As consequências do movimento feminista podem ser tidas como um dos maiores triunfos de movimentos ideológicos dos últimos séculos. Poucos movimentos sociais e políticos conseguiram influenciar tantos países com tanta força.
Muitos afirmam que o feminismo é responsável por livrar as mulheres de séculos de opressão masculina. Outros afirmam que o movimento prejudicou a essência do ser mulher. Mas afinal, o que é feminismo e quais foram suas reais consequências?
As consequências do movimento feminista conseguiram mudar diversas sociedades e grande parte das suas estruturas políticas. É possível estabelecer relações de causa e consequência entre a mudança do papel social da mulher e o avanço de pautas feministas.
Mesmo no Ocidente, certas falas e jeitos de se vestir eram impensáveis há 60 anos atrás.
O feminismo altera a sociedade principalmente nos aspectos:
Cada um dos aspectos mencionados será comentado, contudo, é importante compreender o que é feminismo antes de analisar essas consequências.
A definição de feminismo que mais abrange todas as suas ramificações, é esta:
“Movimento que afirma existir uma desigualdade entre homens e mulheres e disso decorre a desvantagem feminina em diversos campos da vida, sendo preciso desfazer essa desvantagem através de políticas públicas ou de ações diretas e afirmativas”.
A diferença se encontra no método de aplicação da máxima feminista.
Alguns grupos, como o Free the Niple e o Femen, defendem a exposição dos corpos nus das mulheres como forma de vencer a opressão sobre o sexo feminino.
Outros grupos feministas defendem uma igualdade social, possuindo uma militância restrita em busca de políticas sociais mais assertivas.
Antes do feminismo ser aceito socialmente, o papel da mulher na sociedade era visto de forma diferente. Até aproximadamente a década de 70, predominava a ideia de que as mulheres deveriam ser protegidas pelos homens. Essa visão se baseava na força física e nas necessidades psicológicas.
Por considerarem a mulher detentora de uma natureza mais delicada, a expectativa social de que o sexo feminino cuidasse mais de questões relacionadas a beleza e a cuidados maternais.
As mulheres cuidavam da organização do lar, da criação dos filhos e, quando trabalhavam, geralmente cuidavam de áreas relacionadas à educação e a organização de escritórios e consultórios.
O papel sociológico do homem era de proteger a esposa fisicamente e psicologicamente. O homem devia sacrificar-se no trabalho para prover a sua esposa e os filhos.
Muitos casais não viviam assim, certos homens traíam as esposas e as maltratavam, mas o ideal era a proteção da mulher em todos os campos de sua vida.
A partir da segunda onda do feminismo, a visão ocidental do papel sociológico da mulher passou a mudar. Uma das principais consequências do movimento feminista foi acabar com a visão de que a mulher possui uma natureza mais delicada.
Autoras como Simone de Beauvoir e Kate Millett passaram a rechaçar o pensamento de que as mulheres devem ser cuidadas e protegidas pelos homens. Elas consideravam essa visão opressora e negativa.
Um dos seus maiores objetivos feministas era de que as mulheres deveriam começar a assumir profissões fora de casa e não mais se casarem. Segundo elas, o sexo livre de compromisso traria a realização pessoal das mulheres.
A partir do triunfo social da segunda onda feminista, o papel sociológico da mulher passou a ser semelhante ao do homem: sacrificar-se no trabalho e não receber os cuidados de outros.
A visão das autoras da segunda onda do feminismo chegaram a alterar até mesmo o modo das mulheres encararem sua própria vida, gerando vastas mudanças psicológicas.
Após a segunda onda feminista ganhar força no ocidente, a vida prática das mulheres alterou-se. O imaginário da mulher ocidental é estabelecer uma carreira de sucesso, não uma família.
Essa nova cultura instiga a mulher a buscar a realização pessoal de forma individual, apenas se relacionando com homens que não inibem sua liberdade profissional e social.
Radicalizações desse pensamento levaram a ideia de que os homens em geral são opressores por natureza, criando o ditado “me desculpe por ser homem”.
É intrínseco ao movimento feminista defender o sexo livre. Todas as principais autoras feministas defendem que a mulher deve possuir a possibilidade de manter relacionamentos sexuais de forma liberal, sem se prender a uma pessoa.
Mary Wollstonecraft e Elizabeth Stanton, autoras do protofeminismo e da 1ª onda feminista, respectivamente, afirmavam que a moral cristã do Ocidente vai contra a natureza feminina.
Essas autoras defendiam que a mulher deve ter a possibilidade de fazer o que entender como melhor, não seguindo padrões morais, especialmente relacionados à vida sexual.
A consolidação do feminismo gerou uma mudança de moral tão grande que a maioria das mulheres deixou de seguir a tradicional moral cristã de seus países e passaram a seguir o relativismo moral, presente na doutrina feminista.
Segundo a médica Carolina Sales Vieira da USP, mais de 82% das mulheres brasileiras utilizam anticoncepcionais e 55% das gestações não são desejadas.
