Experimental do Amanhã).
A ideia dos túneis, hoje utilizados no parque Magic Kingdom, surgiu como uma forma dos moradores do local evitarem o tráfego. Ele queria uma cidade repleta de tecnologia avançada e que fosse um exemplo perfeito de ambiente à frente de seu tempo.
O visionário Walt Disney não viveu o suficiente para concluir seu objetivo. Os engenheiros que trabalharam na construção deste espaço concluíram que não era possível fazer daquele lugar uma cidade.
Epcot então acabou se tornando mais um parque do complexo Disney, com atrações sobre ciência e tecnologia.
No ano de 1966, ele foi diagnosticado com câncer de pulmão. Em 15 de dezembro de 1966, Walt Disney faleceu em Los Angeles, aos 65 anos de idade. Ele foi cremado e suas cinzas estão enterradas no Forest Lawn Cemetery, em Los Angeles.
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