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Suzane Von Richthofen e irmãos Cravinho - veja os detalhes de um dos casos mais chocantes do Brasil

Biografia
Caso Suzane Von Richthofen
Suzane e o irmão no funeral dos pais.
Redação Brasil Paralelo

Suzane Von Richthofen é uma das personalidades mais conhecidas do Brasil. O assassinato a sangue frio, o falso álibi e a jornada de Suzane marcaram o país como um dos casos mais chocantes já noticiados.

Tudo começou em 31 de outubro de 2002, quando o caso Suzane Richthofen foi noticiado em todo o Brasil. Após uma breve investigação, o assassinato brutal de Manfred e Marísia Von Richthofen foi esclarecido: o rico casal perdeu a vida através de um plano organizado pela própria filha.

O caso envolve dinheiro dos pais, acusações de abuso sexual incestuoso, supostos envolvimentos com a política de São Paulo e outros detalhes que podem ter passado despercebidos por muitos.

Conheça o caso Suzane Von Richthofen com novas descobertas e veja como estão Suzane e seus comparsas em 2024.

  • Para saber mais sobre o caso, o programa Investigação Paralela fez uma análise minuciosa de cada um dos fatos e das provas do assassinato de Manfred e Marísia Von Richthofen, na qual o presente artigo foi baseado. Assista:

O que você vai encontrar neste artigo?

A conturbada relação de Suzane Von Richthofen com os pais

Segundo o Investigação Paralela, programa de investigação criminal da Brasil Paralelo, os pais de Suzane Von Richthofen tinham uma relação fria e distante com a filha. Eles não eram carinhosos e não davam muita atenção para a filha.

No aniversário de 15 anos de Suzane, uma amiga a abraçou, o que gerou bastante incômodo em Suzane.

Suzane disse-lhe para nunca mais fazer algo assim novamente. O motivo dado por ela era de que se sentia desconfortável, pois nunca tinha recebido demonstrações de afeto antes e não sabia como reagir a eles.

Suzane nunca teve muito afeto dos pais. O vazio criado pela frieza alemã foi preenchido pelo carinho obsessivo que recebia do namorado que a ajudou nos assassinatos. Mas os problemas familiares não paravam aí.

Marísia descobriu traições do marido e seu envolvimento com prostitutas quando Suzane tinha 18 anos. Nesse momento, ela foi até a filha e deu um longo e emocionado abraço. O gesto mexeu muito com Suzane, era a primeira vez que recebia um abraço de algum membro da família.

Como eram os pais de Suzane

Suzane matou os pais para ficar com o dinheiro deles e usá-lo para viver com o namorado. Porém, para além do amor pelo namorado, foram descobertas várias intrigas na história dela com os pais: brigas, corrupção política, mentiras sobre a história da família e vício em drogas.

Em 2002, no ano do assassinato do casal, Manfred Albert Von Richthofen era engenheiro civil na empresa Engenharia de Desenvolvimento Rodoviário SA (Dersa). Tinha 49 anos. Marísia, mãe de Suzane, tinha 50 anos e trabalhava como psiquiatra, atendendo a classe alta de São Paulo.

Manfred nasceu na Alemanha. Mudou-se com sua família para o Brasil quando tinha apenas 1 ano de idade, em 1954, indo morar em Santa Catarina. Na década de 70, Manfred passa no vestibular da USP, em engenharia, e passa a morar em São Paulo, cidade na qual Suzane iria nascer.

Manfred von Richthofen conheceu Marísia na capital paulista, na USP, onde ela estudava medicina. Após apaixonarem-se, os dois se casaram e começaram uma boa vida na cidade de São Paulo.

O salário de Manfred era de 11 mil reais na época de seu assassinato. Ele trabalhava na Dersa, empresa responsável pelas rodovias do Estado de São Paulo. Enquanto isso, Marísia tinha seu próprio consultório de psiquiatria, ganhando em média 20 mil reais em consultas.

Somando os bens herdados da família, o patrimônio do casal era avaliado em 11 milhões de reais em valores atuais, antes do homicídio cometido pela filha.

O sobrenome Richthofen, de Manfred, supostamente veio de uma família nobre da Alemanha. A família possui cientistas, diplomatas e o aviador Barão Vermelho, considerado o maior piloto da 1ª Guerra Mundial.

