Em uma entrevista exibida ontem, pela Brasil Paralelo, o deputado Nikolas Ferreira disse que a cultura brasileira é uma imitação da cultura americana e comparou artistas à religiosos.
“Todo cantor é um pastor. Ele é uma pessoa e tem ovelhas. A diferença é que para onde tá liderando essas ovelhas. Por exemplo, a música. No nosso país ela é extremamente eficaz na influência das pessoas”.
Ao programa Contraponto, falou que vê isso como um problema devido às ideias propagadas por algumas celebridades.
“Nós somos um país com uma cultura de violência de hipersexualização. Só isso”
Acredita que isso transcende a política, uma vez que fica enraizado na forma com que as pessoas se comportam. Outro ponto que aborda é o papel da imprensa. Explica que, por vezes, ela tem o poder de normalizar o que não deveria ser normalizado.
“O jornalismo tem um poder um pouco maior pelo fato de ser algo que passa veracidade”.
Perguntado pelo apresentador Bruno Magalhães sobre o que a política pode fazer para mudar essa situação, Nikolas respondeu:
“A cultura deságua na política e não o contrário. Antes de que qualquer tipo de esquerda fosse formada, vieram as ideias. Na escola de Frankfurt já estavam sendo formadas teorias. Depois da Segunda Guerra Mundial essas ideias chegam aos EUA e lá eles [os pensadores] implementam nas universidades o que escreveram. Eles não se candidataram a [cargos] políticos, a presidente da república para mudar de cima para baixo. Não. Você não constrói a casa pelo telhado, você constrói a casa por baixo. Isso é a cultura”.
Para ele, grande parte do problema do Brasil é a prática imitar tudo o que vem dos EUA. Isso faz com que o Brasil se torne uma espécie de Déjà-Vù do país norte-americano.
Afirmou que tudo o que acontece lá acaba por acontecer aqui, citando os acontecimentos pós eleições em ambos os países para exemplificar.
“ [Em 2021 temos] o Capitólio sendo invadido. Depois de anos, ou um ano não sei, o Congresso Brasileiro é invadido. É uma vida de coincidências”.
Nikolas explicou que essa repetição de padrão é antiga.
“Durante o regime militar os artistas, que eram de esquerda, cantavam músicas falando de opressão e amor. É o mesmo discurso do pessoal que fez Woodstock nos anos 1960”.
Hoje, acredita que a situação se complicou por causa da cultura woke, base de alguns pensamentos naquele país.
“E agora tem toda a cultura woke nos Estados Unidos, que é uma cultura a cultura do do Atleta trans, as paradas lgbts com a maior quantidade de bizarrices que existe. Transição de gênero pago pelo Estado sem o consentimento dos pais. Toda uma propaganda e um mês inteiro de orgulho LGBT [e as] as marcas aderem a isso ”.
Nikolas citou ações afirmativas feitas por empresas seguindo o chamado “wokismo”. Tais atos consistem em promover campanhas publicitárias e regimes de contratação baseadas no que o pensamento “woke” considera correto.
“As marcas aderem a isso aí.[...] As companhias aqui [do Brasil] são totalmente ligadas às americanas. Vamos fazer a mesma coisa então. Adidas, Nike, todo mundo fazendo a mesma coisa.”
Segundo o deputado, outro ponto de influência da cultura dos EUA está na educação. Acredita que o que é ensinado nas escolas é planejado há anos, a fim de moldar o pensamento das pessoas.
“Aqui, as Universidades basicamente simplesmente pegam toda a estrutura intelectual, tanto da Europa, quanto dos Estados Unidos”.
Fundamenta seu ponto contando sobre o tipo de obras disponibilizadas aos alunos. Nos anos 1990, as escolas já possuíam a coleção inteira das obras de Antonio Gramsci em português. Em contrapartida, até hoje não existem obras de Aristóteles na na língua pátria.
O final da entrevista foi exibido com exclusividade para membros da Brasil Paralelo. Em um dos momentos disponíveis apenas para membros, o apresentador pediu ao político que definisse como ele limita suas atividades, uma vez que é cristão.
“Sou o conservador mais radical. Eu sou um cara corajoso. Se eu colocar na cabeça que vou fazer, eu faço. Mas eu penso muito antes de fazer, pondero tudo o que eu faço”.
Parte desse último trecho, bem como a entrevista na íntegra, você pode assistir na BP Select clicando aqui. Se você ainda não é membro da Brasil Paralelo, clique aqui e desbloqueie seu acesso agora mesmo.
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