Em 2019, as queimadas da Amazônia estampavam jornais pelo mundo inteiro. Presidentes de outros países comentavam a situação. Parecia que uma das florestas mais importantes do mundo estava prestes a deixar de existir… mas não foi o que aconteceu.
A foto que o presidente Macron utilizou para exemplificar as queimadas na Amazônia era falsa, assim como muitas das informações divulgadas, como os dados sobre a extensão das queimadas realizadas a partir de dados do INPE.
Buscando entender o que está por trás desse ambiente político de desinformação, a Brasil Paralelo realizou uma investigação exclusiva sobre o meio ambiente e abordou as queimadas na Amazônia, resultando no documentário Cortina de Fumaça.
Grandes personalidades mundiais participaram do documentário, como os Ministros Alysson Paulinelli, Roberto Rodrigues e Patrick Moore, co-fundador do Greenpeace.
Uma rápida pesquisa mostra que as queimadas da Amazônia não são fatais. Dados da Embrapa Territorial de 2020, demonstram que 84% da vegetação amazônica nativa está totalmente preservada, intocada, mesmo após todas as queimadas do ano anterior.
Um Boeing 747, um dos aviões comerciais mais rápidos do mundo, sobrevoando a floresta amazônica a 700 km/h demoraria aproximadamente 6 horas para atravessá-la hoje em dia. São mais de 5 milhões de quilômetros quadrados de floresta praticamente intacta.
A floresta amazônica, sozinha, ocupa aproximadamente 60% do território brasileiro. Mais da metade do território brasileiro é composto por densa vegetação equatorial com pouquíssimos habitantes humanos.
Para a agricultura de subsistência dos povos locais, é necessário algum nível de desmatamento na densa vegetação equatorial, sendo necessário realizar as queimadas.
Mesmo as grandes extensões agropecuárias estão longe de oferecer risco para todo o ecossistema, em sua maior parte preservado, já que atualmente a agricultura brasileira ocupa 7,6% do território do país.
Se a agricultura tivesse que se expandir, as florestas não seriam a principal escolha, já que existem terras aráveis desocupadas. As florestas exigiriam muito mais esforço para serem adequadas às necessidades dos agricultores.
Se este é o caso, por que a mídia iniciou um movimento de preservação de uma floresta quase totalmente já preservada?
Esta foto foi tirada em agosto de 2019 e representa um filhote de macaco morto, asfixiado pelas queimadas na Amazônia, enquanto sua mãe chora com ele nos braços sem poder fazer nada.
O instante dessa cena trágica viralizou e foi repetido diversas vezes nas redes sociais. Em pouco tempo, milhares de curtidas e compartilhamentos ajudaram a disseminar essa informação.
O problema é que era uma notícia falsa.
Essa foto foi tirada pelo fotógrafo Avinash Lodhi, em Jabalpur, na Índia, no ano de 2017, e não tem nenhuma relação com a Amazônia.
Segundo o próprio fotógrafo, o filhote não morreu, apenas desmaiou por alguns minutos.
Celebridades como Madonna, Cristiano Ronaldo, Maradona e Leonardo diCaprio, compartilharam fotos de uma floresta com grandes chamas e clamaram pela ajuda de seus fãs e de instituições internacionais, criticando a atuação do governo brasileiro.
Contudo, essas fotos também eram falsas. Como consequência das supostas fotos, outras soberanias nacionais fizeram graves ameaças ao Brasil devido às queimadas.
A mais conhecida delas foi a do Presidente Francês, Emmanuel Macron.
O líder da França se referiu a Amazônia como “nossa casa” e ameaçou penalizar o país pelas queimadas com uma tentativa de vetar os acordos econômicos entre a União Europeia e o G7 com o Brasil.
Em seu discurso, o líder francês afirmou que um dos motivos essenciais para se preservar a floresta amazônica é o fato dela produzir 20% do oxigênio do mundo, de forma que as queimadas iriam gerar uma escassez de ar respirável por todo o globo terrestre.
Entretanto, a afirmação de que a Amazônia é o pulmão do mundo não é verdadeira. Afinal, no processo de respiração, as plantas consomem praticamente todo o oxigênio que produzem.
Devido ao pequeno território e às terras não muito férteis para a agricultura, a Europa possui dificuldade na produção de alimentos. De todo o PIB da União Europeia, a agricultura ocupa apenas 1,1%.
Nesse cenário de dificuldades de produção, a UE precisa subsidiar a agricultura de seus países membros, repassando, apenas para a França, R$ 7,35 bilhões por ano, mais que qualquer outro país da Europa.
Com o acordo entre a União Europeia e o Mercosul, a Europa poderá comprar mais produtos agrícolas por menores preços.
Isso é mais vantajoso do que gastar muito para produzir pouco no próprio continente, já que a produção agropecuária no Brasil é muito menos custosa devido às facilidades do território.
Se, porém, houver um acordo entre o Brasil e a União Europeia, a França perderá grande parte de todos os bilhões que recebe por ano. Prejuízo para os franceses, benefícios para os brasileiros.
Além disso, a França tem empresas que precisam de elementos encontrados apenas na Amazônia para produzir seus principais produtos, como é o caso de muitos dos seus perfumes que utilizam o pau-rosa em sua confecção, como o famoso Channel nº5.
O IBAMA tentou proibir essas empresas de continuarem a extração do pau-rosa, porque ele está em processo de extinção. Contudo, eles obtiveram vitória na justiça brasileira e continuam a derrubá-los.
Além dos perfumes, outros produtos são retirados do Brasil e usados na França. Na Amazônia, a mineradora francesa, Imerys, protagonizou um dos piores casos de poluição da região.
Em 1 mês, a companhia foi responsável por 5 vazamentos de metais tóxicos nas águas de Barcarena, no Pará, causando dano à saúde de aproximadamente 7 mil pessoas.
A empresa foi condenada em 77 milhões de reais em multas pela justiça brasileira, sendo obrigada a fornecer água e cesta básica para os moradores da região. Além disso, foi proibida de armazenar os minerais causadores dos estragos ambientais.
Os casos relatados acima são a ponta do iceberg, o documentário Cortina de Fumaça aborda em detalhes alguns dos principais interesses por trás do alarmismo com as queimadas.
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