O movimento feminista trouxe mudanças significativas na sociedade, especialmente a partir da 2ª onda. As principais consequências e falsas consequências apontadas são:
No início do feminismo, a maioria das mulheres preferia trabalhar em casa como dona do lar, junto aos seus filhos, do que passar por uma jornada extenuante para alguma empresa ou fábrica.
Essa realidade pode ser enxergada em um dos primeiros e mais importantes eventos do feminismo: a Convenção de Seneca Falls.
Elizabeth Stanton e Lucretia Mott eram militantes importantes do feminismo de primeira onda. Para divulgar suas teses, elas organizaram uma convenção feminista em Seneca Falls, uma das primeiras reuniões feministas públicas da história.
Na convenção, as fundadoras fizeram uma pesquisa com as membros do grupo perguntando se elas desejavam o voto feminino.
O resultado surpreendeu as chefes: a maioria das mulheres reprovou as pautas, seus interesses eram apenas possuírem direitos civis básicos, não adquirir mais deveres extenuantes.
Mesmo com o resultado negativo da pesquisa, as duas continuaram lutando pela inserção no mercado de trabalho e pelo voto feminino.
Uma das pessoas mais influentes para a adoção de métodos anticonceptivos no mundo foi Margaret Sanger, feminista do tempo da 1ª onda com ideias de 2ª onda.
Seu pensamento eugenista foi financiado e defendido pela Fundação Rockefeller, um dos órgãos sociais mais influentes do mundo.
Após as publicações de suas obras, o mundo ocidental passou a promover e utilizar métodos de controle de natalidade, como distribuição de camisinhas e pílulas anticoncepcionais.
Os filhos passaram a ser enxergados como um fardo, não uma alegria.
Margaret Sanger também defendia o aborto e foi pioneira na disseminação da prática pelo mundo. Na primeira vez que abriu uma clínica de aborto foi presa, mas depois foi solta e suas clínicas foram financiadas pela Fundação Rockefeller.
Margaret desejava que o aborto impedisse a vida de pessoas pobres e deficientes.
Ela é a fundadora da maior rede de clínicas de aborto do mundo contemporâneo, a Planned Parenthood.
Em 1921, Margaret publicou um folhetim chamado O valor eugênico da propaganda do controle de natalidade. Na página 5 ela diz:
“A eugenia é sugerida pelas mais diversas mentes como o caminho mais adequado e definitivo para a solução de problemas raciais, políticos e sociais.
O problema mais urgente hoje é como limitar e desencorajar o excesso de fertilidade daquele que é mental e fisicamente deficiente.”
No livro O Eixo da Civilização, Margaret diz:
“Tais pais [pobres] engrossam as fileiras patéticas dos desempregados. A mentalidade débil perpetua-se nas fileiras daqueles que são levemente indiferentes às suas responsabilidades raciais.”
Sua primeira clínica de aborto foi criada no Brooklyn, bairro cuja maioria da população era pobre e negra.
Simone de Beauvoair diz em seu livro O Segundo Sexo: Fatos e Mitos:
“A ação das mulheres nunca passou de uma agitação simbólica, só ganharam o que os homens concordaram em lhes conceder. Às mulheres nada tomaram, elas receberam [...]”.
De acordo com Ana Campagnolo, o voto feminino foi uma concessão dada pelos homens, não uma conquista do movimento feminista.
O voto feminino foi colocado em pauta por homens e aprovado por homens.
Grande parte das mulheres não queriam votar. Esse é o caso das mulheres nos EUA, Inglaterra, Suíça e outros países desenvolvidos.
A autora feminista, Esther Vilar, diz o seguinte:
“Na Suíça, um dos países mais desenvolvidos do mundo, as mulheres não possuem um direito de voto geral [ela escreveu o livro um pouco antes da aprovação].
Há pouco tempo, em determinado cantão suíço, pediram às mulheres para votar sobre a introdução do direito ao voto e a maioria decidiu-se contra.
Os homens suíços ficaram atônitos, pois julgavam que essa situação indigna era resultado da sua tutela centenária.”
Ana Campagnolo, historiadora e estudante do tema, resume as principais críticas ao feminismo. Suas principais bases são Grace Goodwin, Chesterton, Mises, e as cosmovisões do Direito Natural e do Cristianismo.
Algumas das principais críticas são:
Como visto na história do feminismo, desde as origens do movimento existe a ideia de que não existe feminilidade e masculinidade.
Isso acaba com o próprio sexo feminino.
O pensamento contrário ao feminismo afirma que a mulher se realiza enquanto mulher, e o homem como homem.
Isso não significa que um possua valor maior que o outro, mas que seu modo de viver é outro devido a sua natureza. O valor das vidas masculinas e femininas são iguais.
As vantagens adquiridas pelas mulheres acabam a vigência do pensamento feminista em uma sociedade. Alguns exemplos são:
Mais de 42 milhões de abortos ocorrem no mundo por ano, de acordo com pesquisa da Worldeters. Devido ao aborto, milhões de mulheres são assassinadas no ventre das mães antes de nascerem, através do aborto, disseminado pelo movimento feminista.
Desde o início, o movimento ignorou a vontade de muitas mulheres.
