Pouco se fala sobre os problemas físicos e psicológicos sofridos pela mulher ao fazer um aborto - mesmo com uma equipe especializada

Na França, por exemplo, foi aprovada uma nova lei de bioética, a qual permite o aborto até o nono mês, mediante diagnóstico de equipe médica que ateste “sofrimento psicossocial da gestante”.

• O aborto nunca é aprovado de uma vez, para a pauta avançar, é necessário que ela seja aplicada aos poucos.

Por anos tem se falado que o aborto é uma questão de saúde pública, que existe um sofrimento físico e mental em virtude da gravidez indesejada. Neste cenário, uma pergunta tem deixado de ser feita:

Como o aborto pode impactar na saúde física e mental de uma mulher?

O artigo científico Complications of Surgical Abortion (Complicações do Aborto Cirúrgico) dos pesquisadores Justin Dietrich e Jody Steinauer, mostra que existem alguns fatores de risco a serem levados em consideração, como: gestação tardia, abortos anteriores e o aborto farmacológico.

Veja os principais danos à saúde da mulher que o aborto provoca:

• Hemorragia;
• Sepse (infecção pós-parto);
• DIP (doença inflamatória pélvica);
• Infertilidade;
• Lesões uterinas;
• Prematuridade em gestações futuras;
• Câncer de mama.

Aborto e problemas de saúde mental 

Em 2011, a Dra. Priscilla Coleman publicou o artigo “Abortion and mental health” (Aborto e saúde mental), no qual analisou e revisou cerca de 22 estudos que tratavam sobre o tema e chegou à conclusão de que a prática do aborto estava associada indubitavelmente a problemas sérios de saúde mental.

Veja resumidamente o impacto no quadro abaixo:

Em 2010, outro estudo foi publicado no Jornal Canadense de Psiquiatria. Após acompanhar três mil mulheres que realizaram o aborto, ficou demonstrado que as chances de a mulher:

• ter um distúrbio de ansiedade aumentaram duas vezes;
• a de abusar de drogas era de até cinco vezes;
• de ter ideias suicidas ou até tentado suicídio, dobrou.

Em 2016, no seu estudo sobre aborto, abuso de substancias e saúde mental, Dr. Sullins  concluiu que o aborto voluntário aumentava em 45% o risco de problemas mentais e abuso de drogas e o aborto involuntário em 24%.

Mesmo quando o aborto é involuntário, 24% das mulheres passam por problemas semelhantes,  como depressão e transtorno de ansiedade.

Quando é voluntário, dobra a probabilidade de as mulheres terem esses tipos de problemas mentais.

Outras pesquisas reforçam a relação entre o aborto e problemas de saúde mental

O estudo “Aborto induzido no estresse pós-traumático, uma preliminar comparação entre as mulheres russas e americanas”, feito em 2004, comparou 331 mulheres russas e 217 mulheres americanas.

Nele, 48% das russas e 65% das americanas relataram um ou mais sintomas de estresse pós-traumático.

Segundo os resultados da pesquisa sobre Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), 49% das russas e 78% das americanas relataram ter sentimentos de culpa. Além disso, as mulheres costumam ter explosões de raiva e comportamento irritável (instabilidade emocional).

Na mesma pesquisa ficou evidenciado que 36% das mulheres norte-americanas eram mais propensas a atribuir aos abortos pensamentos subsequentes de suicídio.

Uma mulher entrevistada pelo estudo relatou o seguinte:

“Eu não sabia como era possível, mas eu senti quando o meu bebê morreu. Eu pude sentir quando a vida dele foi tirada de mim. Foi terrível. Eu nunca tinha me sentido tão vazia”.

As chances de a mulher sofrer muito emocionalmente pode levá-la à morte: comportamento destrutivo, depressão, frigidez, alcoolismo, sentimento de culpa, isolamento social, transtorno de ansiedade, perda de sentimento afetivo, distúrbio alimentar, consumo de drogas, afastamento emocional com crianças e tendência suicidas.

Por que nenhuma dessas consequências é discutida? Por que as mulheres não são informadas delas?

O procedimento do aborto ainda pode ter diversos efeitos colaterais físicos:

• Perfuração do útero, se o aborto for realizado pelo método de sucção;
• Ruptura do colo uterino;
• Histerectomia, que é a remoção do útero devido a complicações severas;
• Hemorragia uterina, também causada por pílulas abortivas;
• Inflamação pélvica;
• Infertilidade;
• Gravidez ectópica, na qual o óvulo é fertilizado fora do útero, como nas tubas uterinas, por exemplo;
• Parto futuro prematuro;
• Infecção por curetagem mal feita;
• Aborto incompleto, quando os restos da placenta podem não ser completamente removidos do útero, o que pode levar a infecções graves;
• Comportamento autopunitivo;
• Transtorno alimentar;
• Embolia pulmonar;
• Insuficiência cardíaca.