Na quinta-feira, 20 de fevereiro, o Hamas entregou os corpos de quatro reféns, incluindo uma criança, um bebê e a mãe deles. Foi também devolvido o corpo de Oded Lifschitz, de 84 anos. As quatro vítimas foram entregues em caixões pretos.
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Uma das imagens que simboliza os horrores da guerra entre Israel e os terroristas do Hamas é a foto de uma mulher de cabelos escuros, segurando uma criança e um bebê ruivos. Chama a atenção o desespero em seu rosto.
Logo, identificou-se que se tratava de Shiri Bibas, 32 anos, a mãe dos bebês. Ela e seus filhos foram sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro: Ariel tinha quatro anos e Kfir apenas nove meses. O bebê foi a vítima mais jovem dos terroristas.
Ao longo de 20 meses, a família se tornou uma espécie de símbolo da esperança e resistência do povo israelense contra o Hamas. Nos protestos realizados, era a imagem sorridente dos três que simbolizava a importância da luta pela liberdade.
Um dos moradores de Nir Oz, a cidade onde a família vivia, afirmou que os meninos são considerados mártires:
"Shiri e os meninos se tornaram um símbolo. Ainda tenho esperanças de que eles estejam vivos".
A luta para que os membros da família Bibas retornassem a Israel com vida está associada à luta israelense pelos direitos humanos e à ideia de que tempos de paz poderiam ser iniciados. A devolução de corpos gera uma frustração na população.
Israel recebe corpos de 4 reféns mortos pelo Hamas
"A confirmação da morte desses inocentes confirma a barbárie cometida contra civis indefesos, incluindo crianças", disse a nota da Confederação Israelita.
"Que a memória de Oded, Shiri, Ariel e Kfir seja honrada e lembrada", continuaram.
O esposo dela, Yarden Bibas, foi libertado pelo Hamas em 1º de fevereiro.
O Hamas confirmou a morte dos reféns ontem, 19 de fevereiro. No entanto, os familiares disseram que não perderiam as esperanças até receberem os corpos dos três:
"Queremos deixar claro que, embora estejamos cientes desses relatórios, ainda não recebemos nenhuma confirmação oficial sobre esse assunto. Até recebermos uma confirmação definitiva, nossa jornada não acabou."
O esposo afirmou: "Minha luz ainda está lá, e enquanto eles estiverem lá, tudo aqui estará escuro".
O ministro Benjamin Netanyahu disse que é um dia de luto para Israel.
Oded Lifschitz era um jornalista aposentado, de 85 anos, e foi um dos fundadores do kibutz de Nir Oz. Ele foi sequestrado na mesma cidade da família Bibas, em 7 de outubro, junto com sua esposa, Yosheved. Relatos afirmam que ele estava deitado no quarto com sua esposa, quando foi sequestrado.
Ativista pela paz, foi voluntário na organização Road to Recovery, que transporta crianças palestinas doentes para hospitais em Israel. Em seu quintal em Nir Oz, Oded e Yocheved cultivaram um jardim de cactos, que permaneceu abandonado após seu sequestro. Dezenas de voluntários se uniram para reabilitar o jardim como um símbolo de solidariedade e esperança por seu retorno.
Seu neto, Daniel Lifshitz, ex-goleiro de clubes de futebol israelenses e da seleção nacional sub-21, tem feito campanha desde o sequestro para garantir a libertação do avô.
"A última coisa que quero é me preparar para uma celebração e um funeral simultaneamente."
O Hamas alega que os três foram mortos em bombardeio israelense. Israel não confirmou isso. A milícia terrorista libertou o pai das crianças, Yarden, no início deste mês.
Al-Hayya disse que o Hamas também libertaria seis reféns vivos no sábado, o dobro do número originalmente planejado.
Em troca, Israel libertará todas as mulheres e menores de 19 anos presas desde outubro passado e permitirá a entrada de alguns equipamentos de retirada de entulho em Gaza pela fronteira com o Egito.
Em um comunicado, o porta-voz do grupo disse que eles concordaram em "entregar quatro corpos de prisioneiros da ocupação na quinta-feira, 20 de fevereiro, incluindo os corpos da família Bibas".
Uma autoridade israelense disse à Reuters que os reféns falecidos passariam por identificação em Israel antes de serem identificados.
Sob a primeira fase do acordo de cessar-fogo, o Hamas afirmou que iria entregar 33 reféns. Em troca, Israel concordou em libertar cerca de 1.900 prisioneiros palestinos.
Havia uma previsão de que a segunda fase do acordo começariam no início deste mês, mas ainda não foram iniciadas. Neste segundo momento a previsão é de que sejam devolvidos os reféns restantes e a guerra seja terminada.
O Hamas disse que está pronto para libertar de uma só vez todos os reféns que serão libertados na fase dois do acordo de cessar-fogo com Israel.
Segundo um porta-voz do Hamas a oferta depende de que Israel se desarme e retire todas as suas forças de Gaza e de um acordo para o fim permanente da guerra.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar, disse que as negociações começariam "esta semana".
Ele disse que Israel "não aceitaria a presença contínua do Hamas ou de qualquer outra organização terrorista em Gaza", mas que Israel poderia prolongar o cessar-fogo se as discussões fossem produtivas.
"Se virmos que há um diálogo construtivo com um possível horizonte de chegar a um acordo, (então) faremos com que esse prazo seja mais longo", disse Saar.
Um total de 73 reféns estão atualmente sendo mantidos em Gaza - uma mistura de soldados israelenses e civis, tanto mortos quanto vivos. Isso também inclui cidadãos tailandeses e nepaleses.
Cerca de 251 reféns foram feitos pelo Hamas quando atacou Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas.
Israel respondeu com uma ofensiva militar de 15 meses que matou 47.460 palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, e devastou o enclave costeiro.
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