Orgulho e Preconceito, conheça o romance que foi eleito “essencial para a nação britânica”

O clássico Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, é o relato do amor entre Elizabeth Bennet e Mr. Darcy,  jovem que ousa desafiar as normas vitorianas.

O romance foi concluído em 1797, mas esperou 14 anos para ser publicado. O editor, Thomas Cadell, recebeu o livro assim que ficou pronto, mas devolveu sem mesmo ler o manuscrito. 

Há ainda vários detalhes fascinantes sobre Orgulho e Preconceito. Veja alguns:

• Em 2007, foi consagrado como o livro "sem o qual a nação britânica não pode viver";
• Antes de se transformar no célebre romance, a história existiu como um conto intitulado "Primeiras impressões";
• A autora se referia ao romance carinhosamente como "sua própria criança";
• Foi publicado como de "autor anônimo", assim como os outros trabalhos de Austen;
• Apesar de seu sucesso, a obra não trouxe grandes ganhos financeiros à sua criadora;
• É recomendado até por religiosos, como o padre Paulo Ricardo;
• É tema de monografias, teses de mestrado e doutorado;
• É um dos livros mais adaptados para o cinema e televisão.

Saiba mais sobre a história do livro original e as adaptações cinematográficas.

Entenda a história de Orgulho e preconceito 

Orgulho e Preconceito narra a história das irmãs Bennet, que viviam em Netherfield, a cerca de 160 km de Manchester, Inglaterra, durante o século XIX.  As cinco eram debutantes, nome dado às meninas em idade de “encontrar um pretendente”.

Essa era a grande ambição da maioria das famílias de classe baixa, na qual os Bennet se encontravam. Um bom casamento garantiria o sustento das jovens e elevaria o status social de suas famílias. 

Nesse cenário, Mr. Bingley e Mr. Darcy chegam à região. A presença de dois solteiros ricos deixa a comunidade em polvorosa, acendendo nas famílias a esperança de suas filhas serem escolhidas como suas esposas.  

No entanto, os olhos de ambos se voltam para duas irmãs Bennet. Bingley se apaixona por Jane, a mais velha. Já Darcy, encanta-se por Elizabeth. A segunda filha dos Darcy, entretanto, rejeita as investidas do pretendente. 

Para Elizabeth, Darcy parecia arrogante e sem escrúpulos. Isso piora tempos depois, quando descobre que ele ajudou a afastar Bingley de sua irmã Jane. 

Quando Darcy a pede em casamento, ela responde:

"Você realmente acha que eu poderia ficar com alguém que, talvez permanentemente, destruiu a felicidade de alguém que amo profundamente? Senhor Darcy, você nega que tenha separado um jovem casal? Ao fazer isso, expôs seu amigo a críticas enquanto deixou minha irmã com suas esperanças destruídas e ambos enfrentando grandes dificuldades."

O diálogo parecia pôr fim às esperanças do casal, que a essa altura já estava apaixonado. Elizabeth começa a admitir seus sentimentos após receber uma carta de Darcy. 

No texto, entende o por que das atitudes do homem pelo qual se apaixonou. Entende que trata-se de um bom homem, com erros e virtudes naturais de um ser humano. Elizabeth, então, aceita o pedido, casa-se e vai morar com o marido em Pemberley, cerca de 28 km de Netherfield. 

O mal-entendido entre Bingley e Jane também é resolvido e o casal também tem um final feliz. 

A saga de Orgulho e Preconceito destaca a complexidade dos relacionamentos humanos. Passando da escrita de Jane Austen para a tela, a história continua conquistando o público com sua autenticidade e relevância atemporal.‍