Na convenção de Seneca Falls, a maioria das mulheres votou contra o voto feminino, mas mesmo assim as líderes dos grupos lutaram pela pauta.
O mesmo ocorreu na Inglaterra e em diversos outros países.
Sobre isso, Chesterton diz o seguinte:
“As sufragistas estão praticamente dizendo que as mulheres podem votar sobre tudo, exceto sobre o sufrágio feminino”.
Nesse caso, percebe-se o interesse das líderes contra o interesse das mulheres em geral.
Elizabeth Stanton buscava apenas seus interesses anti-Cristãos, conforme ela diz no livro Bíblia Feminista.
Outros grupos também tinham interesses em manipular o movimento para ganho próprio.
Ana Campagnolo cita um exemplo no seu curso do Núcleo de Formação:
"Nas décadas de 1920 e 1930, o consumo de tabaco estava declinando, os homens estavam consumindo menos. Por interesses capitalistas, teve início uma campanha para que as mulheres passassem a fumar, para a indústria ganhar um novo público.
No dia 1º de abril, o New York Times publicou uma reportagem intitulada ‘Grupo de meninas tragam cigarros como gesto de liberdade’.
Essa notícia era uma referência à marcha Tochas da Liberdade, promovida no dia 31 de março de 1929, na Páscoa.
Essa marcha dava a impressão de que as mulheres estavam quebrando um tabu, porque, na época, dizia-se que as mulheres que fumavam eram prostitutas ou indecentes.
A marcha das Tochas pela Liberdade, no meio da pácoa, parecia um grande avanço feminista. Entretanto, na verdade, esse evento foi patrocinado pelo propagandista da indústria de tabaco.
Com a queda do consumo por parte dos homens, a indústria do tabaco resolveu vendê-lo também para as mulheres.
Ninguém estava preocupado com a liberdade das mulheres, mas sim com a venda de cigarros".
As mulheres passaram a ter mais fardos após o feminismo.
Alguns deles são:
Atualmente as mulheres precisam cumprir mais burocracias estatais, burocracias dos seus trabalhos, burocracias legais, que antigamente eram praticamente todas de responsabilidade do marido.
Na estrutura econômica atual, é difícil para as mulheres cuidarem dos seus hobbys, dos seus filhos e da estética da casa.
Após o feminismo a mão de obra dobrou, dividindo os salários na metade. A dificuldade para um homem sustentar sua mulher cresceu.
As mulheres foram forçadas a lidar com burocracia e trabalho devido a um pequeno grupo de feministas, não através de um movimento espontâneo e majoritário.
Chesterton diz o seguinte sobre esta situação:
“Ele [o controle de natalidade] trouxe a ideia confusa de que as mulheres são livres quando servem aos seus empregadores, mas são escravas quando ajudam seus maridos.”
É comum ouvir reclamações de mulheres a respeito dos homens contemporâneos.
Um ponto possível na explicação da falta de bons companheiros é o fato das mulheres terem se masculinizado.
Mulheres são influenciadas pelo movimento a viverem como homens. Muitas buscam não precisar de alguém, não serem mães ou muito dedicadas à maternidade.
Elas realizam trabalhos extenuantes de longa jornada, afastando-se da família.
Esse modo de vida era defendido por Margaret Sanger e Simone de Beauvoir, por exemplo.
Buscando esse tipo de vida, a essência da relação de complemento entre homem e mulher é quebrada. Não pelo fato de trabalhar ou participar da política, mas fazer isso em excesso.
Dessa maneira, muitos homens com valores morais firmes, como fidelidade e proteção, não buscarão essas mulheres, pois elas não cumprirão o papel complementar.
Cumpre ressaltar que na Idade Média as mulheres tinham os benefícios pré-feminismo e participação ativa no mundo social.
A historiadora Régine Pernoud comenta sobre a situação das mulheres em seu livro O Mito da Idade Média:
“Nos atos notariais é muito frequente ver uma mulher casada agir por si própria, abrindo, por exemplo, uma loja ou um negócio, e isto sem ser obrigada a apresentar uma autorização do marido.
Finalmente, os registros das derramas (nós diríamos os registros dos recebedores), quando nos foram conservados, como é o caso de Paris, no fim do século XIII, mostram uma multidão de mulheres que exerciam profissões: professora, médica, boticária, educadora, tintureira, copista, miniaturista, encadernadora, etc.”
O movimento possui um vasto histórico de ações e diversas estratégias elaboradas cautelosamente. Não foi um movimento espontâneo da sociedade. Essa face oculta contrária a valores tradicionais é um dos principais problemas para a vida dos brasileiros.
Em pesquisa feita pelo Datafolha, 72% das mulheres brasileiras não se consideram feministas.
Contudo, mesmo a maior parte dos brasileiros negando o feminismo, a ideologia consegue ser predominante nas mídias e nas políticas do país.
Grande parte da população não sabe quais são as intenções reais dos autores e grupos que buscam disseminar essa ideologia. A história do movimento envolve escândalos profundos.
Para mostrar o que está além do que se vê, a Brasil Paralelo foi investigar a fundo o tema e todas as suas transformações através dos anos.
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