Contudo, após o assassinato de Manfred Richthofen, um jornal alemão alegou que Manfred estava mentindo. A reportagem que mostra as possíveis mentiras de Manfred revela um importante traço de seu caráter, que pode ter influenciado a filha.

O pai de Suzane von Richthofen a influenciou negativamente?

Henrique Zingano e Benke, apresentadores do programa Investigação Paralela, da Brasil Paralelo, demonstram um dos possíveis casos de manipulação de Manfred Richthofen, que possivelmente influenciaram Suzane. Nas palavras de Zingano e Benke, apresentadores do programa:

Zingano — No começo falamos do Barão Vermelho. Acho que o pai dela mentiu nessa.
Muito se disse a respeito de um possível parentesco entre o pai de Suzane e Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen, o famoso Barão Vermelho, piloto de caça na Primeira Guerra Mundial.
Passou-se a jogar luzes sobre essa possível conexão quando a mídia alemã, e em particular o Diário Bild, tratou de desmentir que o engenheiro assassinado no Brasil tivesse algum parentesco com o seu homônimo. Alegaram que toda essa história seria uma invenção de Manfred.
Benke — Segundo Manfred, “o Barão Vermelho era meu tio-avô. E meu pai foi indicado para testar o primeiro esquadrão de aviões bombardeiro de mergulho Stuka, agrupados num esquadrão batizado por Hitler de Esquadrão Richthofen. Meu pai comandou tudo isso, foi bombardear a Guerra Civil Espanhola para proteger o ditador Franco, que solicitara a Hitler o apoio logístico dos Stukas. Meu pai, de certa forma, ajudou a pintar a Guernica de Pablo Picasso, porque bombardeou a cidade retratada por ele”. 
Mas quando analisamos as afirmações, nenhuma delas se sustenta, ou ao menos se mostram extremamente improváveis. Para que o pai de Manfred tivesse de fato testado e comandado o primeiro esquadrão de Stukas, e para que tivesse participado no bombardeio de Guernica na Guerra Civil Espanhola, ele teria que ter uma patente de capitão ou major, ou seja, teria que ter, também, algo entre 18 e 28 anos de idade.
Sabemos que o Barão Vermelho tinha 3 irmãos, e todos eles tiveram filhos. De todos os sobrinhos do piloto de caça alemão, o mais velho à época da Guerra Civil Espanhola tinha apenas 15 anos. Ou seja, não existe a possibilidade de algum deles ter sido o pai de Manfred, se ele de fato teve participação em Guernica.
Ainda, se ele estava na unidade de Stukas, não chegou nem perto de Guernica, pois os modelos de aeronaves que participaram do bombardeio eram outros, não havia nenhum Stuka.
Zingano — Com tantas inconsistências na história inventada pelo pai da Suzane, a gente pode se perguntar: isso teria influenciado a Suzane a ser uma pessoa manipuladora também? Não podemos esquecer que a Suzane manipulou o Daniel ao mentir, dizendo que o pai abusava sexualmente dela desde os 14 anos de idade, e ficar fantasiando a morte dos próprios pais… uma psicopata em potencial?
Essa questão da frieza e psicopatia de Suzane pode ter resultado na morte de seus pais. Mas esse não seria o único motivo para se livrar dos dois.
Suzane Von Richthofen no enterro de seus pais
Suzane Von Richthofen no enterro de seus pais.

Descoberta do programa Investigação Paralela

O programa de investigação criminal da Brasil Paralelo, Investigação Paralela, descobriu algo que não é comumente retratado nos livros e filmes do caso Suzane Von Richthofen: o pai de Suzane foi acusado de ter desviado milhões de reais do governo de São Paulo.

Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal, no relatório da operação Satiagraha, revelam corrupção envolvendo contratos bilionários da Alstom, grupo industrial francês que atua na área de infraestrutura de energia e transporte, com empresas públicas do Estado de São Paulo.

A operação, comandada pelo Delegado Protógenes Queiroz em julho de 2008, prendeu o banqueiro Daniel Dantas, dono do Opportunity, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, e o empresário Naji Nahas, acusados de desvio de verbas públicas e crimes financeiros.

