Ruth Pakaluk foi esposa, mãe, lutou contra o aborto e foi membro do Opus Dei.
Sua trajetória foi marcada por uma transformação pessoal e um compromisso com a causa pró-vida.
Nascida em um contexto distante da fé, Ruth chegou à universidade defendendo o aborto. Em Harvard, conheceu Michael Pakaluk, com quem se casou e iniciou uma busca por respostas que a levou ao cristianismo.
Em 1981, já com o primeiro filho, o casal se converteu ao catolicismo, influenciado por figuras como Madre Teresa de Calcutá. A partir daí, Ruth conciliou a criação de seis filhos com uma rotina intensa de engajamento social.
Ela fundou grupos universitários, liderou a Massachusetts Citizens for Life e organizou eventos para promover sua causa, sem deixar de lado a educação dos filhos na fé.
“Não gosto de panfletagem, nem de ativismo político, mas não posso ficar em silêncio”, escreveu certa vez.
Sua vida mudou aos 34 anos, com o diagnóstico de câncer de mama em estágio avançado. Após cirurgia e quimioterapia, teve uma filha, Sophie, e continuou seu trabalho apesar das limitações.
Quando a doença retornou, atingindo ossos e fígado, Ruth enfrentou o sofrimento com serenidade.
Em uma carta a uma amiga com câncer, mencionou que oferecer os sofrimentos, como sugeria a espiritualidade católica, a ajudava.
Mesmo nos últimos meses, seguiu escrevendo, ensinando e cuidando da família.
“Quero ver Deus; quero ver Aquele que pensou em tudo isso”, registrou em sua última correspondência.
Ruth morreu em 23 de setembro de 1998, em casa, cercada por familiares e amigos em oração.
O reitor da catedral de Worcester, presente no momento, disse que ela partiu como viveu: com dignidade e fé. Três meses antes, havia pedido a Michael que se casasse novamente “pelas meninas”, pensando nas filhas que deixaria.
E em uma carta a outra amiga, já perto do fim, escreveu: “Eu amei a vida que Deus me deu. Não há outra vida que eu preferiria ter vivido.”
O legado de Ruth não foi esquecido. Em 2005, amigos fundaram a Visitation House, que já acolheu mais de 300 mulheres e filhos. Em 2011, Michael publicou The Appalling Strangeness of the Mercy of God, reunindo cartas e reflexões dela, como a frase marcante: “O maior mal do aborto é a morte do amor nos corações de quem o comete.”
O livro traz uma mulher inteligente e com uma visão clara sobre vida e morte, que ia da rotina de mãe ao palco de debates com a mesma presença.
De Harvard ao Opus Dei, a história de Ruth prova que é possível mudar completamente.
Em 41 anos, Ruth mostrou que é possível virar a própria vida do avesso e, no processo, tocar a de outros.
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