No final do ano, alguns símbolos típicos do Natal enfeitam as casas de grande parte do mundo. Árvores de Natal, sinos, guirlandas, presépios, papais noéis e renas são encontrados até mesmo nas ruas e nos shoppings.
Muitos podem deixar passar despercebido, mas cada um desses enfeites possui uma profunda história milenar por trás. Conhecer quais são os símbolos de Natal engrandece muito a experiência de uma das datas mais amadas do ano.
Os símbolos do Natal foram formados ao longo de séculos, sendo passados de geração em geração. Para bem compreendê-los, antes é necessário compreender bem o sentido do Natal, já que cada enfeite aponta para o centro dessa data.
O sentido do Natal é o nascimento de Jesus Cristo, filho de Maria.
Os cristãos celebram a visita de Deus que se faz homem.
Eles creem que estão decaídos, que não podem entrar no paraíso com suas próprias forças ou méritos. Acreditam na necessidade de serem resgatados por Deus. Por fim, no Nascimento de Jesus em Belém, creem que o Senhor veio ao encontro da ovelha perdida.
Assim, para se aproximar do seu amado mestre, os amantes de Jesus criaram diversos símbolos para viverem melhor os divinos mistérios. Alguns deles são os que seguem.
A árvore de Natal surgiu em 728, na Baixa Saxônia, atual Alemanha. Tudo começou devido a aventura de São Bonifácio, bispo católico missionário.
Bonifácio estava em missão pela Baixa Saxônia, com a intenção de levar o amor de Cristo a todos os que não o haviam recebido.
Nessa região, ainda havia pagãos. Um de seus rituais consistia em sacrificar um ser humano, geralmente uma criança, a Thor, debaixo de um carvalho, símbolo de seu deus mais poderoso e amado.
Eles acreditavam que matando um humano no carvalho conhecido como Carvalho do Trovão, Thor ficaria contente e os abençoaria.
Os cristãos repugnavam tal ato. Em sua viagem pela Saxônia, um outro bispo recomendou a Bonifácio que destruísse o Carvalho do Trovão para mostrar a falsidade da divindade de Thor e para salvar a vítima.
No dia 24 de dezembro de 728, Bonifácio reuniu um grupo de homens e correu até os bosques.
Diz a tradição que, ao se deparar com o início do ritual, São Bonifácio exclamou:
“Aqui está o Carvalho do Trovão e aqui a Cruz de Cristo que romperá o martelo do Thor, o deus falso”.
O algoz imediatamente levantou o martelo para sacrificar o menino que tinha sido entregue para o sacrifício. Porém, o Bispo estendeu seu báculo para impedir o golpe e, milagrosamente, quebrou o grande martelo de pedra, salvando a vida do garoto.
Logo, dizem que São Bonifácio disse ao povo:
“Escutai filhos do bosque! O sangue não fluirá esta noite, a não ser que piedade se derrame do peito de uma mãe. Porque esta é a noite em que nasceu Cristo, o Filho do Altíssimo, o Salvador da humanidade.
Ele é mais justo que Baldur, maior que Odin, o Sábio, mais gentil do que Freya, o Bom. Desde sua vinda, o sacrifício terminou. A escuridão, Thor, a quem chamaram em vão, é a morte. No profundo das sombras de Niffelheim ele se perdeu para sempre.
Desta forma, a partir de agora vocês começarão a viver. Esta árvore sangrenta nunca mais escurecerá sua terra. Em nome de Deus, vou destruí-la”.
- Entenda a filosofia cristã a partir de seus maiores expoentes: o movimento filosófico dos primeiros cristãos: a patrística, e o maior Doutor da Igreja, Santo Tomás de Aquino.
Então, Bonifácio pegou um machado que estava perto dele e, quando o brandiu poderosamente em direção ao carvalho, uma grande rajada de vento atingiu o bosque e derrubou a árvore, inclusive as suas raízes.
O “Apóstolo da Alemanha”, como ficou conhecido, continuou pregando ao povo alemão que não podia acreditar que o assassino do Carvalho de Thor não tivesse sido ferido por seu deus.