Citado como um dos responsáveis por arrecadar fundos desviados dos contratos da Alstom, é o engenheiro da Dersa Desenvolvimento Rodoviário S/A, Manfred von Richthofen.

Manfred von Richthofen foi acusado de auxiliar o PSDB a realizar desvios milionários nesse caso. O programa Investigação Paralela levantou a hipótese de que Suzane também buscava uma outra fortuna - maior que a declarada - que o pai ajudou a desviar.

O apresentador Henrique Zingano escutou de uma fonte que Suzane via o pai movimentando sacos de dinheiro com frequência. O caso está sendo investigado em segredo de justiça.

  • Veja como são feitas investigações criminais - toque no link para ler a entrevista com o roteirista e apresentador do Investigação Paralela.

A revelação causou escândalo na população do Estado de São Paulo, chegando a abalar a candidatura de Geraldo Alckmin para o governo do Estado.

Como Suzane conheceu Daniel Cravinhos - o namorado que matou seus pais

Tudo estava aparentemente tranquilo na casa da família nobre, até que um passeio de domingo no Ibirapuera mudaria totalmente o rumo dos Richthofen. Em um ensolarado domingo de agosto de 1999, a família Von Richthofen decidiu dar um passeio no Parque Ibirapuera.

Durante a caminhada, Andreas se interessou pela competição de aeromodelismo que acontecia naquele dia, e começou a conversar com Daniel Cravinhos, um dos competidores presentes e dono de alguns dos aviões.

Logo, Andreas começa a fazer aulas e praticar o novo hobby, tendo Daniel como professor. Em pouco tempo, os dois se tornaram amigos muito próximos. Foi através dessa amizade que Suzane conheceu seu futuro namorado.

Em um primeiro momento, Manfred e Marísia não se importaram de sua filha ter começado um relacionamento mais íntimo com alguém de uma condição social diferente. Acreditavam que seria algo passageiro.

Com o tempo, o relacionamento de Suzane e Daniel foi se tornando mais sério, e Manfred e Marísia começaram a ficar preocupados. O professor de aeromodelismo ganhava a vida construindo e vendendo dois aviões por mês, e ganhava em média 1400 reais por aeromodelo. 

Por conta disso, Suzane pedia um dinheiro extra ao pai, além da mesada que já recebia, e emprestava esse dinheiro ao namorado, que se aproveitava ao máximo das boas condições financeiras da família von Richthofen.

Suzane prestaria o vestibular para ingressar no curso de Direito na USP. Mas a jovem não teve sucesso, e não conseguiu atingir a pontuação necessária para passar para a segunda fase, o que foi considerado uma grande decepção para seus pais. O motivo que deram ao fracasso da filha foi seu relacionamento conturbado com o namorado.

Ao fim de 2001, os pais passaram a tentar convencer Suzane a dar um fim ao namoro, pois haviam descoberto o envolvimento de Daniel com drogas. Também sabiam que Suzane já negligenciava os estudos há muito tempo. 

A partir desse ponto, os dois começaram a se encontrar de noite às escondidas. Suzane dizia que ficaria em casa de amigas, estudando, enquanto elas ajudavam a encobrir a mentira.     

Em uma noite de abril de 2002, a estratégia deu errado. Marísia telefonou à melhor amiga de Suzane e descobriu que a filha não tinha ido dormir lá. 

Na manhã seguinte, quando Suzane voltou para casa, sua mãe exigiu explicações, e descobriu que a filha passava as noites em um motel com o namorado. Foi então que Manfred e Marísia resolveram proibir definitivamente o namoro. 

Depois de alguns desentendimentos com os pais, Suzane decide mentir, e diz que o relacionamento com Daniel tinha finalmente chegado ao fim, mesmo com os constantes encontros secretos. 

Entre maio e setembro de 2002, diversos confrontos entre Manfred e Daniel fizeram com que a polícia fosse chamada para apartar as brigas. O motivo era sempre o mesmo: Suzane chegava tarde em casa com Daniel escondido, e Manfred tentava impedi-lo de entrar. 

Nesses 2 anos, Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos discutiam diferentes formas de tirar Manfred e Marísia de suas vidas. No início, não pensavam em matá-los, apenas em fugir e viver da forma como queriam. 

