A história da defesa dos valores conservadores remonta a personagens importantes e até desconhecidos, como por exemplo Bernardo Pereira de Vasconcelos. Após a queda da monarquia, o conservadorismo brasileiro atravessou o século XX disperso em vários movimentos e partidos, com pouca ou nenhuma articulação entre si.
Uma história difusa, que vai das denúncias de Eduardo Prado contra os desmandos autoritários da Primeira República, passando pelo jornalismo anti-varguista de Carlos Lacerda e a recuperação da filosofia católica feita por José Pedro Galvão de Sousa, até o anticomunismo que deu força para a instauração de um regime militar.
Depois de 21 anos no poder, a preocupação com o retorno de uma ditadura militar entregou o país para uma esquerda organizada e fortalecida, e uma direita desarticulada e deslegitimada perante a população, que chegou mesmo a perder a noção do que seria o conservadorismo.
O conservadorismo é a vertente política que deseja conservar um determinado estado de coisas em contraposição ao ímpeto de mudança característico do progressismo.
O conservadorismo se baseia na convicção de que esse processo deve ocorrer de forma lenta, gradual e orgânica, deixando aberta a possibilidade de voltar atrás caso o caminho percorrido se mostre perigoso.
De um outro lado, o progressismo vai fazendo suas conquistas, transformando o panorama social, levando os conservadores junto e mudando os termos da discussão no processo.
Em uma comparação com o xadrez, é como se os progressistas fossem as peças brancas, que sempre jogam primeiro. E na política, como em todo jogo, quem age primeiro tem a vantagem.
Nesse cenário, o conservadorismo aparece como uma represa, que existe para deter o avanço das águas. Mas a tendência natural é que a represa vá se erodindo, desgastando e acabe desmoronando.
O progressismo pergunta:
Conservadores tentam remendar as rachaduras da represa por meio da argumentação.
Surge um problema: o significado das palavras já não é o mesmo para ambos os grupos. Quando um conservador fala em ‘família’, ‘Deus’, ‘democracia’, os conceitos que ele tem em mente já não são os mesmos que um marxista reconhece.
As palavras são as ferramentas da comunicação, mas foram distorcidas por décadas de luta ideológica e não ajudam mais a aumentar entendimento.
À medida que o tempo passa, o ruído e a discórdia na sociedade vão aumentando, e enquanto ninguém se entende, as hostilidades vão se intensificando e as rachaduras na represa se multiplicam…
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