O santo olhou mais à frente onde jazia o carvalho e disse:
“Esta pequena árvore, este pequeno filho do bosque, será sua árvore santa esta noite. Esta é a madeira da paz [...]. É o sinal de uma vida sem fim, porque suas folhas são sempre verdes. Olhem como as pontas estão dirigidas para o céu.
Terá que chamá-lo a árvore do Menino Jesus; reúnam-se em torno dela, não no bosque selvagem, mas em seus lares: ali haverá refúgio e não haverá ações sangrentas, mas presentes amorosos e gestos de bondade”.
Desde então, o povo alemão passou a utilizar carvalhos para lembrar da divindade de Cristo, um novo mundo que foi revelado para eles após a derrota do Carvalho do Trovão.
O costume se espalhou pelo mundo principalmente a partir da famosa Rainha Vitória, cuja mãe era alemã e passou o costume para a filha, que o fez espalhar por todo seu vasto reino.
Muitas são as possibilidades de enfeitar as árvores de Natal, contudo, alguns enfeites simbólicos são os principais na maior parte das casas. São eles:
As estrelas natalinas representam a estrela que guiou os reis magos. O Evangelho de São Mateus apresenta a figura do magos do Oriente que veem um sinal no Céu anunciando o nascimento de um homem divino, que seria rei dos judeus.
A estrela é um corpo celeste que produz luz por si mesma, e uma luz fortíssima. Assim como o Cristo, que em seu poder brilha como a estrela de Natal, como Deus e como homem soberano.
As bolas vermelhas também são uma tradição alemã. Nas árvores usadas para decoração do interior das casas, costumava-se pendurar frutas.
Essas frutas simbolizavam a fertilidade, não só no nível material, como os frutos dos campos ou a gravidez de uma mulher, mas sim frutos de uma vida voltada para o bem, para as coisas do alto.
Esse foi o sentido cristão dado aos frutos devido as parábolas contadas por Jesus:
"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais fruto ainda.” (Jo 15,1).
As frutas foram substituídas por bolas de plástico já que não apodrecem, mas parecem frutas, transmitindo o mesmo significado.
Os sinos de Natal geralmente são colocados nas árvores ou em outros locais das casas e das cidades. Seu significado é o anúncio do Salvador que vem ao encontro de todos os homens.
Os sinos têm a função de anunciar a vinda de algo desde os tempos mais remotos.
Os sinos são comumente utilizados pela Igreja Católica para anunciar a Missa, considerada a vinda de Deus até o seu povo. Foi daí que surgiu o simbolismo do sino anunciador do nascimento de Jesus.
As guirlandas existem desde antes do cristianismo. Eram usadas pelos romanos como presente para entes queridos, pois acreditava-se ser um símbolo de saúde. Muitos também acreditavam em um certo poder das plantas.
As plantas são plenas de vida, beleza e possuem harmonia com o restante do mundo, a terra, os minérios e outras plantas: daí o símbolo de saúde.
A partir da era cristã as guirlandas adquiriram outros sentidos. Alguns deles são:
O sentido da saúde permaneceu, mas não apenas corporal e psicológica, como era para os romanos, mas sim espiritual, de vida eterna e contato com Deus. O sentido mágico desapareceu.
Por Jesus ser considerado o Salvador, a antiga tradição encontrou espaço no cristianismo, já que a palavra salvação tem suas origens na medicina, ou seja, na área da saúde.
O círculo representa o que é eterno, pois não tem começo nem fim. A vinda de Cristo é vista pelos cristãos como o contato do eterno com o tempo, do imortal com o mortal, por isso o símbolo é usado no Natal.
O Natal é a época da saúde eterna, do primeiro encontro direto e total do ser eterno com os seres temporais.
O formato da guirlanda é semelhante ao de uma coroa. Muitas representações de divindades romanas possuíam coroas feitas com plantas, inclusive muitas das representações famosas de Júlio César.
No sentido cristão do Natal, a guirlanda também representa a coroa do rei que vem ao encontro do seu povo, principalmente devido à coroa de espinhos usada por Cristo na sua paixão, muito semelhante a uma guirlanda.
Em dezembro, a saudação “Feliz Natal!” é muito comum. Mas ela precisa ser melhor explorada para revelar a riqueza que oculta e pretende transmitir. Muitos contemporâneos perderam a dimensão espiritual dos votos natalinos.
