“Obrigada a todos”, foram as primeiras palavras do papa Francisco para saudar os fiéis que foram ao hospital Gemelli para vê-lo. O pontífice esteve internado por 38 dias e recebeu alta neste domingo, 23 de março de 2025, após ter lutado contra um grave caso de pneumonia. Nos últimos anos, uma série de problemas de saúde tem ameaçado a vida do papa. Esta última internação foi sua estadia mais longa em um hospital neste seu pontificado de 12 anos.
De cadeira de rodas, o pontífice acenou para os fiéis do 5º andar do hospital, preferindo este local ao 10º andar, onde fica sua suíte papal, para ficar mais próximo e visível para as centenas de fiéis que aguardam vê-lo.
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Entre a multidão de três mil pessoas, o papa reconheceu Carmela Mancuso, uma senhora de 78 anos que leva flores amarelas todas as quartas-feiras.
“E vejo essa senhora com as flores amarelas. É uma boa pessoa”, disse Francisco.
No discurso que marcou sua primeira participação na habitual oração dominical do Angelus desde 9 de fevereiro, Francisco agradeceu as orações pela sua recuperação e destacou a importância da paciência e da perseverança.
“Nesta longa recuperação, tive a oportunidade de experimentar a paciência do Senhor, que vejo também refletida na dedicação incansável dos médicos e dos profissionais da saúde, assim como nos cuidados e nas esperanças dos familiares dos doentes,” disse ele.
Além disso, fez diversos apelos pela paz, especificamente pedindo o fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. O papa destacou a retomada
“Entristece-me a retomada dos pesados bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, com tantas mortes e feridos. Peço que as armas se calem imediatamente e que se tenha a coragem de retomar o diálogo, para que todos os reféns sejam libertados e se alcance um cessar-fogo definitivo. Na Faixa de Gaza, a situação humanitária é novamente gravíssima e exige o compromisso urgente das partes beligerantes e da comunidade internacional.”
Após o anúncio de alta feito no sábado pelos médicos Sergio Alfieri e Luigi Carbone, que notaram que o Papa estava visivelmente mais magro, Francisco apareceu bem, com um semblante sereno, e concedeu sua bênção aos fiéis apenas com as mãos, um gesto simples mas significativo. Após deixar o hospital, ele fez uma parada na Basílica de Santa Maria Maior para depositar um ramalhete diante do ícone da Salus Populi Romani em agradecimento por sua recuperação. O papa, então, voltou ao Vaticano onde se encontrará com mais dois meses de descanso, reabilitação e convalescença. Os médicos o aconselharam a evitar encontros em grandes grupos ou quaisquer esforços físicos excessivos durante este período.
Os católicos presentes em frente ao Hospital Gemelli expressaram sua alegria pelo retorno do pontífice com gritos de “viva o papa". Em sua mensagem ao mundo, ele declarou: “Estou muito grato pela paciência e perseverança com que vocês continuam a rezar por mim: agradeço-lhes muito! Eu também rezo por vocês. E juntos imploramos pelo fim das guerras e pela paz, especialmente na martirizada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano, em Mianmar, no Sudão e na República Democrática do Congo.”
O retorno do Papa ao Vaticano, após a mais longa hospitalização em seu papado e a segunda mais longa na história papal recente, trouxe um alívio palpável tanto para o Vaticano quanto para os fiéis católicos ao redor do mundo, que acompanharam com ansiedade sua jornada de recuperação.
O médico pessoal do papa, Dr. Luigi Carbone, expressou confiança de que, desde que Francisco mantenha progresso lento e constante, ele poderá eventualmente retomar todas as suas atividades normais.
Enquanto se dirige para um novo capítulo de sua recuperação, o papa se mantém como um símbolo de esperança e resiliência para milhões de católicos.
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