Em um discurso realizado em cadeia de rádio e TV nacional na segunda-feira (23), o presidente transmitiu a tradicional mensagem natalina aos brasileiros.
Sem abordar a crise cambial que o país enfrenta, afirmou que a economia é forte e vai continuar a crescer:
"Ainda temos enormes desafios pela frente. Mas o Brasil tem hoje uma economia forte, que continua a crescer. Um governo eficiente, que investe onde é mais importante: na qualidade de vida da população brasileira", afirmou.
O presidente reconheceu, contudo, que o País ainda enfrenta "enormes desafios" pela frente. No discurso, reforçou a esperança em um país mais justo:
"Um Brasil sem fome, onde cada mulher e cada homem tenha trabalho digno e tempo para acompanhar o crescimento de seus filhos. Que cada mãe e cada pai tenha a felicidade de saber que seus filhos estão bem cuidados, saudáveis e protegidos. Sempre acreditei que governar é cuidar das pessoas. Cuidar de todos e de todas os brasileiros e brasileiras. Com um olhar especial para aqueles que mais precisam."
Ao enfatizar que o alicerce da administração federal é o diálogo, o presidente voltou a defender o respeito e a harmonia entre o Executivo, Legislativo e Judiciário:
"A base de tudo o que fazemos é o diálogo e o trabalho conjunto do governo federal com a sociedade, os governos estaduais e as prefeituras. É o respeito e a harmonia entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. É a defesa intransigente da democracia".
A fala aborda os recentes impasses entre o Supremo Tribunal Federal e o Congresso, relacionados ao pagamento de emendas parlamentares. O ministro Flávio Dino suspendeu o pagamento de R$4 bilhões, alegando suspeitas de irregularidades.
Lula abriu o discurso enaltecendo a data e, ao longo dos três minutos e fala, adotou um tom cristão:
"O Natal é um momento propício para relembrarmos os ensinamentos de Cristo, como a compaixão, a fraternidade, o respeito e o amor ao próximo".
E prosseguiu:
"Meu desejo é que esses princípios estejam presentes não apenas no Natal, mas em todos os dias de nossas vidas. Que cada indivíduo reconheça no outro seu semelhante, que irmãos se reconciliem, e que as famílias possam celebrar em união", declarou.
O presidente também manifestou gratidão pelas orações e mensagens de apoio que recebeu durante os desafios de saúde que enfrentou recentemente.
"Graças a essa onda de solidariedade, estou ainda mais determinado e fortalecido para continuar trabalhando por um Brasil mais forte", afirmou Lula.
Lula passou por duas intervenções cirúrgicas recentes: uma no dia 10 de dezembro, e outra com o objetivo de visando reduzir o risco de formação de novos hematomas.
Essas intervenções ocorreram em virtude de um acidente doméstico sofrido por ele no dia 19 de outubro, após ter escorregado do banheiro do Palácio da Alvorada, resultando em um corte com sangramento na cabeça.
No pronunciamento, também declarou que, em 2025, irá intensificar os esforços no plantio para que "a colheita seja cada vez mais abundante":
"De acordo com Lula, o governo "fez muito e ainda tem muito a fazer". "Estamos colhendo os frutos do nosso trabalho, mas é preciso continuar plantando. Semear e adubar, irrigar e cuidar, sempre e sempre. Em 2025, redobraremos nossas forças para o plantio. E que a colheita seja cada vez mais generosa".
O termo "colheita" já havia sido utilizado anteriormente por ele no pronunciamento de final de 2023. Na ocasião, ele havia mencionado que era momento de semear e reconstruir.
Em sua comunicação, o petista continua a enfatizar essa palavra em seus discursos durante eventos oficiais e entrevistas.
Apesar do discurso, o presidente enfrenta uma crise de confiança em sua relação com o mercado financeiro.
A mensagem de Natal costuma ocorrer no dia 24 de dezembro, mas foi antecipada. O publicitário Sidônio Palmeira, que deve assumir a Secom em 2025, já participou de sua elaboração.
Sidônio colaborou anteriormente no pronunciamento do ministro Fernando Haddad sobre medidas econômicas e na produção de um vídeo com Lula sobre o Banco Central.
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