Mas em algum momento, essa vontade deixou de ser apenas uma fantasia, e os planos do assassinato ganharam forma.

Na tarde do dia 30 de outubro, Suzane e Daniel decidiram fazer testes com uma arma. O objetivo era checar se os disparos dentro do quarto dos pais poderiam ser ouvidos fora da casa. Percebendo que o barulho era alto demais, precisaram desistir do plano e pensar uma nova forma de cometer os assassinatos.   

Suzane desiste de matar os pais e demonstra aceitar a decisão deles de proibir o namoro dos dois.

Nessa hora, Daniel chantageia Suzane e diz que vai se suicidar, já que o namoro não pode continuar. Por conta disso, ela volta a querer que ocorra o assassinato, mas com a condição de não ter que botar a mão na massa. 

Então, o Daniel vai atrás de seu irmão Christian e pede sua ajuda. A resposta dele foi algo como:

“Não vou participar, a gente vai ser pego. Eu não sou criminoso e vou falar pros nossos pais”.

Nesse momento Daniel desistiu de matar os pais da Suzane.

Manfred abusava da filha, Suzane Von Richthofen?

Com a desistência de Daniel, Suzane mentiu para Daniel. Ela se aproveitou do fato do Daniel ser emotivo e disse: 

“Já que você desistiu, vou te contar algo que eu não ia te contar: meu pai abusa sexualmente de mim desde os 14 anos”

Em 2004, em entrevista para a revista Quem, Suzane admitiu que o pai nunca a abusou.

Daniel, enciumado por causa de sua paixão, volta para casa e começa a quebrar o ateliê de aeromodelismo inteiro.

Segundo depoimentos, Cristian acabou topando participar do crime por amor. Ele disse:

“Eu entrei por amor ao meu irmão, porque eu sabia que ele não ia ser capaz de matar os dois sozinho”. 

Instantes antes dos assassinatos, Cristian falou a Daniel:

Tamo junto nessa, mas a gente vai se dar mal, não vamos saber nos comportar depois de cometer o crime”.

O assassinato

Na noite do crime, Suzane, Daniel e Christian deixaram Andreas em uma Lan House e disseram-lhe que tinham convencido os pais a deixá-lo faltar a aula no dia seguinte, e por isso poderia ficar por lá até tarde.

Na madrugada do dia 31 de outubro de 2002, uma quinta-feira, Daniel e Christian Cravinhos foram conduzidos por Suzane para dentro de sua casa. A garota, liderando o grupo, foi na frente para conferir se os pais estavam dormindo. 

Ao sinal positivo, Daniel e Cristian entraram no quarto e os mataram com golpes de canos de ferro. 

Foram golpes dados na cabeça. Manfred faleceu na hora. Marísia, ao ser atacada, acordou e tentou se defender com as mãos, por isso teve três dedos fraturados. Em suas últimas palavras, ela implorou para que os agressores não machucassem seus filhos.

Christian disse à polícia que, em determinado momento, enquanto agonizava, Marísia passou a emitir um som "parecido com um ronco". Para tentar silenciá-la, Christian Cravinhos então pegou uma toalha no banheiro do casal e a empurrou pela garganta, o que quebrou um dos ossos de seu pescoço. 

O corpo de Marísia foi envolvido em um saco plástico de lixo, que havia sido deixado por Suzane na escada para que os irmãos depositassem as barras de ferro e suas roupas manchadas com o sangue dos pais.

No depoimento de Suzane à polícia, ela disse:

"Chegamos em casa, eu entrei e fui até o quarto dos meus pais. Eles estavam dormindo. Aí, eu desci, acendi a luz e falei que eles podiam ir. Fiquei sentada no sofá, com a mão no ouvido. Eu não queria mais que meus pais morressem. Mas aí eu percebi que não tinha mais o que fazer, que já era muito tarde"

O que aconteceu com a fortuna dos von Richthofen? Quem ficou com a herança?

Toda a fortuna de Manfred e Marísia Von Richthofen, avaliada em 11 milhões de reais, foi destinada para o filho caçula do casal, Andreas von Richthofen. Em 2011, foi promulgada a sentença judicial na qual Suzane foi considerada indigna de receber a herança.