Ao compreender a história sobre o verdadeiro sentido do Natal, as pessoas podem viver uma alegria mais profunda e não apenas uma festividade superficial.
Para solucionar esse problema, a Brasil Paralelo está lançando o Especial de Natal 2023.
Apresentado por Luís Ernesto Lacombe e Lara Brenner, o Especial de Natal de 2023 apresentará histórias de encher o coração e apresentações musicais conduzidas pela Orquestra Acadêmica Mozarteum Brasileiro e Coral Del Chiaro, tudo isso para que esse seja um dos principais natais de sua vida.
O Episódio I foi nomeado A Vida como Milagre. Enrico e Maria Clara Misasi, Eder Puchalski e o professor Felipe Aquino partilham histórias inspiradoras sobre o dom da vida.
Um dos assuntos levantados é: as probabilidades da existência de uma pessoa é de um em 400 trilhões. Uma sequência de sincronicidades perfeitas precisou ocorrer para que todas as peças se encaixassem e uma pessoa chegasse a este mundo. A vida é um milagre.
Às 20 horas do dia 20 de dezembro, no episódio II, os participantes falarão do tema A Vida como Santuário.
A família é o ambiente de segurança e cuidado que fortalece todos até o momento em que deixam o ninho e testam suas asas no mundo afora.
Adriana e Cleyton Dias, Fernanda Fabris e Eric e Bruna Gutstein são os convidados.
Sempre é bom recordar que A Vida é um Dom. Este é o tema do terceiro episódio: dia 21 de dezembro, às 20 horas, assista a A Vida como Dom.
O Especial de Natal já marcou muitos brasileiros, chegando agora a um outro patamar. Toque aqui para saber mais sobre o Original BP.
O presépio está presente em quase todas as casas, comércios e cidades do mundo. Ele surgiu no século XIII, criado por São Francisco de Assis. O termo vem do latim, praesaepe, que significa “estrebaria” ou “curral”.
Segundo o site da Canção Nova, foi criado por São Francisco de Assis em 1223.
Ele montou o primeiro presépio em uma gruta, na Itália. Na época, a Igreja não permitia a realização de representações litúrgicas nas paróquias, mas São Francisco pediu a dispensa da proibição, para relembrar ao povo a natividade de Jesus Cristo.
Seu objetivo era facilitar a compreensão do nascimento de Jesus, principalmente pelos mais simples, os analfabetos.
No Brasil, a cena do presépio foi apresentada pela primeira vez aos índios e colonos portugueses em 1552, por iniciativa do padre São José de Anchieta.
Cada figura do presépio tem sua importância:
Representam a natureza a serviço do homem e de Deus. No nascimento de Jesus forneceram calor ao local e simbolizam a simplicidade de onde Jesus quis nascer.
Depois de Maria e José, os pastores foram os primeiros a saberem do nascimento do Salvador.
Os pastores também simbolizam a humildade, pois naquele tempo a profissão de pastor era uma das menos reconhecidas, mostrando que o rei estava perto até mesmo dos mais pequeninos, e especialmente deles.
Representa o Paraíso que celebra o nascimento de Jesus. É o mensageiro de Deus, comunicador da Boa Notícia. O anjo do presépio, normalmente, segura uma faixa com a frase: Gloria in excelsis Deo, que significa: “Glória a Deus nas alturas”.
Simboliza a luz de Deus que guia ao encontro do Salvador e que orientou os reis magos até onde estava Jesus. É a indicação do caminho que se deve percorrer para encontrar o Menino Deus.
Belchior, Gaspar e Baltazar eram homens da ciência. Conheciam astronomia, medicina e matemática.
Eles representam a ciência que vai até o Salvador e o reconhece como Deus. Ouro, incenso e mirra
São os presentes que os magos ofereceram ao Menino Jesus. O ouro significa a realeza; era um presente dado aos reis.
O incenso significa a divindade, um presente dado aos sacerdotes. Sua fumaça simboliza as orações que sobem ao céu. Dando este presente a Jesus, os magos reconhecem que o Menino é divino, que ele une a Terra com o Paraíso.