Como o jovem sofre com o vício em álcool e drogas, a curatela dos valores provavelmente é feita por parentes próximos. Após o crime, Andreas passou a morar com a avó e os tios.

Veja como estão Suzane Von Richthofen e seus comparsas em 2024

Suzane Von Richthofen saindo da prisão
Suzane Von Richthofen em uma das suas saídas da prisão.

Suzane recebeu liberdade condicional em janeiro de 2023, após cumprir 16 anos de prisão na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier em Tremembé, São Paulo​, mostra o site The Cinemaholic.

Desde sua libertação, Suzane vive em Bragança Paulista com Felipe Zecchini Muniz, atual namorado de Suzane. Em janeiro de 2024, ela deu à luz seu primeiro filho, um menino chamado Felipe​​. Além disso, Suzane tentou abrir uma loja de produtos customizados.

Na inauguração da loja, Suzane Von Richthofen prometeu confeccionar pessoalmente os produtos vendidos em sua loja , "Su Entre Linhas". No início de 2024, a página da loja no instagram alcançou mais de 50 mil seguidores.

Assim que o ateliê foi aberto, a ex-detenta foi questionada se fazia todos os produtos que mostrava nas redes sociais. Para garantir a autoria, Suzane mandava vídeos trabalhando para os clientes. As gravações pararam em agosto de 2023, quando ela descobriu que estava grávida e terceirizou a produção.

A gerente financeira Pamela Siqueira, de 34 anos, se sentiu enganada ao descobrir que a sandália havaianas com pedrinhas e estampa de sereia que custou R$ 178, com frete, não foi feita por Suzane, como informado pela loja. O produto veio de Angatuba, cidade no interior de São Paulo, e a ex-detenta mora hoje em Bragança Paulista, noticiou a Bandeirantes.

A loja ainda funciona em 2024. O trabalho permite que Suzane permaneça em liberdade condicional, já que esse é um dos principais requisitos para a modalidade penal.

Suzane teve acesso a 25 saídas temporárias do presídio.

Daniel Cravinhos

Daniel Cravinhos, ex-namorado de Suzane e cúmplice no crime, também foi condenado a aproximadamente 40 anos de prisão. Em 2018, Daniel recebeu o benefício da progressão para o regime semiaberto, que permite a ele sair da prisão para trabalhar durante o dia e retornar à noite. Desde então, ele tem mantido um perfil mais discreto e longe dos holofotes da mídia​.

Em 2014, Daniel se casou, mas se separou em 2022. Em entrevista ao jornalista Ulisses Campbell, Alyne, ex-mulher de Daniel, disse:

“De uns tempos pra cá, a relação esfriou e ele resolveu terminar tudo. Aí ele conheceu outra pessoa. (…) O Daniel tem fome de liberdade. Ele é muito assediado por mulheres. (…) Ele percebeu que além de dois, existem mais”, disse.

Ao ser questionada sobre o que a levou a se relacionar com Daniel, ela disse que era “fetiche” por um homem preso.

Christian Cravinhos

Christian chegou a ser libertado mas foi preso novamente. Após ter saído do presídio no mesmo período que seu irmão, Christian foi acusado de agredir uma mulher e tentou subornar os policiais, sendo preso novamente. 

Novo filme sobre Suzane Von Richthofen está sendo produzido

novo filme sobre o caso Suzane Von Richthofen

Em 2021, dois filmes baseados no caso Suzane Von Richthofen foram lançados: A Menina que Matou os Pais e O Menino que Matou Meus Pais, ambos dirigidos por Maurício Eça.

As histórias são baseadas nos depoimentos dos acusados. Durante as investigações, o casal acusou um ao outro de ter sido o mentor do crime. Nas obras, Suzane é interpretada por Carla Diaz e Daniel por Leonardo Bittencourt.

Um terceiro filme sobre o caso foi produzido: A Menina Que Matou Os Pais: A Confissão. A história narra os bastidores das investigações e o que aconteceu com cada um dos envolvidos após os crimes.

O caso ainda é lembrado até os dias de hoje, mesmo por pessoas que nasceram após o ocorrido, tendo atravessado gerações devido ao choque que causou na sociedade.

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