E a mirra simboliza o sofrimento e a realeza. Sofrimento, porque a mirra era utilizada com fins terapêuticos para sanar dores e sangramentos, e também estava presente em rituais funerários. Isso é visto como uma profecia da paixão de Cristo.
A mirra também representa a realeza. Na época do nascimento de Cristo, a mirra era uma especiaria muito cara, usada nos funerais de reis e de nobres como perfume para o corpo do falecido.
É o pai adotivo de Jesus, o homem que o assumiu como filho, que lhe deu um nome, um lar, que ensinou a Jesus uma profissão: a de carpinteiro. São José deu ao Menino Jesus a experiência de ser filho de um pai terreno.
É a Mãe do Menino Jesus, a escolhida para ser a mãe do Salvador. É aquela que disse “sim” à vontade de Deus, e por ela a humanidade recebeu a salvação de Jesus.
É o Filho de Deus que se fez homem, para dar sua vida pela humanidade. “Sendo ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens” (Fl 2,6).
A história do Papai Noel é permeada de dúvidas e mistérios. Alguns afirmam que a Coca-Cola criou o personagem sem relação com a festa para vender; outros dizem que o Papai Noel é pagão.
A verdadeira história do Papai Noel é revelada neste vídeo:
As renas surgiram após as criações de histórias infantis que afirmavam que o Papai Noel mora no Polo Norte. Sendo animais de terras muito frias, elas se tornaram as responsáveis em ajudar o Papai Noel a levar os presentes para as crianças boas.
Geralmente as histórias as colocam como criaturas mágicas da grande fábrica de presentes do Papai Noel.
A clássica ceia de Natal tem suas origens na tradição católica. A Igreja convoca todos os seus membros a fazerem um jejum nas vésperas do Natal.
O Advento, tempo litúrgico que antecede o Natal, é visto pela Igreja como uma época de penitência.
Assim como São João Batista clamou no deserto para endireitarem o caminho para receber o Salvador que vem, a Igreja chama seus fiéis a fazerem penitência para curar suas almas e prepará-las para a chegada de Cristo em cada Natal.
O jejum serve para que as pessoas consigam ter domínio sobre si mesmas, conseguindo focar plenamente na festa que viria, se entregando totalmente a Jesus, e estando totalmente livre para recebê-lo em seus corações.
Por isso muitas famílias começam as principais refeições após a meia noite, pois esse era o fim do jejum e o início da festa.
Os presentes de Natal servem para alegrar a confraternização já que ele é uma data voltada para a alegria. Todavia, mais do que isso, os cristãos enxergam os presentes como símbolos do maior presente de todos, Jesus Cristo.
Eles servem para que se tenha uma noção mais concreta da grandeza desta festa, para que cada um perceba que recebeu algo muito valioso.
A história do verdadeiro Papai Noel, que presenteava os pobres na Turquia do século III d.C, também é uma das maiores influências para os presentes natalinos (o vídeo na sessão Papai Noel explica como).
Uma passagem das Sagradas Escrituras baseia essa tradição:
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
A famosa iguaria de Natal tem uma história bastante curiosa e lendária. Não se sabe ao certo a sua veracidade.
A principal lenda a respeito do panetone remonta a Milão do século XV, nas vésperas do Natal. Na corte da família Sforza, um grande banquete natalino era realizado. Na cozinha, o chef tinha alguns ajudantes, dentre eles o aprendiz Toni.
Ocupado com outros pratos, o chef encarregou Toni de supervisionar o forno no qual os biscoitos estavam sendo preparados, a grande sobremesa do evento.
Cansado de tanto trabalhar, Toni adormeceu e deixou os biscoitos queimarem.
Desesperado, o jovem aprendiz tenta fazer algo para não deixar a família e os convidados sem sobremesa.
Logo ele pega o que tem à disposição: a massa do pão de Natal, farinha, ovos, açúcar, passas e frutas cristalizadas, ele mistura tudo até obter uma massa macia e muito fermentada. Depois o jovem assa sua receita e serve no banquete.
A iguaria de Toni fez tanto sucesso, que Ludovico Sforza decidiu chamá-la de pane di Toni, pão de Toni.
O doce é tão amado na Itália, que o governo publicou um decreto em 2005 determinando quais ingredientes e qual a quantidade que configura um verdadeiro panetone.
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